quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

A defesa da nação

Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão, no Tribuna do Agreste e no Santana Oxente:

A nova ordem mundial, o Mercado financeiro internacional, continuam a impor a sua agenda aos povos mesclando massiva propaganda ideológica, verdadeira lavagem cerebral, com ações intervencionistas bélicas onde considerem que seus interesses estão sendo prejudicados ou em regiões em que se apresentam possibilidades expansionistas.
Assim é que avançam, como aves de rapina, contra a soberania de diversas nações como a Ucrânia submetida a brutal processo de desestabilização literalmente incendiada após as visitas do secretário de Estado norte-americano John Kerry, do senador republicano John McCain, que foram avalizar o golpe deflagrado dias depois.

Estudiosos da geopolítica dizem que o novo passo será o esquartejamento desse País já que metade da sua população, especialmente das regiões oriental e sul da Ucrânia, repudiam o golpe imposto por hordas de grupos armados, com antecedentes nazifascistas que remontam à expansão alemã-hitlerista na Segunda Guerra Mundial, fartamente financiados pelos Estados Unidos e União Europeia cujos motivos incluem a instalação de bases da OTAN além da incorporação de novos territórios ao Mercado e suas riquezas naturais não renováveis.

Expansão que se estende, como todos estão vendo, por várias regiões inclusive a América Latina onde o alvo central é a Venezuela virulentamente atacada pela grande mídia associada ao Mercado financeiro, aos Estados Unidos, através de grupos mercenários movidos a dólar treinados com o fim de arquitetar a ingovernabilidade, “legitimar” um governo provisório fantoche subserviente aos interesses dos EUA e do capital rentista.

O Brasil não se encontra ao largo dessa agressão movida pelo capital financeiro e sua guarda pretoriana, os Estados Unidos, ao contrário, está no foco mesmo que em um estágio ainda anterior ao da Venezuela, mas a crise estrutural do capital tende a agravar-se assim como já não se descarta o estouro de uma nova bolha financeira mundial e o Mercado deseja avançar sobre as riquezas do Brasil nação industrializada, detentora de fabulosas reservas naturais do planeta.

Assim impõe-se com firmeza a defesa da nossa soberania, a legalidade constitucional, liberdades democráticas, sob reais ameaças dessa nova ofensiva neofascista global encetada pelo Mercado, pelos Estados Unidos.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Soberania

Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão, no Tribuna do Agreste e no Santana Oxente:

Enquanto a Ucrânia arde em chamas, a Venezuela sofre ondas de turbulências golpistas, todos assistem à ofensiva dos Estados Unidos, guarda pretoriana do mercado, da governança mundial do capital financeiro global, contra a soberania das nações através de intervenções armadas que se multiplicam pelos continentes.
Seja onde for há sempre um pretexto para que se desloquem exércitos, frotas navais, força aérea contra algum País precedidos por um bombardeio de saturação midiática em escala jamais vista pela humanidade promovendo intensa lavagem cerebral contra as sociedades, fenômeno só possível porque em torno dos EUA e do Mercado há em simbiose uma verdadeira ditadura global na área das comunicações.

De tal sorte que o que prevalece não é o fato jornalístico mas a sua versão difundida através das poderosas cadeias de informação mundializadas sempre tendo como eixo central especialmente as grandes redes midiáticas norte-americanas e britânicas.

Assim ao contrário do que se diz nós não vivemos uma época de radicalização dos processos de democratização ao estilo universal ocidental clássico mas o seu inverso, uma intensa regressão civilizacional dos parâmetros democráticos conhecidos, submetidos aos objetivos essenciais desse mercado, do lucro insaciável do capital financeiro.

Da acumulação rentista que aumenta na exata progressão geométrica em que avançam sobre os Países os efeitos da crise capitalista mundial que sacudiu os Estados Unidos, Europa mas que atinge igualmente todas as nações inclusive os BRICS minando possibilidades de maior crescimento econômico, de um salto robusto ao desenvolvimento econômico, melhores condições sociais às suas populações.

O que está em curso é a tentativa de pilhagem dos recursos não renováveis, a subtração das riquezas produzidas pelos povos emergentes como o Brasil, a destruição dos pactos democráticos substituídos pelo autoritarismo, nem que para isso queiram transformar a realização de uma Copa Mundial de Futebol em teatro de operações de guerra monitorado pela CIA, promovido de forma milimétrica, planejada.

