quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

O Tibete é aqui

Meu novo artigo:


Segundo o escritor André Araújo, ou o Brasil recentraliza o Estado nacional em torno de um poder executivo com as suas atribuições refortalecidas ou a nação vai continuar descarrilada, sem um governo efetivo, devido ao processo contínuo do fatiamento das suas atribuições.

Esse fenômeno do enfraquecimento das prerrogativas do poder executivo central vem da estratégia do capital financeiro, seus economistas nativos, em implantar no País o Estado Mínimo.

O objetivo é a privatização dos ativos financeiros, riquezas naturais, quebra das históricas conquistas trabalhistas, apropriação das empresas estatais lucrativas. Ao Estado restariam as funções que não interessam ao rentismo global.

A fragmentação do poder executivo ao longo das últimas décadas, e que tanto atrai os adeptos do novo anarquismo do século XXI, gerou a existência de “núcleos de poder autônomos” centrais, que como todo o poder disputa, antropofagicamente, o poder entre si.

E isso não produz a democracia mas o contrário; o autoritarismo, o estado de exceção em que vivemos, além da atual flagrante ingovernabilidade. Quando todos mandam ninguém manda, afirma André Araújo invocando as lições da História mundial.

O Brasil vive uma das maiores desindustrializações da História da economia global, reduzida a menos de 12% da produção nacional. Já uma entidade internacional afirma que 1% dos brasileiros é mais rico que a metade da população.

O general de Exército Eduardo Villas Bôas falou em recente palestra sobre a necessidade de um projeto nacional multidisciplinar sob bases democráticas que retome o desenvolvimento e a identidade da nação.

Afirma que hoje a beligerância imperialista é substituída por ações sofisticadas como na Amazônia, que recebe visitas “sigilosas” como a do rei da Noruega e outras nobrezas “filantrópicas”.

O cerne da questão está na ambição da internacionalização da Amazônia, cuja riqueza é calculada em 23 trilhões de dólares. Villas Bôas faz alusão à reclamada, por potências e propalada pela grande mídia, independência do Tibete pelas riquezas e interesses geoestratégicos. Diz que a Amazônia corre o risco de ser o nosso Tibete.

Assim, os problemas do Brasil são graves, cabe aos democratas e patriotas a lucidez e a união necessárias em defesa do futuro e do que nos legaram os nossos antepassados.

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