Meu novo artigo:
Segundo informações da Bloomberg, o restrito clube de bilionários globais acrescentou às suas fortunas em 2017 mais de 1 trilhão de dólares, perfazendo um total de 5,3 trilhões em 26 de dezembro, um aumento de 20,4% em relação à mesma data do ano passado, sendo os dos setores de tecnologia os que mais enriqueceram.
No mesmo período as desigualdades sociais entre os povos e nações aumentaram substancialmente. Trata-se de um retrato irretocável dos tempos contemporâneos, do capital financeiro mundial, onde esses indivíduos especulam suas fortunas.
Essa estratosférica acumulação de capital adquiriu tal dimensão a partir da virada do 2o milênio com a total desregulação dos fluxos financeiros, beneficiados com o fim da chamada Guerra Fria desde os idos dos anos 80 do século XX.
O domínio do Mercado ultrapassa o aspecto econômico, vai ao campo das ideias, exercendo implacável ditadura do pensamento único onde a agenda dominante, difundida através da grande mídia e redes sociais, é uniforme para quase todos os Países, à exceção dos que reconfiguraram seus paradigmas para o novo milênio como, por exemplo, a China e a Rússia, destacadamente.
No mundo ocidental esse processo da financeirização global promoveu o aumento das desigualdades econômicas e sociais em escala abissal, além de uma perplexidade cultural, política, e uma desorientação geral com o desmoronamento de conceitos que soçobraram com a Velha Ordem.
Em seu lugar o Mercado impôs, sem “ditaduras”, por formas “democráticas”, critérios ideológicos e comportamentais que facilitam sua estratégia hegemônica.
O mundo ocidental viu-se em um shopping ideológico, com prateleiras enfileiradas de causas que o “consumidor” tem para chamar de suas, como totens de espuma e recicláveis, ausentes de sentido comum, universal ou nacional.
Uma sensação de orfandade em literalmente todas as direções, a emergência de fundamentalismos, intolerâncias, a primazia do “ativista” emocional pseudorradical contra o esforço analítico, o utilitarismo como regra. Mitos são erguidos e derrubados no volátil tempo digital.
O Brasil encontra-se enredado nessa arapuca, até pela sua condição geopolítica, e dela só conseguirá sair através da luta política democrática unitária. E um projeto estratégico de desenvolvimento adequado às condições do novo milênio.
quarta-feira, 27 de dezembro de 2017
quarta-feira, 20 de dezembro de 2017
A questão nacional
Meu novo artigo:
Um tema que antecede aos outros questionamentos fundamentais na realidade brasileira é a questão nacional. Daí, tantos falam sobre a necessidade de refundação de um projeto que reoriente o País nas turbulências do 2o milênio.
Nenhuma nação, protagonista das épocas atuais, abdicou um centímetro sequer da primazia dos seus objetivos estratégicos, especialmente aquelas que por dimensões continentais, condições geopolíticas, econômicas, riquezas naturais, possuem características Históricas de liderança regional ou global.
E o Brasil, como já se falou, é grande demais para ser pequeno, no teatro da geopolítica mundial.
Somos herdeiros de um vasto território continental que manteve a sua unidade, apesar de várias lutas separatistas em sua formação como País, seja no período colonial ou até mesmo no século XX.
Enquanto a chamada América espanhola fragmentou-se em dezenas de nações, apesar do imenso sacrifício libertador e unitário de Simon Bolívar, que ao fim da sua vida já não tinha nem mais uma pátria pela qual lutar e por ela morrer, como afirmou Gabriel García Márquez.
Essa herança dos nossos recentes antepassados é um fato objetivo porque esse é o Brasil atual, real, mesmo que alguns historiadores tentem negá-lo ou que as correntes econômicas do novo liberalismo, educados em Wall Street ou na City de Londres, procurem destruí-la com esmero.
Ou então algumas mentalidades autodenominadas como “progressistas” que olham com desprezo para o nosso contínuo Histórico, vários aferrados a fórmulas esquemáticas, sem entenderem que elas obedeceram a contextos específicos e que “fórmulas sociais” como se fossem mágicas, sejam quais forem, só se repetem como “farsa ou tragédia”.
Tanto uns como outros contornam o Brasil, sua formação antropológica, largas potencialidades, importam conceitos da agenda da globalização financeira e sua governança mundial. Na economia, sociologia etc., em uma espécie de cosmopolitismo colonizado.
A luta democrática vai se defrontar com outro teste de fogo em 2018. Mas a vida demonstra que as eleições, por si mesmas, não são a “maravilha curativa” de todos os nossos males. Sem um projeto estratégico de nação, vamos repetir, de uma maneira ou de outra, as crises estruturais nos acompanham como uma praga recorrente que não consegue ser erradicada.
Um tema que antecede aos outros questionamentos fundamentais na realidade brasileira é a questão nacional. Daí, tantos falam sobre a necessidade de refundação de um projeto que reoriente o País nas turbulências do 2o milênio.
Nenhuma nação, protagonista das épocas atuais, abdicou um centímetro sequer da primazia dos seus objetivos estratégicos, especialmente aquelas que por dimensões continentais, condições geopolíticas, econômicas, riquezas naturais, possuem características Históricas de liderança regional ou global.
E o Brasil, como já se falou, é grande demais para ser pequeno, no teatro da geopolítica mundial.
Somos herdeiros de um vasto território continental que manteve a sua unidade, apesar de várias lutas separatistas em sua formação como País, seja no período colonial ou até mesmo no século XX.
Enquanto a chamada América espanhola fragmentou-se em dezenas de nações, apesar do imenso sacrifício libertador e unitário de Simon Bolívar, que ao fim da sua vida já não tinha nem mais uma pátria pela qual lutar e por ela morrer, como afirmou Gabriel García Márquez.
Essa herança dos nossos recentes antepassados é um fato objetivo porque esse é o Brasil atual, real, mesmo que alguns historiadores tentem negá-lo ou que as correntes econômicas do novo liberalismo, educados em Wall Street ou na City de Londres, procurem destruí-la com esmero.
Ou então algumas mentalidades autodenominadas como “progressistas” que olham com desprezo para o nosso contínuo Histórico, vários aferrados a fórmulas esquemáticas, sem entenderem que elas obedeceram a contextos específicos e que “fórmulas sociais” como se fossem mágicas, sejam quais forem, só se repetem como “farsa ou tragédia”.
Tanto uns como outros contornam o Brasil, sua formação antropológica, largas potencialidades, importam conceitos da agenda da globalização financeira e sua governança mundial. Na economia, sociologia etc., em uma espécie de cosmopolitismo colonizado.
A luta democrática vai se defrontar com outro teste de fogo em 2018. Mas a vida demonstra que as eleições, por si mesmas, não são a “maravilha curativa” de todos os nossos males. Sem um projeto estratégico de nação, vamos repetir, de uma maneira ou de outra, as crises estruturais nos acompanham como uma praga recorrente que não consegue ser erradicada.
sábado, 9 de dezembro de 2017
Política real e virtual
Meu novo artigo:
Já se disse que estar conectado na redes sociais é menos custoso, em todos os sentidos, que estar “engajado” nas atividades concretas no mundo real, porém consideravelmente menos produtivo em seus efeitos, consequências na manutenção das conquistas individuais ou coletivas fundamentais.
Quem primeiro atinou para essa conclusão irrefutável foram exatamente os que mais se beneficiaram dessa nova modalidade dita pós-moderna: os donos do mundo.
Ou seja, o capital financeiro global e seus organismos internacionais hegemônicos, as suas ONGs que promovem incessantemente a agenda dominante do politicamente correto em uma sociedade de Mercado deificada, glorificada ao extremo.
Quando se diz “incessantemente” é útil atualizar o sentido da palavra. Isso quer dizer que não se passa um minuto, em termos planetários, sem a promoção de um conjunto de ideias hegemônicas incorporadas por vários estratos sociais, inclusive aqueles ditos “mais esclarecidos”.
As “forças sociais digitais”, aparentemente antagônicas entre si, utilizam-se dessas mesmas agendas, com modificações adaptáveis às suas visões de mundo, interesses ou privilégios adquiridos.
Apesar das opiniões nas redes sociais, quem continua dando as narrativas ideológicas e políticas continua sendo a grande mídia hegemônica global, também em versão digital, que promove as ideias do grande capital rentista.
Assim o poder de “enxame”, como abelhas, dos ativistas digitais é relativo. Quem dá as cartas é a luta real pelo poder. Isso explica, mais que outra coisa, a perda relativa de força das “correias sociais organizadas”. Mas não só delas.
O impedimento da ex-presidente Dilma e a entronização do nefasto Temer é revelador tanto para os que a defenderam quanto aos que propugnaram a sua queda. A “orfandade” geral sobressai nos 96% da rejeição ao “presidente”.
A criminalização da política “enojou” a muitos mas hoje, aqui, em qualquer lugar do planeta quem faz História, indica os rumos, são os confrontos entre os interesses nacionais, das grandes maiorias, com as elites globalistas vinculadas ao capital financeiro no Brasil e no mundo.
É vital a luta de ideias, o pulso da realidade, a definição dos aliados, ampliar, não se isolar, independência, lucidez. A vida não para, nem a política que converge para grandes choques em 2018.
Já se disse que estar conectado na redes sociais é menos custoso, em todos os sentidos, que estar “engajado” nas atividades concretas no mundo real, porém consideravelmente menos produtivo em seus efeitos, consequências na manutenção das conquistas individuais ou coletivas fundamentais.
Quem primeiro atinou para essa conclusão irrefutável foram exatamente os que mais se beneficiaram dessa nova modalidade dita pós-moderna: os donos do mundo.
Ou seja, o capital financeiro global e seus organismos internacionais hegemônicos, as suas ONGs que promovem incessantemente a agenda dominante do politicamente correto em uma sociedade de Mercado deificada, glorificada ao extremo.
Quando se diz “incessantemente” é útil atualizar o sentido da palavra. Isso quer dizer que não se passa um minuto, em termos planetários, sem a promoção de um conjunto de ideias hegemônicas incorporadas por vários estratos sociais, inclusive aqueles ditos “mais esclarecidos”.
As “forças sociais digitais”, aparentemente antagônicas entre si, utilizam-se dessas mesmas agendas, com modificações adaptáveis às suas visões de mundo, interesses ou privilégios adquiridos.
Apesar das opiniões nas redes sociais, quem continua dando as narrativas ideológicas e políticas continua sendo a grande mídia hegemônica global, também em versão digital, que promove as ideias do grande capital rentista.
Assim o poder de “enxame”, como abelhas, dos ativistas digitais é relativo. Quem dá as cartas é a luta real pelo poder. Isso explica, mais que outra coisa, a perda relativa de força das “correias sociais organizadas”. Mas não só delas.
O impedimento da ex-presidente Dilma e a entronização do nefasto Temer é revelador tanto para os que a defenderam quanto aos que propugnaram a sua queda. A “orfandade” geral sobressai nos 96% da rejeição ao “presidente”.
A criminalização da política “enojou” a muitos mas hoje, aqui, em qualquer lugar do planeta quem faz História, indica os rumos, são os confrontos entre os interesses nacionais, das grandes maiorias, com as elites globalistas vinculadas ao capital financeiro no Brasil e no mundo.
