Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão, no Tribuna do Agreste, no Santana Oxente e no pcdobalagoas.org.br:
A medicina tem prestado ao longo dos anos relevantes serviços à sociedade nacional através de inúmeras personalidades, mulheres e homens, em vários campos das ciências médicas, inclusive na pesquisa científica e sua aplicação prática.
No momento que o País encontra-se diante da recorrente epidemia da Dengue e suas variantes, é importante lembrar Oswaldo Cruz, eminente cientista, gestor público que combateu vitoriosamente doenças terríveis de altíssimos índices de mortalidade na população naqueles tempos.
Nascido em Paraitinga, São Paulo, em 1872, mudou-se criança para o Rio de Janeiro, então capital da República, onde formou-se em medicina em 1892 com a tese Veiculação microbiana pelas águas. Quatro anos depois especializou-se em Bacteriologia no Instituto Pasteur em Paris, centro de grandes nomes da ciência à época e até os dias atuais.
Quando regressava ao Brasil deparou-se no porto de Santos com a eclosão de violenta epidemia de peste bubônica engajando-se imediatamente no seu combate, já demonstrando ali sua capacidade científica, coragem pessoal e espírito cívico pelos quais orientou toda sua vida profissional e dedicação pública.
Em 1903 foi nomeado Diretor-Geral da Saúde Pública, equivalente hoje ao Ministro da Saúde. Apoiando-se no Instituto Soroterápico Federal deflagrou históricas campanhas de saneamento.
Iniciou a luta contra a febre amarela no Rio de Janeiro que tornou-se célebre entre 1897 e 1906 como túmulo dos estrangeiros, já que nesse período morreram quatro mil imigrantes conforme Ana Palma da FIOCRUZ à qual recorro como fonte.
Vendo a tragédia como um rastilho de pólvora ameaçando dizimar a capital, espalhar-se pelo País, Oswaldo Cruz iniciou férrea luta contra a febre amarela, adotando rigorosas medidas sanitárias que provocaram virulenta, injusta campanha da mídia insuflando a sociedade contra o sanitarista cujas consequências desaguaram na Revolta da Vacina pela população.
Além de combater a epidemia da febre amarela cujo transmissor era o mosquito Stegomyia Fasciata, hoje conhecido como Aedes aegypti, Oswaldo venceu outro flagelo, o da peste bubônica transmitida pela pulga de ratos.
Sua dedicação, da sua equipe, coragem, espírito público, salvou centenas de milhares de pessoas. Oswaldo Cruz é um exemplo a ser lembrado, patrimônio do Brasil.
quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
Contra o obscurantismo
Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão, no Tribuna do Agreste, no Santana Oxente e no pcdobalagoas.org.br:
O País não pode continuar sob a sistemática campanha de desestabilização a que vem sendo submetido desde as eleições presidenciais de 2014 sob pena de mergulhar em grave retrocesso multilateral, institucional, econômico, social etc.
A promoção, através dos segmentos que compõem a mídia hegemônica, do ódio difuso, tempestades de intolerância, assumiu elevado grau de paroxismo que já aponta à gravidade a que chegou o tecido social, de tal maneira que a irracionalidade de certas manifestações contra determinadas figuras públicas beiram às características do nazifascismo.
As contínuas agressões verbais que vem sofrendo, só como um entre inúmeros outros exemplos, o compositor, cantor, escritor Chico Buarque de Holanda, patrimônio da cultura nacional, não são unicamente reprováveis, mas apontam para o perigo de uma agressiva escalada do pensamento autoritário e o perigo que tais manifestações descambem para a perseguição física contra todos aqueles que ousarem manifestar opiniões divergentes do ideário retrógrado pautado diuturnamente pelo oligopólio midiático nativo e externo.
Durante o regime nazista na Alemanha hitlerista e o fascismo na Itália de Mussolini, essa prática contra os intelectuais e artistas em geral virou rotina. E mais que isso, em política de Estado contra todos os que se opuseram ao regime brutal instaurado naqueles Países.
