quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Areia movediça

Meu novo artigo:


Existem coisas que estão determinando os rumos no mundo: os grandes financistas, os megaespeculadores rentistas, as disputas econômicas internacionais por espaços de produtos no mercado, e a nova correlação de forças na geopolítica global.

É jogo duro onde as verdadeiras intenções vão sendo embutidas em invólucros sofisticados, prontos para a venda aos consumidores “privilegiados” nas sociedades de cada País.

Falo “privilegiados” porque a maioria das pessoas no planeta não possui poder de compra desses excedentes oferecidos na competição que estamos vivenciando, mal tem como adquirir os gêneros de primeira necessidade para a sobrevivência.

Os financistas, os megaespeculadores rentistas, como George Soros, estão acumulando fortunas estratosféricas, enquanto a economia das nações cresce a níveis ridículos ou negativos.

Essa é uma das causas das grandes crises sociais em um mundo repleto de convulsões cujas origens aparentemente são distintas. Mas só nas aparências. A sabedoria popular tem suas razões: em casa que falta pão todos brigam e ninguém tem razão.

Raras vezes na História contemporânea as nações tiveram crescimento tão pífio, as mais sortudas, porque a maioria vive estado de calamidade crônica.

As vagas de refugiados rumo à Europa, aos Estados Unidos, agora na América do Sul, têm duas causas: as guerras, travadas por recursos naturais ou motivações geopolíticas, e a fome literal, catastrófica como a epidemia da peste na Idade Média.

Cabe à grande mídia usar os recursos do diversionismo sobre as razões do fenômeno, que se alastra como um rastilho de pólvora, pondo em seu lugar agendas socialmente fragmentárias, jogando parcelas da população umas contra as outras, tais como nas Políticas Identitárias, no falso ambientalismo, omite as reais origens de milhões de refugiados, os motivos das guerras etc.

Essa mídia, associada às finanças globais, e as que sustentam as estratégias das grandes potências, são máquinas formidáveis de desinformação da opinião pública.

Como na Venezuela. Interesses econômicos, geopolíticos, administração interna, resultaram num quadro explosivo em uma região até então sob razoável controle de conflitos globais, cuja liderança natural e mediadora é a do Brasil.

A errática condução econômica, hoje sob a batuta de Maduro, as fabulosas reservas de petróleo, os interesses geopolíticos dos EUA, da Rússia e comerciais da China, atraíram a crise global para a América do Sul e às fronteiras do Brasil.

O governo Bolsonaro atua com a linha, ultrapassada, da época da Guerra Fria. O mundo e o jogo atual são outros. O Brasil não pode abrir mão do seu protagonismo diplomático Histórico. Ou o País reorienta a sua estratégia diplomática ou vamos pagar alto preço para sair dessa areia movediça.

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