É vital a luta de ideias, o pulso da realidade, a definição dos aliados, ampliar, não se isolar, independência, lucidez. A vida não para, nem a política que converge para grandes choques em 2018.
quarta-feira, 6 de dezembro de 2017
A ideologia do liberalismo
Meu novo artigo semanal:
Tem razão o Papa Francisco ao afirmar: quando a sociedade (local, nacional, mundial) abandona na periferia uma parte de si mesma, não há programas políticos, recursos policiais ou de inteligência que possam assegurar, minimamente, a tranquilidade.
O pensamento ultraliberal, hegemônico a partir do 2o milênio, tem sido a mola propulsora de uma economia global excludente das grandes maiorias e constitui, igualmente, uma ideologia mundial que impulsiona um relativismo totalitário sobre todas as coisas que dizem respeito à vida humana.
Coabitamos uma dupla tragédia: uma exclusão social epidêmica, associada à quase absoluta ausência de rumos sobre nós enquanto indivíduos, comunidades, regiões, nações e humanidade.
De tal forma que até, como exemplo, o compositor anarco-contestatório dos anos setenta passados, Raul Seixas, que galvanizou e continua inspirando jovens, inclusive nas periferias da cidades, com suas toadas tipo “prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”, esvaziou-se de sentido na rebeldia contra o sistema que os oprime.
O componente do relativismo na mensagem globalista hegemônica, através da grande mídia, transmitida via redes sociais, busca pulverizar as esperanças transformadoras.
E em seu lugar, impõe-se, é o termo que soa correto, uma tendência obsessiva que incita, continuamente, a começar recorrentemente sem sair do mesmo lugar, sem se ter em conta as lições apreendidas.
Como se o mundo estivesse em modo contínuo, começando sempre do zero ad infinitum. Daí a ambição de inaugurar-se até o ex-ser humano. Esse é, por exemplo, o espírito da Era da Falibilidade no livro do influente megaespeculador financeiro George Soros com suas ONGs e discursos do politicamente correto.
Há uma crescente insatisfação das grandes maiorias sociais, não importa religião, cor, opção sexual, nacionalidade, contra o status quo do Mercado financeiro global.
A sobrevivência do Brasil está ligada tanto à soberania econômica, territorial, quanto à sua identidade cultural, às permanências e renovações enquanto civilização singular. Na tenaz resistência à ideologia de terra arrasada da globalização rentista. Assim, faz-se incontornável a unidade do povo brasileiro em refundar um amplo projeto de nação, de sociedade promissora.
Tem razão o Papa Francisco ao afirmar: quando a sociedade (local, nacional, mundial) abandona na periferia uma parte de si mesma, não há programas políticos, recursos policiais ou de inteligência que possam assegurar, minimamente, a tranquilidade.
O pensamento ultraliberal, hegemônico a partir do 2o milênio, tem sido a mola propulsora de uma economia global excludente das grandes maiorias e constitui, igualmente, uma ideologia mundial que impulsiona um relativismo totalitário sobre todas as coisas que dizem respeito à vida humana.
Coabitamos uma dupla tragédia: uma exclusão social epidêmica, associada à quase absoluta ausência de rumos sobre nós enquanto indivíduos, comunidades, regiões, nações e humanidade.
De tal forma que até, como exemplo, o compositor anarco-contestatório dos anos setenta passados, Raul Seixas, que galvanizou e continua inspirando jovens, inclusive nas periferias da cidades, com suas toadas tipo “prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”, esvaziou-se de sentido na rebeldia contra o sistema que os oprime.
O componente do relativismo na mensagem globalista hegemônica, através da grande mídia, transmitida via redes sociais, busca pulverizar as esperanças transformadoras.
E em seu lugar, impõe-se, é o termo que soa correto, uma tendência obsessiva que incita, continuamente, a começar recorrentemente sem sair do mesmo lugar, sem se ter em conta as lições apreendidas.
Como se o mundo estivesse em modo contínuo, começando sempre do zero ad infinitum. Daí a ambição de inaugurar-se até o ex-ser humano. Esse é, por exemplo, o espírito da Era da Falibilidade no livro do influente megaespeculador financeiro George Soros com suas ONGs e discursos do politicamente correto.
Há uma crescente insatisfação das grandes maiorias sociais, não importa religião, cor, opção sexual, nacionalidade, contra o status quo do Mercado financeiro global.
A sobrevivência do Brasil está ligada tanto à soberania econômica, territorial, quanto à sua identidade cultural, às permanências e renovações enquanto civilização singular. Na tenaz resistência à ideologia de terra arrasada da globalização rentista. Assim, faz-se incontornável a unidade do povo brasileiro em refundar um amplo projeto de nação, de sociedade promissora.
terça-feira, 28 de novembro de 2017
O Brasil real
Meu novo artigo semanal:
Pesquisa divulgada pela colunista do Valor Econômico, Maria Cristina Fernandes, mostra um retrato das grandes maiorias do Brasil.
Expõe igualmente aquilo que muitos acham sobre as agendas de setores esclarecidos, determinados estratos médios que habitam o mundo das chamadas “nuvens digitais”.
Esses segmentos movidos pelas narrativas pautadas através da grande mídia global e suas congêneres nativas hegemônicas, adotam o discurso do “politicamente correto” com as suas diversas variáveis.
Mas a grande verdade, constatada nessa e outras pesquisas, é que eles não entendem as grandes maiorias que compõem o Brasil nas confusas classificações sobre as classes sociais no País.
Para o Brasil real as questões são outras, dizem respeito às suas necessidades prementes, angústias que atingem seus cotidianos na vida dura das suas existências.
Eles podem não ser “cultos”, não frequentam os estratos acadêmicos descolados, com as pautas do discurso mundializado da nata intelectual que em todas as partes raciocinam, quase, as mesmas coisas, em bloco.
As grandes maiorias, diz a pesquisa, sabem da realidade em que estão afundados até o pescoço. Fala a jornalista: se fosse verdade que há um Brasil que não cabe no PIB, há outro que dele encontra-se excluído. E o governo Temer aprofundou esse fosso.
A visão é de vulnerabilidade, desemprego, violência, queda no consumo, baixa autoestima. A educação é fundamental: “nasce lá em Vila Nova Cachoeirinha e vê se a escola tem a qualidade da escola de gente rica”, fala uma pesquisada.
Uma outra entrevistada: “menos Estado? Já falta tudo, para faltar mais o que?”.
Diz uma moradora da periferia de Recife: “eles não sabem o que é ter um filho com asma, ter que pegar ônibus, metrô e um trem para ficar na fila do hospital”.
As maiorias são indiferentes à guerrilha de ódio nas redes sociais entre o “politicamente correto” e seus contrários também intolerantes.
Setores “esclarecidos” desprezam a cultura do povo brasileiro, “não estão prontos para seus enunciados ideológicos definitivos”. Já os outros dizem que eles não têm “capacidade para rejeitar os políticos podres”.
Mas é o contrário. Esses é que desconhecem suas aspirações, sentimentos, dramas. É inadiável um projeto que unifique os brasileiros rumo ao desenvolvimento econômico e a soberania plena.
Pesquisa divulgada pela colunista do Valor Econômico, Maria Cristina Fernandes, mostra um retrato das grandes maiorias do Brasil.
Expõe igualmente aquilo que muitos acham sobre as agendas de setores esclarecidos, determinados estratos médios que habitam o mundo das chamadas “nuvens digitais”.
Esses segmentos movidos pelas narrativas pautadas através da grande mídia global e suas congêneres nativas hegemônicas, adotam o discurso do “politicamente correto” com as suas diversas variáveis.
Mas a grande verdade, constatada nessa e outras pesquisas, é que eles não entendem as grandes maiorias que compõem o Brasil nas confusas classificações sobre as classes sociais no País.
Para o Brasil real as questões são outras, dizem respeito às suas necessidades prementes, angústias que atingem seus cotidianos na vida dura das suas existências.
Eles podem não ser “cultos”, não frequentam os estratos acadêmicos descolados, com as pautas do discurso mundializado da nata intelectual que em todas as partes raciocinam, quase, as mesmas coisas, em bloco.
As grandes maiorias, diz a pesquisa, sabem da realidade em que estão afundados até o pescoço. Fala a jornalista: se fosse verdade que há um Brasil que não cabe no PIB, há outro que dele encontra-se excluído. E o governo Temer aprofundou esse fosso.
A visão é de vulnerabilidade, desemprego, violência, queda no consumo, baixa autoestima. A educação é fundamental: “nasce lá em Vila Nova Cachoeirinha e vê se a escola tem a qualidade da escola de gente rica”, fala uma pesquisada.
Uma outra entrevistada: “menos Estado? Já falta tudo, para faltar mais o que?”.
Diz uma moradora da periferia de Recife: “eles não sabem o que é ter um filho com asma, ter que pegar ônibus, metrô e um trem para ficar na fila do hospital”.
As maiorias são indiferentes à guerrilha de ódio nas redes sociais entre o “politicamente correto” e seus contrários também intolerantes.
Setores “esclarecidos” desprezam a cultura do povo brasileiro, “não estão prontos para seus enunciados ideológicos definitivos”. Já os outros dizem que eles não têm “capacidade para rejeitar os políticos podres”.
Mas é o contrário. Esses é que desconhecem suas aspirações, sentimentos, dramas. É inadiável um projeto que unifique os brasileiros rumo ao desenvolvimento econômico e a soberania plena.
quarta-feira, 22 de novembro de 2017
Sociedade do desencanto
Meu novo artigo semanal:
Ao final da década de 90 passada, o historiador britânico Eric Hobsbawm expressou a preocupação na sua obra O breve século XX, o temor de que as novas gerações fossem levadas a uma espécie de presente contínuo, sem referências do passado nem a perspectiva de futuro.
De lá para os dias atuais suas previsões mostraram-se corretas, mas as coisas foram bem mais além, porque como diz recente estudo europeu, no século XXI emergiu uma nova constatação: desde o final da Idade Média pela primeira vez os mais jovens deixam de ter alguma esperança no futuro.
Afirma o referido estudo “o individualismo pós-moderno, a globalização financeira, vêm debilitando o desenvolvimento dos povos”, à exceção de alguns Países como a China, com seu grande salto econômico, e a Rússia, como novas potências globais etc.
Na verdade a civilização ocidental vem mergulhando em uma crise sem precedentes, conduzida a uma fragmentação dos vínculos entre as pessoas, no seio do próprio corpo social, no sentimento de pertencimento a uma comunidade nacional etc.
A globalização financeira, com sua agenda do politicamente correto, negação ao desenvolvimento dos Países, vem promovendo ataques contra os Estados nacionais e às respectivas sociedades civis, especialmente aqueles com destacado protagonismo como o Brasil, o quinto maior País do planeta, com dimensões continentais, mais de 200 milhões de habitantes, sétima economia do mundo, riquezas naturais estratégicas.
Existe um óbvio processo de tentativa de controle, através da interconectividade das redes, no mundo digital, dos extratos sociais mais propensos à tomada de consciência tanto do presente quanto ao futuro do País, uma clara fratura coletiva pautada pela grande mídia global.
Na promoção do ódio de uns contra todos e todos contra qualquer um, em selvagem canibalismo cultural e ideológico.
Na indução de agendas de grupos destituídas de qualquer horizonte de construto unificado e negação Histórica do País, através de movimentos quase sempre financiados por ONGs como a Open Society do megaespeculador financeiro George Soros. Onde tudo é permeável por um discurso efêmero, mutante e descartável.