O pensamento reacionário com o qual grupos midiáticos oligopolistas vão bombardeando, dia sim, outro também, pela manhã, tarde e noite contra o imaginário da sociedade nacional, na sina obsessiva de orientar alguns e capturar incautos para uma cruzada fanática, reflete a agenda do Mercado rentista.
Uma agenda global difundida pelos continentes que representa o discurso obscurantista que busca implantar-se pelas nações, em especial os BRICS.
O objetivo é a fragmentação da sociedade que, destituída do raciocínio crítico, impossibilitada de compreender suas raízes, formação, identidade cultural, assimilaria a alienação imposta ou até consentida.
A luta política no Brasil, que vai crescendo substancialmente, com apoio de amplos segmentos, contra as ações golpistas no País, mostra que o verdadeiro combate a ser travado é entre os defensores da democracia contra os grupos mais retrógrados internos e das finanças globais.
O País não pode continuar sob a sistemática campanha de desestabilização a que vem sendo submetido desde as eleições presidenciais de 2014 sob pena de mergulhar em grave retrocesso multilateral, institucional, econômico, social etc.
A promoção, através dos segmentos que compõem a mídia hegemônica, do ódio difuso, tempestades de intolerância, assumiu elevado grau de paroxismo que já aponta à gravidade a que chegou o tecido social, de tal maneira que a irracionalidade de certas manifestações contra determinadas figuras públicas beiram às características do nazifascismo.
As contínuas agressões verbais que vem sofrendo, só como um entre inúmeros outros exemplos, o compositor, cantor, escritor Chico Buarque de Holanda, patrimônio da cultura nacional, não são unicamente reprováveis, mas apontam para o perigo de uma agressiva escalada do pensamento autoritário e o perigo que tais manifestações descambem para a perseguição física contra todos aqueles que ousarem manifestar opiniões divergentes do ideário retrógrado pautado diuturnamente pelo oligopólio midiático nativo e externo.
Durante o regime nazista na Alemanha hitlerista e o fascismo na Itália de Mussolini, essa prática contra os intelectuais e artistas em geral virou rotina. E mais que isso, em política de Estado contra todos os que se opuseram ao regime brutal instaurado naqueles Países.
O pensamento reacionário com o qual grupos midiáticos oligopolistas vão bombardeando, dia sim, outro também, pela manhã, tarde e noite contra o imaginário da sociedade nacional, na sina obsessiva de orientar alguns e capturar incautos para uma cruzada fanática, reflete a agenda do Mercado rentista.
Uma agenda global difundida pelos continentes que representa o discurso obscurantista que busca implantar-se pelas nações, em especial os BRICS.
O objetivo é a fragmentação da sociedade que, destituída do raciocínio crítico, impossibilitada de compreender suas raízes, formação, identidade cultural, assimilaria a alienação imposta ou até consentida.
A luta política no Brasil, que vai crescendo substancialmente, com apoio de amplos segmentos, contra as ações golpistas no País, mostra que o verdadeiro combate a ser travado é entre os defensores da democracia contra os grupos mais retrógrados internos e das finanças globais.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
Momentos decisivos
Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão, no Tribuna do Agreste, no Santana Oxente e no pcdobalagoas.org.br:
A luta política no Brasil chegou a temperaturas elevadas em consequência do intenso confronto que já se estende desde as eleições presidenciais de 2014. E de lá para cá intensificou-se um agressivo movimento nitidamente conservador contra a legítima manifestação saída das urnas com a reeleição da presidente Dilma para um segundo mandato à frente da nação.
Caracterizado como uma espécie de um falso terceiro turno eleitoral, assumindo, ao longo dos meses que se seguiram, facetas de conteúdo golpista, porque contrário à legalidade constitucional, democrática, convergindo para uma batalha política assemelhada a outros episódios recentes da nossa jovem República como as ações contra os presidentes Getúlio, Juscelino, João Goulart etc.
Mas que também serve ao processo de amadurecimento da consciência das grandes maiorias que compõem a sociedade brasileira que, óbvio, só aprendem através da própria experiência, em cenários de fortes embates onde se conflitam interesses econômicos, financeiros, de reduzidos estamentos contra os anseios mais profundos do Brasil.
