Já se disse que
nos tempos recentes não estamos presenciando exatamente um choque de
civilizações, mais parece um choque de ignorâncias, com a velocidade das novas
tecnologias somos expostos a todo tipo de informação sempre oriunda das mesmas
fontes.
Assim é impossível
ignorar o papel da grande mídia global na difusão dos fatos, interpretações, na
promoção de fenômenos artificiais, a maneira como difunde “consensos” que são
na maioria dos casos, evidentes projetos hegemônicos a serviço do capital
financeiro internacional.
Sem dúvida,
estamos presenciando uma época em que o Mercado rentista atingiu um poderoso
espectro de domínio ideológico, financeiro, político, militar, em instância
planetária, apesar do crescente protagonismo das nações emergentes que se
colocam como alternativa real à geopolítica unipolar dominante há algumas
décadas.
De tal maneira que
esse novo campo multilateral da geopolítica mundial encontra-se permanentemente
sob a contradição de força ascendente e ao mesmo tempo vive sob fogo cerrado de
ataques do bloco dominante que por sua vez afunda-se cada vez mais em problemas
gravíssimos, insolúveis.
Que vão da crise
financeira crônica, os tormentos sociais do mundo do trabalho nos vários
continentes, guerras de rapina, flagelos agudos como o dos milhões de
refugiados rumo à Europa, terrorismo, desemprego massivo e acima de tudo a
ausência de qualquer perspectiva aos povos.
É nesse cenário,
muito resumidamente, que as lutas sociais, pela soberania das nações, se
digladiam contra o permanente discurso autoritário, quando não neofascista, de
uma pós-modernidade artificial, que nada mais tem a oferecer à humanidade, até
porque jamais tiveram o que apresentar de alvissareiro às sociedades.
Trata-se de um
terreno movediço, onde a luta de ideias adquire importância decisiva. E
exatamente por isso o discurso hegemônico procura descaracterizá-la,
criminalizá-la, quebrar a força cativante que as grandes causas adquirem quando
atingem os corações e as mentes das sociedades.
Particularmente quando assimiladas como força motriz de um projeto nacional soberano, democrático, de desenvolvimento estratégico para nações fundamentais como o Brasil onde a luta política impõe-se como decisiva. Essa é a grande questão, inadiável, desses tempos conturbados.
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