Um Projeto de Brasil exige, além de propostas concretas, factíveis via soluções políticas amplas, a luta de ideias contra o obscurantismo dos tempos atuais.
Ao final da década de 90 passada, o historiador britânico Eric Hobsbawm expressou a preocupação na sua obra O breve século XX, o temor de que as novas gerações fossem levadas a uma espécie de presente contínuo, sem referências do passado nem a perspectiva de futuro.
De lá para os dias atuais suas previsões mostraram-se corretas, mas as coisas foram bem mais além, porque como diz recente estudo europeu, no século XXI emergiu uma nova constatação: desde o final da Idade Média pela primeira vez os mais jovens deixam de ter alguma esperança no futuro.
Afirma o referido estudo “o individualismo pós-moderno, a globalização financeira, vêm debilitando o desenvolvimento dos povos”, à exceção de alguns Países como a China, com seu grande salto econômico, e a Rússia, como novas potências globais etc.
Na verdade a civilização ocidental vem mergulhando em uma crise sem precedentes, conduzida a uma fragmentação dos vínculos entre as pessoas, no seio do próprio corpo social, no sentimento de pertencimento a uma comunidade nacional etc.
A globalização financeira, com sua agenda do politicamente correto, negação ao desenvolvimento dos Países, vem promovendo ataques contra os Estados nacionais e às respectivas sociedades civis, especialmente aqueles com destacado protagonismo como o Brasil, o quinto maior País do planeta, com dimensões continentais, mais de 200 milhões de habitantes, sétima economia do mundo, riquezas naturais estratégicas.
Existe um óbvio processo de tentativa de controle, através da interconectividade das redes, no mundo digital, dos extratos sociais mais propensos à tomada de consciência tanto do presente quanto ao futuro do País, uma clara fratura coletiva pautada pela grande mídia global.
Na promoção do ódio de uns contra todos e todos contra qualquer um, em selvagem canibalismo cultural e ideológico.
Na indução de agendas de grupos destituídas de qualquer horizonte de construto unificado e negação Histórica do País, através de movimentos quase sempre financiados por ONGs como a Open Society do megaespeculador financeiro George Soros. Onde tudo é permeável por um discurso efêmero, mutante e descartável.
Um Projeto de Brasil exige, além de propostas concretas, factíveis via soluções políticas amplas, a luta de ideias contra o obscurantismo dos tempos atuais.
quinta-feira, 16 de novembro de 2017
A nação
Meu novo artigo semanal:
Torna-se cada vez mais evidente a crescente perda da soberania nacional frente ao interesses do capital financeiro especulativo e organismos internacionais a ele subordinados.
O conceito da inserção do Brasil na economia globalizada exige, ao contrário do discurso liberal, ou o neoliberal dos tempos atuais, a soberania efetiva do País em todos os níveis.
Para tanto, é fundamental um projeto estratégico de nação que oriente e aponte rumos ao desenvolvimento econômico, investimentos em infraestrutura, ciência e tecnologia, educação fundamental e superior etc.
Que indique rumos na política exterior conforme os interesses nacionais, na defesa de uma ordem mundial mais solidária, compartilhando junto aos BRICS e demais Países do planeta, uma nova etapa da humanidade mais justa, menos desequilibrada e agressiva, violenta mesmo.
Mas para isso o Brasil precisa superar o atual estágio de déficit geral em sua soberania que tem sido crescente e pautado através da grande mídia hegemônica associada ao capital rentista, além de um discurso acadêmico que promove a capitulação do sentimento de identidade nacional em vários aspectos da vida social.
A subordinação, dependência aberta aos jogos das finanças internacionais espalha-se através de uma visão ideológica, faz-se presente na vida diária como uma espécie de negação das nossas permanências e necessidades de renovações, fragmentação do espírito de pertencimento a um povo inventivo, de singular tradição cultural, que habita um território continental, o quinto maior do planeta, uma população de mais de 200 milhões de habitantes em uma economia que é a sétima do mundo.
O governo Michel Temer, rejeitado por mais de 95% dos brasileiros, é parte desse processo de desconstrução da herança e das bases reais das nossas conquistas Históricas.
Mas que vem já de algum tempo, possui múltiplos aspectos, variadas versões em matizes ideológicos, aparentemente distintos.
Assim é que surge em seminário, realizado em Minas Gerais, a ideia de mudar as cores e dizeres da bandeira brasileira por figuras da grande mídia, como se nossas referências simbólicas pudessem ser modificadas ao sabor dos modismos de ocasião.
Torna-se incontornável um projeto estratégico de desenvolvimento, que devolva ao brasileiro o caminho de progresso, a confiança no futuro.
Torna-se cada vez mais evidente a crescente perda da soberania nacional frente ao interesses do capital financeiro especulativo e organismos internacionais a ele subordinados.
O conceito da inserção do Brasil na economia globalizada exige, ao contrário do discurso liberal, ou o neoliberal dos tempos atuais, a soberania efetiva do País em todos os níveis.
Para tanto, é fundamental um projeto estratégico de nação que oriente e aponte rumos ao desenvolvimento econômico, investimentos em infraestrutura, ciência e tecnologia, educação fundamental e superior etc.
Que indique rumos na política exterior conforme os interesses nacionais, na defesa de uma ordem mundial mais solidária, compartilhando junto aos BRICS e demais Países do planeta, uma nova etapa da humanidade mais justa, menos desequilibrada e agressiva, violenta mesmo.
Mas para isso o Brasil precisa superar o atual estágio de déficit geral em sua soberania que tem sido crescente e pautado através da grande mídia hegemônica associada ao capital rentista, além de um discurso acadêmico que promove a capitulação do sentimento de identidade nacional em vários aspectos da vida social.
A subordinação, dependência aberta aos jogos das finanças internacionais espalha-se através de uma visão ideológica, faz-se presente na vida diária como uma espécie de negação das nossas permanências e necessidades de renovações, fragmentação do espírito de pertencimento a um povo inventivo, de singular tradição cultural, que habita um território continental, o quinto maior do planeta, uma população de mais de 200 milhões de habitantes em uma economia que é a sétima do mundo.
O governo Michel Temer, rejeitado por mais de 95% dos brasileiros, é parte desse processo de desconstrução da herança e das bases reais das nossas conquistas Históricas.
Mas que vem já de algum tempo, possui múltiplos aspectos, variadas versões em matizes ideológicos, aparentemente distintos.
Assim é que surge em seminário, realizado em Minas Gerais, a ideia de mudar as cores e dizeres da bandeira brasileira por figuras da grande mídia, como se nossas referências simbólicas pudessem ser modificadas ao sabor dos modismos de ocasião.
Torna-se incontornável um projeto estratégico de desenvolvimento, que devolva ao brasileiro o caminho de progresso, a confiança no futuro.
quarta-feira, 8 de novembro de 2017
Desafio
Meu novo artigo semanal:
Nas condições atuais em que a hegemonia global do capital financeiro age de forma agressiva contra a nação, com vistas à sua desconstrução econômica, financeira, industrial, avança sobre sua integridade territorial, investe contra nossa formação cultural e civilizacional, massacra os direitos dos trabalhadores, conquistados há mais de meio século, torna-se premente a defesa do Brasil e do povo brasileiro.
Essa enorme tarefa, dadas as circunstâncias atuais extremamente graves, exige, através da ação política, enorme esforço para aglutinar os mais amplos segmentos da sociedade brasileira em torno de um projeto nacional.
Que possibilite rechaçar a ofensiva brutal contra o País, a defesa do Estado nacional, que só tem sentido de existência quando subsiste o espírito de pertencimento de um povo em torno do seu contínuo Histórico, incorporando aqui as suas permanências culturais e as renovações imprescindíveis.
Ao desenvolvimento em perspectiva ao seu presente e futuro como povo e civilização original que, em meio a profundas contradições e paradoxos sociais, legou-nos a tarefa do prosseguimento em busca de um futuro independente, socialmente mais justo.
Essa é uma empreitada que necessita a abrangência de amplos setores que compõem a complexa sociedade nacional, dos trabalhadores, força incontornável nesse processo, a indústria, agricultura, forças armadas, os cientistas e pesquisadores que conseguem, apesar dos pesares, enormes avanços em todas as áreas dos ramos do conhecimento, agregando-os às realizações tecnológicas.
O investimento em educação básica e superior é fundamental para que o Brasil supere o atual cenário pantanoso em que se encontra afundado, em um período trágico da sua História contemporânea que se expressa no fatídico governo Temer.
Em qualquer nação do planeta as contrafações da luta política incluem doses de pragmatismo na ação. É parte da vida e da própria atividade política, hoje criminalizada com vistas à substituição da via democrática por fantoches a serviço do capital rentista, excluindo a sociedade na participação do seu destino.
Mas a Grande Política tem como pressuposto central a construção de rumos em defesa do País, das grandes maiorias sociais, a democracia, o desenvolvimento econômico, ou patinhamos no charco. Esse é nosso grande desafio.
Nas condições atuais em que a hegemonia global do capital financeiro age de forma agressiva contra a nação, com vistas à sua desconstrução econômica, financeira, industrial, avança sobre sua integridade territorial, investe contra nossa formação cultural e civilizacional, massacra os direitos dos trabalhadores, conquistados há mais de meio século, torna-se premente a defesa do Brasil e do povo brasileiro.
Essa enorme tarefa, dadas as circunstâncias atuais extremamente graves, exige, através da ação política, enorme esforço para aglutinar os mais amplos segmentos da sociedade brasileira em torno de um projeto nacional.
Que possibilite rechaçar a ofensiva brutal contra o País, a defesa do Estado nacional, que só tem sentido de existência quando subsiste o espírito de pertencimento de um povo em torno do seu contínuo Histórico, incorporando aqui as suas permanências culturais e as renovações imprescindíveis.
Ao desenvolvimento em perspectiva ao seu presente e futuro como povo e civilização original que, em meio a profundas contradições e paradoxos sociais, legou-nos a tarefa do prosseguimento em busca de um futuro independente, socialmente mais justo.
Essa é uma empreitada que necessita a abrangência de amplos setores que compõem a complexa sociedade nacional, dos trabalhadores, força incontornável nesse processo, a indústria, agricultura, forças armadas, os cientistas e pesquisadores que conseguem, apesar dos pesares, enormes avanços em todas as áreas dos ramos do conhecimento, agregando-os às realizações tecnológicas.
O investimento em educação básica e superior é fundamental para que o Brasil supere o atual cenário pantanoso em que se encontra afundado, em um período trágico da sua História contemporânea que se expressa no fatídico governo Temer.
Em qualquer nação do planeta as contrafações da luta política incluem doses de pragmatismo na ação. É parte da vida e da própria atividade política, hoje criminalizada com vistas à substituição da via democrática por fantoches a serviço do capital rentista, excluindo a sociedade na participação do seu destino.
Mas a Grande Política tem como pressuposto central a construção de rumos em defesa do País, das grandes maiorias sociais, a democracia, o desenvolvimento econômico, ou patinhamos no charco. Esse é nosso grande desafio.
quinta-feira, 2 de novembro de 2017
A Nova Ordem
Meu novo artigo semanal:
O Brasil encontra-se efetivamente sob intenso ataque do capital financeiro especulativo internacional, que interfere diretamente nos assuntos referentes à soberania do País, às conquistas trabalhistas adquiridas ao longo da História, no butim das riquezas naturais, no desmonte do parque industrial especialmente dos setores de ponta do processo produtivo como a Petrobrás etc.