Ao longo dos 27 anos da promulgação da Carta Magna, todas essas tempestades além de por em prova a Constituição, com suas virtudes e defeitos, vão testando os alicerces do mais longo período de legalidade, democracia, na vida do País.
Porque é essa a questão central: o interesse primordial de uma nação independente, a indeclinável liberdade política para que as maiorias sociais exerçam o seu protagonismo de construtoras do seu destino, associado a um projeto de desenvolvimento estratégico.
Na verdade o capital financeiro global, associado a interesses forâneos, à mídia hegemônica e grupos retrógrados jamais aceitaram em nossa recente História republicana a ideia do povo brasileiro exercer o seu real papel de ator de primeira grandeza como cidadãos e patriotas.
O quadro institucional do País é muito grave. Mas é preciso entender a formação do povo brasileiro, seu amor tantas vezes comprovado às mais amplas liberdades, que se expressa mais uma vez em intensa mobilização nas ruas em defesa da democracia, contra qualquer ação autoritária.
Por isso, é que vivemos momentos decisivos para o futuro da nossa jovem democracia, o destino de nação soberana, protagonista, solidária no cenário geopolítico internacional.
A luta política no Brasil chegou a temperaturas elevadas em consequência do intenso confronto que já se estende desde as eleições presidenciais de 2014. E de lá para cá intensificou-se um agressivo movimento nitidamente conservador contra a legítima manifestação saída das urnas com a reeleição da presidente Dilma para um segundo mandato à frente da nação.
Caracterizado como uma espécie de um falso terceiro turno eleitoral, assumindo, ao longo dos meses que se seguiram, facetas de conteúdo golpista, porque contrário à legalidade constitucional, democrática, convergindo para uma batalha política assemelhada a outros episódios recentes da nossa jovem República como as ações contra os presidentes Getúlio, Juscelino, João Goulart etc.
Mas que também serve ao processo de amadurecimento da consciência das grandes maiorias que compõem a sociedade brasileira que, óbvio, só aprendem através da própria experiência, em cenários de fortes embates onde se conflitam interesses econômicos, financeiros, de reduzidos estamentos contra os anseios mais profundos do Brasil.
Ao longo dos 27 anos da promulgação da Carta Magna, todas essas tempestades além de por em prova a Constituição, com suas virtudes e defeitos, vão testando os alicerces do mais longo período de legalidade, democracia, na vida do País.
Porque é essa a questão central: o interesse primordial de uma nação independente, a indeclinável liberdade política para que as maiorias sociais exerçam o seu protagonismo de construtoras do seu destino, associado a um projeto de desenvolvimento estratégico.
Na verdade o capital financeiro global, associado a interesses forâneos, à mídia hegemônica e grupos retrógrados jamais aceitaram em nossa recente História republicana a ideia do povo brasileiro exercer o seu real papel de ator de primeira grandeza como cidadãos e patriotas.
O quadro institucional do País é muito grave. Mas é preciso entender a formação do povo brasileiro, seu amor tantas vezes comprovado às mais amplas liberdades, que se expressa mais uma vez em intensa mobilização nas ruas em defesa da democracia, contra qualquer ação autoritária.
Por isso, é que vivemos momentos decisivos para o futuro da nossa jovem democracia, o destino de nação soberana, protagonista, solidária no cenário geopolítico internacional.
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
O manifesto
Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão, no Tribuna do Agreste, no Santana Oxente e no pcdobalagoas.org.br:
Nada, nem coisa alguma,
legitima um golpe contra o Estado de Direito democrático no Brasil. Como afirma
o manifesto: vivenciamos dias que valem por anos.
Nessa terça-feira, o
PCdoB lançou manifesto à nação, conclamando todos os brasileiros à defesa da
legalidade. Onde reafirma: a hora é de união, de inclusão, de uma ampla frente
democrática suprapartidária. O confronto não é entre apoiadores e críticos do
governo Dilma mas, entre democratas e golpistas.