O Brasil jamais viveu outro período de tanta fecundidade democrática mas ele deve estar associado à defesa da soberania nacional, das liberdades políticas conquistadas com muitas lutas, sofrimento e dor em passado recente.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Sementes do ódio

Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão, no Tribuna do Agreste e no Santana Oxente:

O criminalista Antônio Carlos Mariz de Oliveira diz que a sociedade brasileira encontra-se enferma em razão dessa onda indiscriminada de patologias de ódio generalizado.
Na verdade trata-se de um diagnóstico correto desde que esteja associado às razões dessa perigosa enfermidade social, o criminoso processo de regressão civilizatória imposto à humanidade nos últimos vinte anos através da ditadura do Mercado, da Nova Ordem mundial, da Governança Global, da grande mídia associada ao rentismo, difusora ideológica, política, dos padrões da barbárie coletiva, individual ditados aos povos inclusive ao Brasil.

Para que 1% da humanidade conseguisse acumular a exata metade da riqueza produzida pela soma de todos os demais indivíduos do planeta seria impossível a existência de um outro modelo de civilização que não fosse baseado na superexploração da mão de obra assalariada, na promoção de guerras de rapina dos recursos não renováveis dos Países.

Além da tentativa de supressão dos grandes valores universais construídos pela inteligência humana, que resistem em algum lugar na consciência dos povos, já denunciada na virada do século pelo historiador Eric Hobsbawm quando afirmou que as novas gerações estavam sendo forjadas em uma espécie de presente contínuo sem noção do passado mesmo o passado recente.

Essas são condições ideais, para não dizer perfeitas, ao desenvolvimento de movimentos nazifascistas que na História sempre representaram a forma mais agressiva do capital rentista à exploração das nações como das várias camadas sociais.

Os virulentos grupos mascarados que não brotam por geração espontânea “estreiam” no Brasil incitados pragmaticamente pela grande mídia para desestabilizar o governo federal, agora correm o risco de fugir ao controle dessas elites retrógradas mas desejosas de artifício golpista.

Mais que destruir a democracia, derrubar o atual governo federal legitimamente eleito, o Mercado, os EUA, apostam na fragmentação do tecido social, incentivam a luta de cada um contra todos e todos contra qualquer um, temendo que assaltado pela lucidez o povo brasileiro avance a um efetivo projeto de desenvolvimento nacional, erradique as históricas, abissais desigualdades sociais, construa através da democracia uma nação livre, soberana, desenvolvida, solidária.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

A História nos ensina

Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão, no Tribuna do Agreste e no Santana Oxente:

 
A revelação das conversas do então presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, com o embaixador norte-americano no Brasil, Lincoln Gordon, em pleno salão oval da Casa Branca confirmou os elementos, as provas do financiamento de uma conspiração contra João Goulart, o principal mandatário brasileiro nos idos dos primeiros anos da década de sessenta passada.
Na verdade, detecta-se o ódio a estigmatização contra Jango já na sua condição de Ministro do Trabalho do governo Getúlio Vargas muito mais pela singularidade de ser o herdeiro do trabalhismo de Vargas que pelo fato de decretar um aumento de 100% no salário mínimo dos trabalhadores resultando em sua demissão mas não na revogação do aumento concedido.
Daí foi implacável a perseguição política, o cerco sistemático de uma mídia conservadora, quando não abertamente golpista, iniciando-se na época a escalada hegemônica que se expressa abertamente nos dias atuais.

Jango foi deposto por uma conspiração civil-militar que esteve presente nas águas brasileiras com uma frota de navios de guerra e de um porta aviões dos EUA, na chuva de dólares para candidaturas oposicionistas em eleições gerais, na presença de milhares de agentes estadunidenses colhendo informações acobertados na “Aliança para o Progresso” onde deveriam hipoteticamente prestar serviços a programas sociais etc.

De acordo com recente livro publicado por Juremir Machado, doutor pela Universidade de Sorbonne “Jango, a vida e a morte no exílio” só na primeira semana pós golpe dez mil pessoas foram presas incluindo o ex-governador Miguel Arraes.

São cassados mandatos de 113 deputados federais, senadores, 190 deputados estaduais, 38 vereadores e 30 prefeitos, afastamento compulsório de vários ministros do Supremo Tribunal Federal através de atos institucionais discricionários com evidente intuito de alterar correlações de forças existentes iniciando uma trágica noite de arbítrio, censura que durou 21 anos.

Assim nas lutas políticas atuais o Brasil não pode ignorar o conhecimento histórico do passado recente sob pena de amnésico não compreender os fenômenos do presente para superá-los através de uma frente nacional, popular em defesa da democracia, do desenvolvimento independente e seu relevante papel no teatro geopolítico das nações neste século XXI.