O que nós estamos vendo é a tentativa da recolonização da nação sob a égide do capital financeiro, tendo em conta objetivos estratégicos, visto que trata-se de impedir o protagonismo no cenário geopolítico do quinto maior país do planeta com dimensões continentais, integrante do grupo dos BRICS.
O capital rentista através de seus instrumentos de governança mundial, entre eles a grande mídia hegemônica, associada aos seus intentos de poder e cooptação, vem promovendo, particularmente no Brasil, ações com vistas a uma “revolução laranja” como na Ucrânia, ou às “primaveras árabes”, objetivando a fragmentação da sociedade brasileira, onde as questões relativas à soberania cultural, política e diplomática do País são varridas para debaixo do tapete.
E em seu lugar emerge uma agenda diversionista alheia à nossa formação antropológica, a promoção do ódio e dissenções generalizadas, baseadas na premissa de um contra todos e todos contra qualquer um, desde que não se promova um projeto de nação desenvolvida que unifique o povo brasileiro em torno de objetivos comuns.
A ideia é a desorientação geral através de uma agenda pós-moderna que afaste o contínuo histórico cultural e civilizacional da sociedade e em seu lugar imponha um internacionalismo de opereta e falso, ao estilo do mega especulador George Soros em seu livro “A era da falibilidade” onde descreve suas ideias de um mundo pós-moderno e sem fronteiras tendo em vista a dominação global do rentismo mais predador.
A desestabilização das instituições republicanas, a miséria política e intelectual em que estamos metidos é parte de um processo de agressão ao País com destacado papel da grande mídia associada ao capital financeiro. Não são fenômenos isolados mas ações combinadas.
Só a união das grandes maiorias sociais em torno de um projeto nacional que indique os rumos democráticos, de desenvolvimento soberano, poderá apontar novos caminhos ao Brasil.
O Brasil encontra-se efetivamente sob intenso ataque do capital financeiro especulativo internacional, que interfere diretamente nos assuntos referentes à soberania do País, às conquistas trabalhistas adquiridas ao longo da História, no butim das riquezas naturais, no desmonte do parque industrial especialmente dos setores de ponta do processo produtivo como a Petrobrás etc.
O que nós estamos vendo é a tentativa da recolonização da nação sob a égide do capital financeiro, tendo em conta objetivos estratégicos, visto que trata-se de impedir o protagonismo no cenário geopolítico do quinto maior país do planeta com dimensões continentais, integrante do grupo dos BRICS.
O capital rentista através de seus instrumentos de governança mundial, entre eles a grande mídia hegemônica, associada aos seus intentos de poder e cooptação, vem promovendo, particularmente no Brasil, ações com vistas a uma “revolução laranja” como na Ucrânia, ou às “primaveras árabes”, objetivando a fragmentação da sociedade brasileira, onde as questões relativas à soberania cultural, política e diplomática do País são varridas para debaixo do tapete.
E em seu lugar emerge uma agenda diversionista alheia à nossa formação antropológica, a promoção do ódio e dissenções generalizadas, baseadas na premissa de um contra todos e todos contra qualquer um, desde que não se promova um projeto de nação desenvolvida que unifique o povo brasileiro em torno de objetivos comuns.
A ideia é a desorientação geral através de uma agenda pós-moderna que afaste o contínuo histórico cultural e civilizacional da sociedade e em seu lugar imponha um internacionalismo de opereta e falso, ao estilo do mega especulador George Soros em seu livro “A era da falibilidade” onde descreve suas ideias de um mundo pós-moderno e sem fronteiras tendo em vista a dominação global do rentismo mais predador.
A desestabilização das instituições republicanas, a miséria política e intelectual em que estamos metidos é parte de um processo de agressão ao País com destacado papel da grande mídia associada ao capital financeiro. Não são fenômenos isolados mas ações combinadas.
Só a união das grandes maiorias sociais em torno de um projeto nacional que indique os rumos democráticos, de desenvolvimento soberano, poderá apontar novos caminhos ao Brasil.
quinta-feira, 26 de outubro de 2017
Truculência
Meu novo artigo semanal:
Diz uma colunista da grande mídia hegemônica que a notícia sobre a rejeição da segunda denúncia contra o desacreditado e carcomido presidente Michel Temer foi recebida com enfado na Faria Lima e adjacências, com um testemunho de um de seus representantes: deixe-nos trabalhar em paz, é só isso que queremos.
Ora, mas são os representantes do capital financeiro quem têm conduzido a nau dos insensatos levando o País ao fundo do poço onde se encontra, associados à grande mídia global, em um frenesi irrefreável, responsáveis pelo non sense reinante nas instituições republicanas onde medíocres como Michel Temer dão as cartas no jogo institucional esquizofrênico que impera no Brasil.
Os senhores do capital especulativo, seus executivos engravatados com ternos, camisas, sapatos importados, de grifes famosas, são os que lucram com essa miséria intelectual e política em que nos encontramos.
O que se traduz das afirmações dos representantes do rentismo é que Temer ultrapassou todos os limites “aceitáveis” de impopularidade para um presidente da República, mesmo sendo um marionete de quinta categoria como ele efetivamente, realmente tem sido.
O país encontra-se literalmente à deriva, à mercê do mais predador capital especulativo existente e de um governo cuja pauta é a destruição das mais elementares conquistas trabalhistas adquiridas desde a era de Getúlio Vargas, asseguradas há mais de meio século.
Fernando Henrique Cardoso quando assumiu seu primeiro mandato presidencial declarou que sua grande tarefa era destruir o legado de Getúlio e introduzir o projeto neoliberal no País. Mas as condições políticas, a correlação de forças à época, fizeram com que só conseguisse realizar em parte o seu intento.
A existência desse Temer deve-se à tentativa da entrega descarada dos ativos financeiros, riquezas naturais, destruição dos direitos sociais mesmo em uma sociedade primitivamente civilizada.
É um governo de extrema truculência, a serviço do capital especulativo, elevado ao poder via corporações messiânicas, grande mídia hegemônica, contrários a um projeto de País soberano.
Apesar de 95% de rejeição, em 2018 ele será substituído por um sósia qualquer se não existir ampla união em defesa da nação, sem exclusivismos táticos eleitorais, desprovidos dos mais elevados interesses nacionais.
Diz uma colunista da grande mídia hegemônica que a notícia sobre a rejeição da segunda denúncia contra o desacreditado e carcomido presidente Michel Temer foi recebida com enfado na Faria Lima e adjacências, com um testemunho de um de seus representantes: deixe-nos trabalhar em paz, é só isso que queremos.
Ora, mas são os representantes do capital financeiro quem têm conduzido a nau dos insensatos levando o País ao fundo do poço onde se encontra, associados à grande mídia global, em um frenesi irrefreável, responsáveis pelo non sense reinante nas instituições republicanas onde medíocres como Michel Temer dão as cartas no jogo institucional esquizofrênico que impera no Brasil.
Os senhores do capital especulativo, seus executivos engravatados com ternos, camisas, sapatos importados, de grifes famosas, são os que lucram com essa miséria intelectual e política em que nos encontramos.
O que se traduz das afirmações dos representantes do rentismo é que Temer ultrapassou todos os limites “aceitáveis” de impopularidade para um presidente da República, mesmo sendo um marionete de quinta categoria como ele efetivamente, realmente tem sido.
O país encontra-se literalmente à deriva, à mercê do mais predador capital especulativo existente e de um governo cuja pauta é a destruição das mais elementares conquistas trabalhistas adquiridas desde a era de Getúlio Vargas, asseguradas há mais de meio século.
Fernando Henrique Cardoso quando assumiu seu primeiro mandato presidencial declarou que sua grande tarefa era destruir o legado de Getúlio e introduzir o projeto neoliberal no País. Mas as condições políticas, a correlação de forças à época, fizeram com que só conseguisse realizar em parte o seu intento.
A existência desse Temer deve-se à tentativa da entrega descarada dos ativos financeiros, riquezas naturais, destruição dos direitos sociais mesmo em uma sociedade primitivamente civilizada.
É um governo de extrema truculência, a serviço do capital especulativo, elevado ao poder via corporações messiânicas, grande mídia hegemônica, contrários a um projeto de País soberano.
Apesar de 95% de rejeição, em 2018 ele será substituído por um sósia qualquer se não existir ampla união em defesa da nação, sem exclusivismos táticos eleitorais, desprovidos dos mais elevados interesses nacionais.
quarta-feira, 18 de outubro de 2017
Sociedade dos dissensos
Meu novo artigo semanal:
No final do século XX o velho diário londrino The Times publicou o comentário de que “há um grupo de homens mais ricos, poderosos e influentes do Ocidente que sempre se reúnem para planejar eventos que, depois, simplesmente acontecem”.
Essas reuniões, reservadas, podem ter nomes distintos mas agrupam a elite financeira mundial, em alguns casos com a participação de personalidades de áreas das ciências, exatas ou humanas, além de magnatas da mídia global.
Esses eventos e alguns menos importantes, mais abertos, badalados através da grande mídia internacional, representam o grande poder do capital financeiro.
Eles não são eleitos por ninguém em canto algum do mundo, mas definem a agenda financeira, política e social do planeta, à exceção de um reduzido número de Países que adquiriram condições para ditar suas próprias estratégias geopolíticas e neutralizar, em parte, as ações da seleta elite global financeira.
Indivíduos, como o mega especulador George Soros com suas ONGs, a exemplo da Open Society, difundem com o auxílio da grande mídia global as narrativas econômicas, financeiras, geopolíticas e sociais que parecem surgir nas sociedades ocidentais como “fenômenos naturais, espontâneos”.
Mas nada existe nas sociedades ao acaso, como se fosse uma equivalência à falsa teoria de Lamarck sobre a geração espontânea de certos animais. Tudo é fruto de interesses de grupos, de contradições, antagônicas ou não, nos segmentos sociais ou entre nações.
A hegemonia do capital rentista passou a exercer o domínio das políticas globais, numa escala jamais vista, em quase todas as esferas, procurando ditar as agendas que melhor lhe proveem, utilizando-se sempre do velho jargão imperial “divide et impera”.
O País é alvo destacado, pelas dimensões continentais, riquezas naturais, econômicas e população, de tal estratégia, como nas “Primaveras Árabes”, via fragmentação, “tribalização” dos estratos sociais mais aptos à ação consciente, enquanto o Brasil real das grandes maiorias dos 210 milhões de indivíduos fica à margem dos destinos da nação. É a sociedade dos dissensos.
O único antídoto a essa agenda maligna é a defesa da nação, do seu patrimônio físico, da sua identidade cultural, através de uma ampla política de união nacional, pela soberania e o desenvolvimento do Brasil.
No final do século XX o velho diário londrino The Times publicou o comentário de que “há um grupo de homens mais ricos, poderosos e influentes do Ocidente que sempre se reúnem para planejar eventos que, depois, simplesmente acontecem”.
Essas reuniões, reservadas, podem ter nomes distintos mas agrupam a elite financeira mundial, em alguns casos com a participação de personalidades de áreas das ciências, exatas ou humanas, além de magnatas da mídia global.
Esses eventos e alguns menos importantes, mais abertos, badalados através da grande mídia internacional, representam o grande poder do capital financeiro.