Continua a nota “todos
que resistem ao golpe são nossos aliados neste momento crucial. E há ainda a
missão de persuadir, com fatos e argumentos, a parcela hoje enganada com a onda
midiática golpista... O golpe é contra o Brasil, o povo e a democracia... É
preciso rechaçá-lo, defender a Constituição, salvar a democracia, para que o
Brasil supere a crise econômica, volte a crescer, avance nas conquistas, não
retroceda.
Concita nosso povo à
luta, às ruas, numa campanha nacional contra a trama golpista” diz, entre
outras coisas, o manifesto.
O PCdoB com 93 anos de
existência possui larga experiência de lutas sempre em defesa da democracia,
dos interesses populares, intransigente combate patriótico. Ao longo de muitos
episódios foi e tem sido força destacada para soluções lúcidas nas grandes
encruzilhadas da História do País.
Nessa semana
intensificou-se a conspiração golpista, a pirotecnia, com manobras através do
presidente Eduardo Cunha que além de agredirem a Constituição ferem o regimento
interno da Câmara dos Deputados que também é de natureza constitucional.
O furor golpista, com a
ajuda da grande mídia hegemônica, precisa ser sustado pela ação consciente dos
democratas, independente de posições políticas, a defesa da legalidade, da
Constituição fruto de longa, sofrida batalha pelas liberdades contra o
arbítrio.
É óbvia a conspirata
irresponsável em relação ao profundo sentimento de apego da maioria dos
brasileiros às mais amplas liberdades políticas que nos têm sido tão caras ao
longo da nossa História de jovem nação.
A ânsia de provocar uma
ruptura, por exemplo, entre o PMDB, partido majoritariamente de centro-democrático,
e a presidente é manobra primária em política com objetivo de isolar, golpear
não só o governo mas a Constituição, a democracia, as liberdades, o convívio
democrático na sociedade nacional.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
Escalada autoritária
Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão, no Tribuna do Agreste, no Santana Oxente e no pcdobalagoas.org.br:
Nos tempos atuais o “Mercado” difunde através dos seus aparelhos midiáticos uma saraivada de teses que logo parecem se tornar verdades inquestionáveis, cláusulas pétreas. É a verdade dos potentados contra a dos outros, não importa qual seja a realidade objetiva.
Já à constituição do País foram impostas reformas não como resposta às janelas civilizacionais mas para atender aos interesses da globalização da Nova Ordem mundial.
Durante a década de 90 essas “reformas constitucionais” transformaram-se num verdadeiro festim de privatizações das empresas patrimônios do Estado, da sociedade nacional.
E o pior, em sua maioria vendidas com moedas podres, através de financiamentos públicos com juros irrisórios, prazos a se perder de vista.
Tudo sob a justificativa do suposto gigantismo do aparelho de Estado, a falsa ineficiência das empresas estatais, a chantagem para o Brasil mergulhar de cabeça na era da “modernidade” neoliberal.
Setores estratégicos ao desenvolvimento do País foram vendidos a grupos internacionais, sócios nativos, a preço de banana, vários com recursos públicos.
Como a neoliberalização e a financeirizacão da economia estavam ainda incompletas, articulou-se o milionário segundo mandato de FHC com apoio da grande mídia hegemônica.
Os que se opuseram ao neoliberalismo foram taxados como dinossauros, jurássicos. Boa parte dos nossos problemas atuais advém desse período, muito embora deitem raízes em décadas de crescimentos pífios ou insuficientes ao desenvolvimento incontornável.
Hoje, para além do óbvio combate à corrupção, o que há na verdade é a pressão do capital financeiro para tomar de assalto o poder, avançar sobre empresas estatais como a Petrobrás, solapar a soberania nacional, privatizar riquezas naturais estratégicas, com ênfase para a Amazônia, mudanças na legislação contra os diretos sociais dos assalariados, engordar ainda mais os cofres do capital dentista.