Eles não são eleitos por ninguém em canto algum do mundo, mas definem a agenda financeira, política e social do planeta, à exceção de um reduzido número de Países que adquiriram condições para ditar suas próprias estratégias geopolíticas e neutralizar, em parte, as ações da seleta elite global financeira.
Indivíduos, como o mega especulador George Soros com suas ONGs, a exemplo da Open Society, difundem com o auxílio da grande mídia global as narrativas econômicas, financeiras, geopolíticas e sociais que parecem surgir nas sociedades ocidentais como “fenômenos naturais, espontâneos”.
Mas nada existe nas sociedades ao acaso, como se fosse uma equivalência à falsa teoria de Lamarck sobre a geração espontânea de certos animais. Tudo é fruto de interesses de grupos, de contradições, antagônicas ou não, nos segmentos sociais ou entre nações.
A hegemonia do capital rentista passou a exercer o domínio das políticas globais, numa escala jamais vista, em quase todas as esferas, procurando ditar as agendas que melhor lhe proveem, utilizando-se sempre do velho jargão imperial “divide et impera”.
O País é alvo destacado, pelas dimensões continentais, riquezas naturais, econômicas e população, de tal estratégia, como nas “Primaveras Árabes”, via fragmentação, “tribalização” dos estratos sociais mais aptos à ação consciente, enquanto o Brasil real das grandes maiorias dos 210 milhões de indivíduos fica à margem dos destinos da nação. É a sociedade dos dissensos.
O único antídoto a essa agenda maligna é a defesa da nação, do seu patrimônio físico, da sua identidade cultural, através de uma ampla política de união nacional, pela soberania e o desenvolvimento do Brasil.
quarta-feira, 11 de outubro de 2017
O plebiscito
Meu novo artigo semanal:
Hoje em dia está claro que grande parte das tempestades de ódios e dissensos que vêm corroendo a sociedade brasileira provém de notícias viralizadas através da grande mídia nativa que por sua vez as retransmite da mídia global. Tanto uma como a outra encontram-se associadas aos interesses do capital financeiro, aos objetivos estratégicos de potências mundiais.
Mister Obama pousou suavemente em São Paulo, cobrou milhares de dólares a quem desejava assistir sua palestra e partiu olimpicamente, como se fosse um vestal do bom senso, sem uma crítica ao que disse, a favor ou contra. Mas ele foi responsável por muitas das guerras sangrentas que persistem até hoje após seus mandatos presidenciais, com Hillary Clinton responsável pela política exterior dos EUA.
Ninguém sabe pela grande mídia o que disse o ex-presidente norte-americano, se é que ele disse algo relevante. Se afirmou alguma coisa sobre as agruras de um planeta visivelmente atormentado, de que ele é em grande parte responsável, ninguém entendeu.
E como nada disse à mídia hegemônica, não viraliza nas redes sociais. Obama teve participação decisiva nos episódios que culminaram na queda de Dilma Rousseff. Mas Obama veio e foi embora sem admoestações de qualquer espécie, como se fosse um monge zen.
Já o plebiscito sobre a Catalunha, ao contrário de Obama, não para de ser notícia. Essa mídia global pauta a questão catalã como se fosse uma polêmica entre democracia versus nação. Desse jeito.
Como se a polêmica não implicasse nas razões Históricas da formação e vicissitudes do povo espanhol, nas manobras financeiras e os interesses da OTAN na Catalunha fossem desconhecidos por todos. Os espanhóis seriam apenas europeus.
Mas o que deseja a mídia hegemônica é propagar aos quatro ventos a tese do separatismo como uma nova agenda “pós-moderna” e assim abrir espaços no mundo e no Brasil na crise multilateral e profunda em que se encontra, para o pior dos sentimentos, desejos inconfessos de grupúsculos no País.
Gabriel Garcia Márquez disse que Simon Bolívar, o Libertador, em sua luta vitoriosa contra o colonialismo na América espanhola, frente à torpeza de alguns de seus liderados, acabou sem uma pátria pela qual morrer. Afora os desterrados, não existe democracia ou democratas sem uma pátria para exercê-la, assim, no abstrato.
Hoje em dia está claro que grande parte das tempestades de ódios e dissensos que vêm corroendo a sociedade brasileira provém de notícias viralizadas através da grande mídia nativa que por sua vez as retransmite da mídia global. Tanto uma como a outra encontram-se associadas aos interesses do capital financeiro, aos objetivos estratégicos de potências mundiais.
Mister Obama pousou suavemente em São Paulo, cobrou milhares de dólares a quem desejava assistir sua palestra e partiu olimpicamente, como se fosse um vestal do bom senso, sem uma crítica ao que disse, a favor ou contra. Mas ele foi responsável por muitas das guerras sangrentas que persistem até hoje após seus mandatos presidenciais, com Hillary Clinton responsável pela política exterior dos EUA.
Ninguém sabe pela grande mídia o que disse o ex-presidente norte-americano, se é que ele disse algo relevante. Se afirmou alguma coisa sobre as agruras de um planeta visivelmente atormentado, de que ele é em grande parte responsável, ninguém entendeu.
E como nada disse à mídia hegemônica, não viraliza nas redes sociais. Obama teve participação decisiva nos episódios que culminaram na queda de Dilma Rousseff. Mas Obama veio e foi embora sem admoestações de qualquer espécie, como se fosse um monge zen.
Já o plebiscito sobre a Catalunha, ao contrário de Obama, não para de ser notícia. Essa mídia global pauta a questão catalã como se fosse uma polêmica entre democracia versus nação. Desse jeito.
Como se a polêmica não implicasse nas razões Históricas da formação e vicissitudes do povo espanhol, nas manobras financeiras e os interesses da OTAN na Catalunha fossem desconhecidos por todos. Os espanhóis seriam apenas europeus.
Mas o que deseja a mídia hegemônica é propagar aos quatro ventos a tese do separatismo como uma nova agenda “pós-moderna” e assim abrir espaços no mundo e no Brasil na crise multilateral e profunda em que se encontra, para o pior dos sentimentos, desejos inconfessos de grupúsculos no País.
Gabriel Garcia Márquez disse que Simon Bolívar, o Libertador, em sua luta vitoriosa contra o colonialismo na América espanhola, frente à torpeza de alguns de seus liderados, acabou sem uma pátria pela qual morrer. Afora os desterrados, não existe democracia ou democratas sem uma pátria para exercê-la, assim, no abstrato.
sexta-feira, 6 de outubro de 2017
O futuro
Meu novo artigo semanal:
O mais danoso dos males com a Nova Ordem global, o Mercado financeiro, que capturou de forma hegemônica múltiplas organizações internacionais, tem sido a ditadura do pensamento único que se expressa através de conceitos do chamado “politicamente correto”.
O exercício desse poder, com uma mão de ferro, é extremamente perigoso porque invisível, não tem sede nem é eleito pelo voto de nenhum cidadão do planeta e transformou-se em um tipo de autoritarismo sem precedentes na História contemporânea. Seria o sonho do Reich dos mil anos que Hitler pensou mas não conseguiu executar em decorrência da tenaz resistência dos povos durante a 2a Guerra Mundial.
Tal projeto exerce-se via grande mídia que impõe diuturnamente uma profusão de conceitos e versões sobre os fenômenos políticos e sociais coadunados à agenda do Mercado e seus interesses de rapina.
O objetivo é a ruptura das identidades nacionais, a criminalização das formas de enfrentamento ao rentismo canibalesco, a divisão das sociedades em grupos que competem uns contra os outros, a dissociação do bem comum que caracteriza o sentimento de pertencimento e identidade a uma comunidade nacional.
Instalou-se o individualismo mais pragmático de grupos ou subgrupos contra os demais segmentos sociais que não expressam os seus próprios interesses corporativos, constituindo-se “bolhas” de tribos atomizadas desprovidas de valores mais avançados de uma comunidade.
A desconstrução dos instrumentos constitutivos do Estado nação tornou-se uma prática corriqueira visando quebrar as formas que a sociedade entende como referência para a sua representatividade, criminalizando-as, visando torná-las abomináveis aos olhos da população.
A crise estrutural brasileira é parte desse intuito macabro, enquanto o patrimônio nacional, estatal e financeiro, é dilapidado brutalmente.
Só a reconstrução das estruturas republicanas sob novas bases podem apresentar outro rumo ao País e à própria democracia, desfigurada, faz um bom tempo, para além da ópera bufa do governo Temer.
O Brasil necessita urgentemente de novos caminhos que só podem surgir através de um tipo de estadismo e um projeto de nação que dê protagonismo e sentido fundamentais a um grande povo que tem todas as condições de cumprir o seu destino de sociedade original, solidária e soberana.
O mais danoso dos males com a Nova Ordem global, o Mercado financeiro, que capturou de forma hegemônica múltiplas organizações internacionais, tem sido a ditadura do pensamento único que se expressa através de conceitos do chamado “politicamente correto”.
O exercício desse poder, com uma mão de ferro, é extremamente perigoso porque invisível, não tem sede nem é eleito pelo voto de nenhum cidadão do planeta e transformou-se em um tipo de autoritarismo sem precedentes na História contemporânea. Seria o sonho do Reich dos mil anos que Hitler pensou mas não conseguiu executar em decorrência da tenaz resistência dos povos durante a 2a Guerra Mundial.
Tal projeto exerce-se via grande mídia que impõe diuturnamente uma profusão de conceitos e versões sobre os fenômenos políticos e sociais coadunados à agenda do Mercado e seus interesses de rapina.
O objetivo é a ruptura das identidades nacionais, a criminalização das formas de enfrentamento ao rentismo canibalesco, a divisão das sociedades em grupos que competem uns contra os outros, a dissociação do bem comum que caracteriza o sentimento de pertencimento e identidade a uma comunidade nacional.
Instalou-se o individualismo mais pragmático de grupos ou subgrupos contra os demais segmentos sociais que não expressam os seus próprios interesses corporativos, constituindo-se “bolhas” de tribos atomizadas desprovidas de valores mais avançados de uma comunidade.
A desconstrução dos instrumentos constitutivos do Estado nação tornou-se uma prática corriqueira visando quebrar as formas que a sociedade entende como referência para a sua representatividade, criminalizando-as, visando torná-las abomináveis aos olhos da população.
A crise estrutural brasileira é parte desse intuito macabro, enquanto o patrimônio nacional, estatal e financeiro, é dilapidado brutalmente.
Só a reconstrução das estruturas republicanas sob novas bases podem apresentar outro rumo ao País e à própria democracia, desfigurada, faz um bom tempo, para além da ópera bufa do governo Temer.
O Brasil necessita urgentemente de novos caminhos que só podem surgir através de um tipo de estadismo e um projeto de nação que dê protagonismo e sentido fundamentais a um grande povo que tem todas as condições de cumprir o seu destino de sociedade original, solidária e soberana.
quinta-feira, 28 de setembro de 2017
Verdades
Meu novo artigo semanal:
O comediante norte-americano Groucho Marx (1890-1977) celebrizou-se, além de suas atuações no cinema, por suas frases de efeito que contrariavam o óbvio, como por exemplo: “você vai acreditar em mim ou no que os seus olhos veem ?”.
Hoje em dia, na ausência de caminhos que ajudem a aglutinar os anseios e contribuam na organização de projetos concretos às grandes maiorias sociais, que estão submetidas a intenso bombardeio ideológico-midiático através da grande mídia global, associada ao capital financeiro, à governança mundial, aumentou a relativização na interpretação dos fenômenos sociológicos, políticos, históricos, culturais etc.
Ou seja, o que é real, efetivo e concreto virou algo condicionado ao que lhe interessa, ou ao seu grupo de pertencimento, sua corporação etc. Assim, tudo é relativo. A essa espantosa regressão científica chamam, entre outros apelidos, como a pós-verdade.
É evidente que em determinados campos da ciência essa ideia simplesmente não funciona, porque há a exigência da comprovação, na realização do objeto, tal como ele é proposto em teoria.
Porque no novo milênio, com a revolução tecnológica digital, a integração contínua das pessoas através dos celulares avançados, constituiu-se incrível hegemonia da informação midiática, que é disseminada em tempo real e imediatamente viralizada em palavras, sons e imagens.
Daí a frase “você vai acreditar em mim ou no que os seus olhos veem ?” foi invertida para: “você deve acreditar no que as mídias sociais divulgam, pelo menos nas próximas horas, até que novas outras verdades possam ser anunciadas”.
Nesse contexto é que foi possível a promoção das chamadas “Primaveras Árabes” que se espraiam pelo mundo e, na América Latina, destacadamente no Brasil. A essa nova forma de agressão aos povos chamam de Guerra de Quarta Geração.
O que o capital financeiro, a governança global, as grandes potências se propõem no Brasil não é a radicalização da democracia, ou a democratização da informação, mas a ditadura na forma de um pensamento único, a fragmentação do tecido social, a apropriação das riquezas financeiras e naturais do País, fraturar o espírito em comum dos cidadãos.
Por isso é vital a defesa da nação ameaçada, o fortalecimento da união do povo brasileiro, da democracia, frente a tremendos desafios Históricos.
O comediante norte-americano Groucho Marx (1890-1977) celebrizou-se, além de suas atuações no cinema, por suas frases de efeito que contrariavam o óbvio, como por exemplo: “você vai acreditar em mim ou no que os seus olhos veem ?”.
Hoje em dia, na ausência de caminhos que ajudem a aglutinar os anseios e contribuam na organização de projetos concretos às grandes maiorias sociais, que estão submetidas a intenso bombardeio ideológico-midiático através da grande mídia global, associada ao capital financeiro, à governança mundial, aumentou a relativização na interpretação dos fenômenos sociológicos, políticos, históricos, culturais etc.
Ou seja, o que é real, efetivo e concreto virou algo condicionado ao que lhe interessa, ou ao seu grupo de pertencimento, sua corporação etc. Assim, tudo é relativo. A essa espantosa regressão científica chamam, entre outros apelidos, como a pós-verdade.
É evidente que em determinados campos da ciência essa ideia simplesmente não funciona, porque há a exigência da comprovação, na realização do objeto, tal como ele é proposto em teoria.
Porque no novo milênio, com a revolução tecnológica digital, a integração contínua das pessoas através dos celulares avançados, constituiu-se incrível hegemonia da informação midiática, que é disseminada em tempo real e imediatamente viralizada em palavras, sons e imagens.
Daí a frase “você vai acreditar em mim ou no que os seus olhos veem ?” foi invertida para: “você deve acreditar no que as mídias sociais divulgam, pelo menos nas próximas horas, até que novas outras verdades possam ser anunciadas”.
Nesse contexto é que foi possível a promoção das chamadas “Primaveras Árabes” que se espraiam pelo mundo e, na América Latina, destacadamente no Brasil. A essa nova forma de agressão aos povos chamam de Guerra de Quarta Geração.
O que o capital financeiro, a governança global, as grandes potências se propõem no Brasil não é a radicalização da democracia, ou a democratização da informação, mas a ditadura na forma de um pensamento único, a fragmentação do tecido social, a apropriação das riquezas financeiras e naturais do País, fraturar o espírito em comum dos cidadãos.
Por isso é vital a defesa da nação ameaçada, o fortalecimento da união do povo brasileiro, da democracia, frente a tremendos desafios Históricos.
quarta-feira, 20 de setembro de 2017
A encruzilhada
Meu novo artigo semanal:
O País vive uma encruzilhada Histórica que não surgiu de repente e muito menos caiu do céu como uma praga dos deuses contra uma nação continental, herdeira de um processo civilizatório original, próprio ao nosso itinerário singular e riquíssimo.
A partir do século XXI a globalização financeira intensificou uma ofensiva contra os Estados, sim, porque grande parte das nações do então chamado terceiro mundo, mesmo que tenham alcançado a independência formal, não conquistaram a soberania econômica, política etc.
O processo da globalização financeira dispõe, além das guerras de rapina em várias regiões do planeta, de instrumentos tão eficazes como o uso das armas. Trata-se da guerra de ideias via complexos midiáticos que atingem o conjunto das sociedades como se fossem potentes artefatos que visam pulverizar as identidades e a vontade dos povos.
O Brasil tem sido alvo qualificado por ser uma nação continental consolidada, uma das cinco maiores do mundo, com riquezas estratégicas e possuir papel geopolítico global incontornável, a não ser que a sociedade seja fragmentada, abatida em sua identidade, pilar central da nacionalidade.
O processo da quebra do parque industrial brasileiro já vem de décadas, as pressões contra os investimentos em ciência e tecnologia são tremendas, a crise na educação é retrato da falta de qualquer projeto de longo curso com a força de trabalho e a ausência de um plano estratégico de desenvolvimento do País.
O que o capital rentista e a governança mundial que a ele serve buscam é a recolonização física do País e a mental da sociedade através de uma agenda global que abdica de pensar e construir um pensamento que aglutine os brasileiros em torno de uma perspectiva de progresso e independência efetivos.
A gravíssima crise que sacode as instituições republicanas, alicerces da nação, é resultante de todo esse colonialismo econômico, dependência mental a uma agenda social do ódio, de todos contra qualquer um e de qualquer um contra todos, dirigida pela grande mídia, ao sabor dos interesses estratégicos de nações contrárias ao protagonismo do Brasil.
O País necessita de uma política maior de Estadismo democrático, que recupere o equilíbrio perdido, de novos rumos à altura do seu potencial geopolítico, das justas aspirações da sociedade brasileira.
O País vive uma encruzilhada Histórica que não surgiu de repente e muito menos caiu do céu como uma praga dos deuses contra uma nação continental, herdeira de um processo civilizatório original, próprio ao nosso itinerário singular e riquíssimo.
A partir do século XXI a globalização financeira intensificou uma ofensiva contra os Estados, sim, porque grande parte das nações do então chamado terceiro mundo, mesmo que tenham alcançado a independência formal, não conquistaram a soberania econômica, política etc.
O processo da globalização financeira dispõe, além das guerras de rapina em várias regiões do planeta, de instrumentos tão eficazes como o uso das armas. Trata-se da guerra de ideias via complexos midiáticos que atingem o conjunto das sociedades como se fossem potentes artefatos que visam pulverizar as identidades e a vontade dos povos.
O Brasil tem sido alvo qualificado por ser uma nação continental consolidada, uma das cinco maiores do mundo, com riquezas estratégicas e possuir papel geopolítico global incontornável, a não ser que a sociedade seja fragmentada, abatida em sua identidade, pilar central da nacionalidade.
O processo da quebra do parque industrial brasileiro já vem de décadas, as pressões contra os investimentos em ciência e tecnologia são tremendas, a crise na educação é retrato da falta de qualquer projeto de longo curso com a força de trabalho e a ausência de um plano estratégico de desenvolvimento do País.
O que o capital rentista e a governança mundial que a ele serve buscam é a recolonização física do País e a mental da sociedade através de uma agenda global que abdica de pensar e construir um pensamento que aglutine os brasileiros em torno de uma perspectiva de progresso e independência efetivos.
A gravíssima crise que sacode as instituições republicanas, alicerces da nação, é resultante de todo esse colonialismo econômico, dependência mental a uma agenda social do ódio, de todos contra qualquer um e de qualquer um contra todos, dirigida pela grande mídia, ao sabor dos interesses estratégicos de nações contrárias ao protagonismo do Brasil.
O País necessita de uma política maior de Estadismo democrático, que recupere o equilíbrio perdido, de novos rumos à altura do seu potencial geopolítico, das justas aspirações da sociedade brasileira.
quarta-feira, 13 de setembro de 2017
Alagoas 200 anos
Meu novo artigo semanal:
A comemoração do bicentenário da independência de Alagoas é de grande importância em um Estado da federação que, apesar de penúltimo em dimensões físicas, possui marcante contribuição cultural, artística, política ao País.
Em seu itinerário mostrou-se capaz de afirmar-se na permanência das tradições, aliada às renovações, apesar das diferenças econômicas e sociais abissais, herdadas ao longo dos tempos.
E que continuam a exigir desafios de superações por uma economia mais desenvolvida, sustentável, diversificada, junto às vicissitudes de crescimento econômico da região nordestina em relação ao Sul, Sudeste do País, além da atual recessão que atinge a nação, consequência de uma política econômica subordinada aos ditames do Mercado financeiro.
Alagoas sempre caracterizou-se pela firmeza na defesa da unidade nacional. É esse o seu maior legado ao longo da História do Brasil, marca de protagonista em tempos decisivos da nossa pátria.
A contribuição de Alagoas no âmbito nacional é desproporcional à sua dimensão territorial e continua causando em áreas intelectuais, acadêmicas, visões maniqueístas numa interpretação vulgar da História brasileira.
Além de análises distorcidas da sinuosa formação, consolidação de um País que mantém, apesar de vários conflitos separatistas, das tentativas em desconstruí-lo política, social, fisicamente, a inteireza continental, o protagonismo geopolítico global. Como o atual governo Temer, subproduto primário do Mercado financeiro, messianismos corporativos, interesses geopolíticos internacionais escancarados.
Alagoas legou ao Brasil Floriano Peixoto, consolidador da República, personalidades públicas, ministros, intelectuais militantes como Otávio Brandão, músicos populares, eruditos como Hekel Tavares, grandes mulheres como Nise da Silveira, poetas como Jorge de Lima, Graciliano Ramos genial escritor regional-universal, marca de sobriedade, aversão a bairrismos e rigor realista que definiu a alma do alagoano, o nordestino. E tantos mais.
A comemoração pelo governo do Estado dos 200 anos de Alagoas, em uma época que nega o contínuo Histórico às novas gerações é iniciativa louvável, com jovens artistas, música clássica, grupos de tradições populares, debates etc. Como disse Tolstoi, se queres ser universal, começa a pintar a tua aldeia.
A comemoração do bicentenário da independência de Alagoas é de grande importância em um Estado da federação que, apesar de penúltimo em dimensões físicas, possui marcante contribuição cultural, artística, política ao País.
Em seu itinerário mostrou-se capaz de afirmar-se na permanência das tradições, aliada às renovações, apesar das diferenças econômicas e sociais abissais, herdadas ao longo dos tempos.
E que continuam a exigir desafios de superações por uma economia mais desenvolvida, sustentável, diversificada, junto às vicissitudes de crescimento econômico da região nordestina em relação ao Sul, Sudeste do País, além da atual recessão que atinge a nação, consequência de uma política econômica subordinada aos ditames do Mercado financeiro.
Alagoas sempre caracterizou-se pela firmeza na defesa da unidade nacional. É esse o seu maior legado ao longo da História do Brasil, marca de protagonista em tempos decisivos da nossa pátria.