Para que se possa superar a atual crise política, econômica, a evidente escalada autoritária que irrompe contra o País através de sucessivas crises institucionais articuladas via mídia hegemônica, no afã de provocar a fratura nacional, ruptura constitucional, torna-se vital retomar, na luta política concreta, os rumos de um projeto nacional de desenvolvimento estratégico, democrático.
Nos tempos atuais o “Mercado” difunde através dos seus aparelhos midiáticos uma saraivada de teses que logo parecem se tornar verdades inquestionáveis, cláusulas pétreas. É a verdade dos potentados contra a dos outros, não importa qual seja a realidade objetiva.
Já à constituição do País foram impostas reformas não como resposta às janelas civilizacionais mas para atender aos interesses da globalização da Nova Ordem mundial.
Durante a década de 90 essas “reformas constitucionais” transformaram-se num verdadeiro festim de privatizações das empresas patrimônios do Estado, da sociedade nacional.
E o pior, em sua maioria vendidas com moedas podres, através de financiamentos públicos com juros irrisórios, prazos a se perder de vista.
Tudo sob a justificativa do suposto gigantismo do aparelho de Estado, a falsa ineficiência das empresas estatais, a chantagem para o Brasil mergulhar de cabeça na era da “modernidade” neoliberal.
Setores estratégicos ao desenvolvimento do País foram vendidos a grupos internacionais, sócios nativos, a preço de banana, vários com recursos públicos.
Como a neoliberalização e a financeirizacão da economia estavam ainda incompletas, articulou-se o milionário segundo mandato de FHC com apoio da grande mídia hegemônica.
Os que se opuseram ao neoliberalismo foram taxados como dinossauros, jurássicos. Boa parte dos nossos problemas atuais advém desse período, muito embora deitem raízes em décadas de crescimentos pífios ou insuficientes ao desenvolvimento incontornável.
Hoje, para além do óbvio combate à corrupção, o que há na verdade é a pressão do capital financeiro para tomar de assalto o poder, avançar sobre empresas estatais como a Petrobrás, solapar a soberania nacional, privatizar riquezas naturais estratégicas, com ênfase para a Amazônia, mudanças na legislação contra os diretos sociais dos assalariados, engordar ainda mais os cofres do capital dentista.
Para que se possa superar a atual crise política, econômica, a evidente escalada autoritária que irrompe contra o País através de sucessivas crises institucionais articuladas via mídia hegemônica, no afã de provocar a fratura nacional, ruptura constitucional, torna-se vital retomar, na luta política concreta, os rumos de um projeto nacional de desenvolvimento estratégico, democrático.
sábado, 28 de novembro de 2015
Cenário conturbado
Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão, no Tribuna do Agreste, no Santana Oxente e no pcdobalagoas.org.br:
Já se disse que
nos tempos recentes não estamos presenciando exatamente um choque de
civilizações, mais parece um choque de ignorâncias, com a velocidade das novas
tecnologias somos expostos a todo tipo de informação sempre oriunda das mesmas
fontes.
Assim é impossível
ignorar o papel da grande mídia global na difusão dos fatos, interpretações, na
promoção de fenômenos artificiais, a maneira como difunde “consensos” que são
na maioria dos casos, evidentes projetos hegemônicos a serviço do capital
financeiro internacional.
Sem dúvida,
estamos presenciando uma época em que o Mercado rentista atingiu um poderoso
espectro de domínio ideológico, financeiro, político, militar, em instância
planetária, apesar do crescente protagonismo das nações emergentes que se
colocam como alternativa real à geopolítica unipolar dominante há algumas
décadas.
De tal maneira que
esse novo campo multilateral da geopolítica mundial encontra-se permanentemente
sob a contradição de força ascendente e ao mesmo tempo vive sob fogo cerrado de
ataques do bloco dominante que por sua vez afunda-se cada vez mais em problemas
gravíssimos, insolúveis.
Que vão da crise
financeira crônica, os tormentos sociais do mundo do trabalho nos vários
continentes, guerras de rapina, flagelos agudos como o dos milhões de
refugiados rumo à Europa, terrorismo, desemprego massivo e acima de tudo a
ausência de qualquer perspectiva aos povos.
É nesse cenário,
muito resumidamente, que as lutas sociais, pela soberania das nações, se
digladiam contra o permanente discurso autoritário, quando não neofascista, de
uma pós-modernidade artificial, que nada mais tem a oferecer à humanidade, até
porque jamais tiveram o que apresentar de alvissareiro às sociedades.
Trata-se de um
terreno movediço, onde a luta de ideias adquire importância decisiva. E
exatamente por isso o discurso hegemônico procura descaracterizá-la,
criminalizá-la, quebrar a força cativante que as grandes causas adquirem quando
atingem os corações e as mentes das sociedades.
Particularmente quando assimiladas como força motriz de um projeto nacional soberano, democrático, de desenvolvimento estratégico para nações fundamentais como o Brasil onde a luta política impõe-se como decisiva. Essa é a grande questão, inadiável, desses tempos conturbados.
terça-feira, 17 de novembro de 2015
Terror
Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão, no Tribuna do Agreste, no Santana Oxente e no pcdobalagoas.org.br:
Os atentados terroristas
em Paris na sexta-feira (13/11) “merecem o repúdio generalizado como crime
abominável de lesa-humanidade... e mostram os perigos a que está exposta a humanidade”
afirmou com justeza em nota oficial a direção nacional do PCdoB.
É fundamental
identificar as causas desse barbarismo fanático de grupos fundamentalistas que
atuam como se fossem uma espécie de franquia do ódio e violência doentios.
Cabe às nações que
defendem a democracia, a soberania dos povos, a sensatez como diplomacia nas
relações entre os indivíduos, sociedades, o combate a esse fenômeno brutal,
repugnante.
Antes da primeira guerra
do Golfo não existiam grupos terroristas que merecessem maiores preocupações
dos órgãos de inteligência na Europa, Estados Unidos e no mundo ocidental.
Com a política de
incentivar o caos no Afeganistão, sob o governo do presidente norte-americano
Jimmy Carter, começou-se a fecundar o “ovo da serpente” através de um líder
oriundo de uma milionária família saudita do petróleo, promovido a insurgente
mor contra o Estado afegão. Seu nome, depois mundialmente conhecido, Osama Bin
Laden, chefe da organização terrorista Al Qaeda.
Recentemente procurando
estender o controle geopolítico sobre a Líbia, Iraque, Irã, destituir o governo
de Assad na Síria, outra vez os EUA apoiaram uma organização brutal, terrível,
o Estado Islâmico.
Os incentivadores desses
grupos fanáticos perderam o controle sobre eles e desde 2001 a humanidade
passou a conviver com dantescas ações de terror como o ataque contra as Torres Gêmeas
em Nova York.
As ações criminosas em
Paris resultam desse contexto, assim como a explosão do metrô em Madri anos
atrás, e atentados ignominiosos no Oriente Médio, África etc.
As consequências de tudo
isso tem sido o horror que ameaça as nações, a fragmentação do Oriente Médio,
do continente africano, banhados em sangue, o flagelo social de milhões de
refugiados rumo à Europa principalmente.
Tanto como é óbvia a
crise sistêmica da Nova Ordem mundial, a presença do fascismo na Europa como
força crescente, do ideário autoritário no mundo. O Brasil deve manter firme
repúdio ao terrorismo, a defesa do Estado de Direito, da democracia, da
soberania nacional, e acautelar-se em um cenário que aderna perigosamente para
sérias tensões geopolíticas globais.
sexta-feira, 13 de novembro de 2015
Cultura e desenvolvimento
Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão, no Tribuna do Agreste, no Santana Oxente e no pcdobal.org.br:
Assim, um dos grandes
desafios do Brasil, além da retomada do desenvolvimento sob bases mais
avançadas, da luta democrática e a legalidade constitucional, é a batalha em
defesa da nossa cultura, da nossa memória, identidade nacional para que se possa ter os olhos voltados, e
críticos, sobre o que há de avançado atualmente produzido pela humanidade.
Adquiriu dimensão
exacerbada o caráter irracional do sistema capitalista sob as políticas
adotadas pela Nova Ordem mundial.