A contribuição de Alagoas no âmbito nacional é desproporcional à sua dimensão territorial e continua causando em áreas intelectuais, acadêmicas, visões maniqueístas numa interpretação vulgar da História brasileira.
Além de análises distorcidas da sinuosa formação, consolidação de um País que mantém, apesar de vários conflitos separatistas, das tentativas em desconstruí-lo política, social, fisicamente, a inteireza continental, o protagonismo geopolítico global. Como o atual governo Temer, subproduto primário do Mercado financeiro, messianismos corporativos, interesses geopolíticos internacionais escancarados.
Alagoas legou ao Brasil Floriano Peixoto, consolidador da República, personalidades públicas, ministros, intelectuais militantes como Otávio Brandão, músicos populares, eruditos como Hekel Tavares, grandes mulheres como Nise da Silveira, poetas como Jorge de Lima, Graciliano Ramos genial escritor regional-universal, marca de sobriedade, aversão a bairrismos e rigor realista que definiu a alma do alagoano, o nordestino. E tantos mais.
A comemoração pelo governo do Estado dos 200 anos de Alagoas, em uma época que nega o contínuo Histórico às novas gerações é iniciativa louvável, com jovens artistas, música clássica, grupos de tradições populares, debates etc. Como disse Tolstoi, se queres ser universal, começa a pintar a tua aldeia.
quinta-feira, 7 de setembro de 2017
Valor inestimável
Meu novo artigo semanal:
No 7 de setembro, a comemoração da independência do Brasil reveste-se de um valor inestimável. Só quem continua a lutar pela libertação da sua pátria, em algumas partes do mundo, sabe o significado de se ter a sua terra livre da escravidão colonial ou neocolonial.
Na hegemonia do Mercado financeiro rentista, existe uma intensa tentativa de se constituir entre as novas gerações um desdém, quando não aversão, ao espírito de pertencimento a um povo, uma nação livre e soberana.
E, em seu lugar, a falsa ideia de que todos somos cidadãos globais, que essa ideia de pátria, território, identidade cultural é coisa ultrapassada.
O bombardeio da grande mídia hegemônica, associada ao capital financeiro especulativo, à sua governança mundial, busca desconstruir o sentimento nacional entre a população, anular o espírito comum de brasileiros.
Na verdade, a única globalização é a do Mercado rentista que avança sobre as riquezas dos povos, seus ativos financeiros, indústrias, estatais estratégicas, a própria integridade territorial.
Os patrimônios culturais inestimáveis das nações, como no Brasil, são tratados com absoluto desdém, quando não combatidos agressivamente para repor em seu lugar uma ideologia desse próprio Mercado, pasteurizando gostos, consumo, conceitos, movimentos, todos difundidos através das mídias hegemônicas que fazem parte dos interesses e projetos da globalização financeira, na maior ofensiva de alienação coletiva em todos os tempos.
Parte da intelectualidade, inclusive acadêmica, encantou-se, de uma forma ou de outra, pelos desígnios do Mercado e sua ideologia, enquanto outra falsa “intelectualidade” é produzida nos laboratórios dos centros “globais” e vendida como referências politicamente corretas dos tempos contemporâneos, assimilada de forma absolutamente acrítica.
Confundem propositalmente a importância da cultura universal, da qual devemos incorporar todas suas contribuições inestimáveis, com a massificação mercantilizada, colonizada das sociedades, de forma criminosa.
José Bonifácio, arquiteto e patriarca da independência do Brasil, gênio de sua época, sempre buscou construir uma espécie de cimento que desse sentido à reunião e um propósito coletivo aos brasileiros. Hoje, mais que nunca, essa luta continua na ordem do dia como resistência inadiável.
No 7 de setembro, a comemoração da independência do Brasil reveste-se de um valor inestimável. Só quem continua a lutar pela libertação da sua pátria, em algumas partes do mundo, sabe o significado de se ter a sua terra livre da escravidão colonial ou neocolonial.
Na hegemonia do Mercado financeiro rentista, existe uma intensa tentativa de se constituir entre as novas gerações um desdém, quando não aversão, ao espírito de pertencimento a um povo, uma nação livre e soberana.
E, em seu lugar, a falsa ideia de que todos somos cidadãos globais, que essa ideia de pátria, território, identidade cultural é coisa ultrapassada.
O bombardeio da grande mídia hegemônica, associada ao capital financeiro especulativo, à sua governança mundial, busca desconstruir o sentimento nacional entre a população, anular o espírito comum de brasileiros.
Na verdade, a única globalização é a do Mercado rentista que avança sobre as riquezas dos povos, seus ativos financeiros, indústrias, estatais estratégicas, a própria integridade territorial.
Os patrimônios culturais inestimáveis das nações, como no Brasil, são tratados com absoluto desdém, quando não combatidos agressivamente para repor em seu lugar uma ideologia desse próprio Mercado, pasteurizando gostos, consumo, conceitos, movimentos, todos difundidos através das mídias hegemônicas que fazem parte dos interesses e projetos da globalização financeira, na maior ofensiva de alienação coletiva em todos os tempos.
Parte da intelectualidade, inclusive acadêmica, encantou-se, de uma forma ou de outra, pelos desígnios do Mercado e sua ideologia, enquanto outra falsa “intelectualidade” é produzida nos laboratórios dos centros “globais” e vendida como referências politicamente corretas dos tempos contemporâneos, assimilada de forma absolutamente acrítica.
Confundem propositalmente a importância da cultura universal, da qual devemos incorporar todas suas contribuições inestimáveis, com a massificação mercantilizada, colonizada das sociedades, de forma criminosa.
José Bonifácio, arquiteto e patriarca da independência do Brasil, gênio de sua época, sempre buscou construir uma espécie de cimento que desse sentido à reunião e um propósito coletivo aos brasileiros. Hoje, mais que nunca, essa luta continua na ordem do dia como resistência inadiável.
quinta-feira, 31 de agosto de 2017
A reserva mineral
Meu novo artigo semanal:
A liberação pelo governo Michel Temer de uma reserva mineral na Amazônia, entre os Estados do Pará e Amapá, Reserva Nacional do Cobre e Associados (RENCA) que tem as dimensões do estado do Espírito Santo, transformou-se em uma polêmica internacional.
Como todas as iniciativas desse governo estão vinculadas aos interesses do Mercado, contrárias à soberania nacional, ao patrimônio estatal estratégico, com abate das garantias trabalhistas históricas, esse decreto, provisoriamente sustado pela justiça federal, também merece o contundente repúdio do povo brasileiro.
Porque o que está em curso é mais um dos grandes negócios de lesa pátria que já viraram banais na gestão Temer. Ao lado desse clamor contra a liberação para exploração da reserva RENCA existem outras questões seríssimas, porque trata-se de uma área riquíssima em outros minerais além do cobre, ouro etc.
Existe a imperiosa necessidade da preservação de todo um ecossistema, incluindo as reservas indígenas na região. Porém, ao lado da polêmica internacional e nacional há igualmente os costumeiros movimentos de certas ONGs globais, associadas aos objetivos estratégicos do Mercado financeiro e mais especificamente às políticas para a Amazônia brasileira por grandes potências mundiais.
Várias ONGs estão a serviço de grupos financeiros, determinadas nações como a Grã-Bretanha e outros Países, difundem uma espécie de fundamentalismo ambiental sectário, atraem os incautos, mas pretendem a internacionalização da Amazônia brasileira, suas riquezas estratégicas que incluem vários minerais nobilíssimos e o domínio da maior reserva aquífera do planeta.
Para essas ONGS internacionais e filiais nativas não há a palavra soberania nacional, a combinação científica e sustentável do ecossistema com a exploração criteriosa dos incalculáveis recursos minerais da região em prol dos interesses do País, da sociedade brasileira.
É falsa a ideia de que a Amazônia é um santuário global intocável. Esconde objetivos geomilitares expansionistas de grandes potências, vide documentos públicos conhecidos, tanto como não há preocupação estratégica com a Defesa Nacional da região. É o caso do governo antinacional, antissocial de Michel Temer. Assim, na defesa da Amazônia o que está em jogo é a sobrevivência do Brasil como nação soberana.
A liberação pelo governo Michel Temer de uma reserva mineral na Amazônia, entre os Estados do Pará e Amapá, Reserva Nacional do Cobre e Associados (RENCA) que tem as dimensões do estado do Espírito Santo, transformou-se em uma polêmica internacional.
Como todas as iniciativas desse governo estão vinculadas aos interesses do Mercado, contrárias à soberania nacional, ao patrimônio estatal estratégico, com abate das garantias trabalhistas históricas, esse decreto, provisoriamente sustado pela justiça federal, também merece o contundente repúdio do povo brasileiro.
Porque o que está em curso é mais um dos grandes negócios de lesa pátria que já viraram banais na gestão Temer. Ao lado desse clamor contra a liberação para exploração da reserva RENCA existem outras questões seríssimas, porque trata-se de uma área riquíssima em outros minerais além do cobre, ouro etc.
Existe a imperiosa necessidade da preservação de todo um ecossistema, incluindo as reservas indígenas na região. Porém, ao lado da polêmica internacional e nacional há igualmente os costumeiros movimentos de certas ONGs globais, associadas aos objetivos estratégicos do Mercado financeiro e mais especificamente às políticas para a Amazônia brasileira por grandes potências mundiais.
Várias ONGs estão a serviço de grupos financeiros, determinadas nações como a Grã-Bretanha e outros Países, difundem uma espécie de fundamentalismo ambiental sectário, atraem os incautos, mas pretendem a internacionalização da Amazônia brasileira, suas riquezas estratégicas que incluem vários minerais nobilíssimos e o domínio da maior reserva aquífera do planeta.
Para essas ONGS internacionais e filiais nativas não há a palavra soberania nacional, a combinação científica e sustentável do ecossistema com a exploração criteriosa dos incalculáveis recursos minerais da região em prol dos interesses do País, da sociedade brasileira.
É falsa a ideia de que a Amazônia é um santuário global intocável. Esconde objetivos geomilitares expansionistas de grandes potências, vide documentos públicos conhecidos, tanto como não há preocupação estratégica com a Defesa Nacional da região. É o caso do governo antinacional, antissocial de Michel Temer. Assim, na defesa da Amazônia o que está em jogo é a sobrevivência do Brasil como nação soberana.
quinta-feira, 24 de agosto de 2017
Barbárie
Meu novo artigo semanal:
O anúncio pelo governo Michel Temer de privatizar a Eletrobrás e a Casa da Moeda demonstra, mais uma vez, o que todos já sabem: a razão da sua existência é a liquidação do patrimônio nacional e dos ativos financeiros do Estado brasileiro.
Tudo o mais que sucede no País encontra-se, de uma forma ou de outra, subordinado a esse assalto do Mercado financeiro, do rentismo parasitário e predador, a esse objetivo de lesa pátria criminoso, que está acontecendo, a olhos vistos e à luz do dia, perante a sociedade brasileira.
Trata-se na verdade de uma nova etapa da ofensiva neoliberal sobre as riquezas nacionais porém, sob condições mais favoráveis ao capital financeiro, às forças da globalização rentista, em relação à primeira onda privatista na década de noventa passada, sob a batuta dos governos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Tal orientação está associada à maior campanha de criminalização da política, sob a batuta de corporações, identificadas intelectualmente, doutrinariamente, com as estratégias do Mercado global, da Governança Mundial, através de intensa cooptação intelectual, e de inteligência, em escolas de Economia e Direito, nas universidades norte-americanas.