Em função do agravamento
da crise financeira internacional, o aumento das tensões políticas, o
alastramento dos focos das guerras de rapina no Oriente Médio, no continente
africano, e a agenda diversionista divulgada através da grande mídia hegemônica
com abrangência planetária.
Que determina a pauta
das notícias a serem divulgadas e as demais que devem ser evitadas, ou
discretamente noticiadas de maneira confusa, quase incompreensíveis aos
cidadãos, mas sempre tendo algo em comum: a propagação do ceticismo em relação
ao progresso, ao futuro, seja dos indivíduos, sociedades, Países.
É importante para o
Mercado financeiro que as pessoas não se sintam cidadãos de uma nação em
particular, assim como de uma região específica, que lhes impossibilitem a
identidade comum na cultura, típica do pertencimento a um determinado povo.
É o contrário do que
falou Tolstói: se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia. E assim
por diante na escala dos insubstituíveis altos valores da humanidade.
Essa visão distorcida do
conhecimento imposta às sociedades revela uma incrível pasteurização dos
fenômenos culturais, ideológicos, políticos, um cosmopolitismo subalterno
enunciado como síntese de uma pós-modernidade falsa.
Cuja finalidade é a
uniformização dos padrões de consumo, difundido espertamente como evolução das
sociedades, através da informação dita como asséptica.
Mas como já se disse:
não há informação neutra, elas possuem conteúdo de classe. No caso atual, é o das
forças hegemônicas do Mercado financeiro.
O desenraizamento dos
indivíduos, comunidades, é um dos fenômenos mais danosos da atualidade,
facilita a aculturação social em proporções industriais, perda de referências,
do contínuo histórico, possibilitando nos dias atuais a reestreia do pensamento
autoritário ou até neofascista.
quinta-feira, 5 de novembro de 2015
Pedrinho um jovem de espírito elevado
Pedro Loureiro Tenório Bomfim, meu neto. |
Em nossa convivência com Pedrinho tivemos o privilégio de
perceber uma personalidade singular cujas características são distintas da sua
idade cronológica.
Tendo que viver desde o seu nascimento com uma doença,
jamais se queixou um só minuto, ao contrário, transformou essa vicissitude em
um ensinamento de superação.
Praticou, durante a sua passagem entre nós, a bondade e o
sentido da agregação entre as pessoas. Da simplicidade junto aos demais. Da
ausência da vaidade, raiva ou desprezo por quem quer que fosse.
As pessoas que foram abraçá-lo no Parque das Flores, algumas
centenas entre professores, colegas e amigos que ele construiu em seus 16 anos,
não o fizeram por nenhum ato de formalidade, mas porque conviveram, sentiram e
observaram a sua simplicidade e altivez precoces em um garoto encantado com 16
anos, mas que parecia, em suas atitudes, uma pessoa de idade avançada.
Os muitos católicos, cristãos em geral, que o conheceram
disseram que ele foi sem escalas para o céu e os espíritas que dele se
aproximaram falaram que ele é um espírito que está em uma dimensão elevada.
Para mim são coisas semelhantes porque apesar dos meus
cabelos grisalhos Pedrinho me ensinou muito, aprendi muito com ele.
Pedrinho filho do meu filho Thiago e de Sandra sempre teve o
amor de todos e assim correspondeu a todos seus familiares e centenas de amigos
jovens e adultos. Pedrinho está conosco. Aqui segue um dos muitos depoimentos
sobre Pedrinho por seu ortodontista, Dr. Vinicius. Beijão Pedrinho.
"O Pedrinho foi um menino diferente. Desde o primeiro dia que o vi, percebi. A sua educação e gentileza de fato não eram deste mundo. Convivemos mensalmente por cerca de três anos e a cada encontro, ele se mostrava mais humano do que a maioria das pessoas que eu conheci. Deus o fez diferente, não pela doença, mas pelas virtudes. Está agora junto do pai e foi sem escalas. Ele não precisava. Era um santo menino. Que Deus o tenha em sua infinita glória."
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