Para tanto, instalou-se no Brasil a mais agressiva campanha de desconstrução da sociedade, jamais vista antes, com o objetivo de fracioná-la em grupos opostos que se digladiam uns contra os outros.
Instituindo-se em vários segmentos médios a intransigência, intolerância, a intimidação, o ódio generalizado de todos contra qualquer um e de qualquer um contra todos, enquanto o Brasil real, aquele citado por Machado de Assis, de centenas de milhões de habitantes, a esmagadora maioria da população, vive uma realidade social gravemente doentia.
A grande mídia hegemônica, associada ao Mercado financeiro, onde atua desenvolto o megaespeculador George Soros e sua Open Society, é responsável pela promoção das duas agendas: a liquidação do nosso patrimônio e a que mantém nichos da sociedade fraturada em um falso cosmopolitismo onde as relações de povo, identidade, cultura, objetivos comuns são negadas.
Não há democracia, ou luta pela justiça social, se não existe um sentido de pertencimento nacional, com passado, presente e um futuro para nos identificarmos como povo, nação democrática, livre, soberana.
O anúncio pelo governo Michel Temer de privatizar a Eletrobrás e a Casa da Moeda demonstra, mais uma vez, o que todos já sabem: a razão da sua existência é a liquidação do patrimônio nacional e dos ativos financeiros do Estado brasileiro.
Tudo o mais que sucede no País encontra-se, de uma forma ou de outra, subordinado a esse assalto do Mercado financeiro, do rentismo parasitário e predador, a esse objetivo de lesa pátria criminoso, que está acontecendo, a olhos vistos e à luz do dia, perante a sociedade brasileira.
Trata-se na verdade de uma nova etapa da ofensiva neoliberal sobre as riquezas nacionais porém, sob condições mais favoráveis ao capital financeiro, às forças da globalização rentista, em relação à primeira onda privatista na década de noventa passada, sob a batuta dos governos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Tal orientação está associada à maior campanha de criminalização da política, sob a batuta de corporações, identificadas intelectualmente, doutrinariamente, com as estratégias do Mercado global, da Governança Mundial, através de intensa cooptação intelectual, e de inteligência, em escolas de Economia e Direito, nas universidades norte-americanas.
Para tanto, instalou-se no Brasil a mais agressiva campanha de desconstrução da sociedade, jamais vista antes, com o objetivo de fracioná-la em grupos opostos que se digladiam uns contra os outros.
Instituindo-se em vários segmentos médios a intransigência, intolerância, a intimidação, o ódio generalizado de todos contra qualquer um e de qualquer um contra todos, enquanto o Brasil real, aquele citado por Machado de Assis, de centenas de milhões de habitantes, a esmagadora maioria da população, vive uma realidade social gravemente doentia.
A grande mídia hegemônica, associada ao Mercado financeiro, onde atua desenvolto o megaespeculador George Soros e sua Open Society, é responsável pela promoção das duas agendas: a liquidação do nosso patrimônio e a que mantém nichos da sociedade fraturada em um falso cosmopolitismo onde as relações de povo, identidade, cultura, objetivos comuns são negadas.
Não há democracia, ou luta pela justiça social, se não existe um sentido de pertencimento nacional, com passado, presente e um futuro para nos identificarmos como povo, nação democrática, livre, soberana.
quinta-feira, 17 de agosto de 2017
Sociedade em chamas
Meu novo artigo semanal:
A globalização financeira vem promovendo desde o final da década de oitenta um tipo de hegemonia mundial e de sociedade que já mostra a olhos vistos uma furibunda decadência, quer seja no âmbito das relações internacionais, quer nas estruturas sociais, erigidas nos mais diversos Países em todo o planeta.
Através da captura de várias organizações internacionais, com a associação da grande mídia hegemonizada pelo discurso político, econômico e cultural, com o predomínio das estratégias do capital rentista, armou-se uma espécie de ditadura do pensamento único onipresente, que vai desde noções pseudocientíficas sobre fenômenos naturais, à uniformização global das estruturas sociais que permeiam a evolução do povos, das nações.
Essa ideologia dominante, a serviço de uma governança mundial da nova etapa do rentismo predador, forma o que atualmente costumam proclamar a sociedade global pós-moderna, onde reinam os enunciados do politicamente correto, cuja finalidade precípua é a desconstrução das identidades nacionais ou regionais, no afã de sentenciar como marginal qualquer forma de resistência a esses conceitos.
De tal maneira é o cerceamento à luta dos povos e nações na batalha pela afirmação de seus valores do passado, presente, a confiança no futuro, que tentam imputar aos que propugnam pela solidariedade à nação como portadores de ideias condenáveis.
O historiador britânico Eric Hobsbawm em seu livro O Breve Século XX já alertava para o que chamou, ao final da década de noventa passada, como “a desconstrução do contínuo Histórico que ameaça as novas gerações do milênio que se inicia”.
O que assistimos são os sinais trágicos de um terremoto em um tipo de comunidade que só serve aos ditames do Mercado. Afirmou recentemente o ex-presidente FHC, gestor mor do neoliberalismo no Brasil, sobre as atuais insatisfações sociais que são generalizadas, “alguns segmentos se beneficiaram, mas a sociedade ainda paga um preço alto”. Assim é que o individualismo delirante virou mais que um altar, transformou-se em algo “sagrado”.
Mas em decorrência de tantos males visíveis vai ficando claro no Brasil que a única alternativa, a esse modelo dantesco, é a união das grandes maiorias em defesa da soberania nacional, dos direitos do povo, da democracia, violentamente agredidos.
A globalização financeira vem promovendo desde o final da década de oitenta um tipo de hegemonia mundial e de sociedade que já mostra a olhos vistos uma furibunda decadência, quer seja no âmbito das relações internacionais, quer nas estruturas sociais, erigidas nos mais diversos Países em todo o planeta.
Através da captura de várias organizações internacionais, com a associação da grande mídia hegemonizada pelo discurso político, econômico e cultural, com o predomínio das estratégias do capital rentista, armou-se uma espécie de ditadura do pensamento único onipresente, que vai desde noções pseudocientíficas sobre fenômenos naturais, à uniformização global das estruturas sociais que permeiam a evolução do povos, das nações.
Essa ideologia dominante, a serviço de uma governança mundial da nova etapa do rentismo predador, forma o que atualmente costumam proclamar a sociedade global pós-moderna, onde reinam os enunciados do politicamente correto, cuja finalidade precípua é a desconstrução das identidades nacionais ou regionais, no afã de sentenciar como marginal qualquer forma de resistência a esses conceitos.
De tal maneira é o cerceamento à luta dos povos e nações na batalha pela afirmação de seus valores do passado, presente, a confiança no futuro, que tentam imputar aos que propugnam pela solidariedade à nação como portadores de ideias condenáveis.
O historiador britânico Eric Hobsbawm em seu livro O Breve Século XX já alertava para o que chamou, ao final da década de noventa passada, como “a desconstrução do contínuo Histórico que ameaça as novas gerações do milênio que se inicia”.
O que assistimos são os sinais trágicos de um terremoto em um tipo de comunidade que só serve aos ditames do Mercado. Afirmou recentemente o ex-presidente FHC, gestor mor do neoliberalismo no Brasil, sobre as atuais insatisfações sociais que são generalizadas, “alguns segmentos se beneficiaram, mas a sociedade ainda paga um preço alto”. Assim é que o individualismo delirante virou mais que um altar, transformou-se em algo “sagrado”.
Mas em decorrência de tantos males visíveis vai ficando claro no Brasil que a única alternativa, a esse modelo dantesco, é a união das grandes maiorias em defesa da soberania nacional, dos direitos do povo, da democracia, violentamente agredidos.
quinta-feira, 10 de agosto de 2017
Uma grave crise
Meu novo artigo semanal:
A situação da Venezuela possui vetores que alimentam uma crise que não mostra sinais de arrefecimento, em verdade tende a se agravar. De qualquer maneira é fundamental prevalecer o princípio indeclinável da autodeterminação e soberania das nações no cenário mundial.
No entanto essa máxima, que se encontra assinada pelas nações signatárias da Carta das Nações Unidas, não tem sido aplicada, muito menos nas primeiras décadas do século XXI.
Ao contrário, proliferam as intervenções, especialmente no Oriente Médio, cujos objetivos são geomilitares, e a guerra de rapina por riquezas naturais, como o petróleo, a principal matriz energética do planeta.
Independente de equívocos, voluntarismos, que possam estar sendo cometidos pelo governo da Venezuela, a campanha uníssona feita pela grande mídia global, associada ao Mercado, mostra que a ação para desestabilizar a Venezuela é escancarada.
Um País que é um dos grandes produtores mundiais de petróleo, membro da OPEP. E por esse motivo foi alvo de ações intervencionistas no século XX, com a soberania ameaçada, onde prepostos a serviço das grandes empresas petrolíferas quase sempre governaram essa nação sul-americana.
Hoje, além do petróleo, há uma nova realidade multipolar com a ascensão dos BRICS. Em consequência, surgem múltiplas reações sangrentas anglo-americanas em vários continentes.
A presença de grupos mascarados na Venezuela, que estrearam nas chamadas primaveras árabes, como também no Brasil, e se transformaram em uma espécie de franquia internacional louvada na grande mídia global, de facções incendiárias, depredadoras, pseudo-anarquistas, é sinal do que está em marcha contra esse País.
O Brasil, com 2.199 quilômetros de fronteiras com a Venezuela, abdicou, sob o governo Temer, da sua histórica liderança no hemisfério sul, avassalou a sua grande tradição diplomática ao Mercado, aos objetivos geopolíticos anglo-americanos.
A ofensiva do Mercado, dos EUA, abre um teatro para conflitos na região que até agora consegue viver distante dos cenários de grandes operações militares globais.
O recrudescimento da crise venezuelana não interessa aos povos latino-americanos. Cabe ao Brasil recuperar seu protagonismo de mediador, de potência regional solidária, como membro dos BRICS, na transição para uma nova ordem mundial.
A situação da Venezuela possui vetores que alimentam uma crise que não mostra sinais de arrefecimento, em verdade tende a se agravar. De qualquer maneira é fundamental prevalecer o princípio indeclinável da autodeterminação e soberania das nações no cenário mundial.
No entanto essa máxima, que se encontra assinada pelas nações signatárias da Carta das Nações Unidas, não tem sido aplicada, muito menos nas primeiras décadas do século XXI.
Ao contrário, proliferam as intervenções, especialmente no Oriente Médio, cujos objetivos são geomilitares, e a guerra de rapina por riquezas naturais, como o petróleo, a principal matriz energética do planeta.
Independente de equívocos, voluntarismos, que possam estar sendo cometidos pelo governo da Venezuela, a campanha uníssona feita pela grande mídia global, associada ao Mercado, mostra que a ação para desestabilizar a Venezuela é escancarada.
Um País que é um dos grandes produtores mundiais de petróleo, membro da OPEP. E por esse motivo foi alvo de ações intervencionistas no século XX, com a soberania ameaçada, onde prepostos a serviço das grandes empresas petrolíferas quase sempre governaram essa nação sul-americana.
Hoje, além do petróleo, há uma nova realidade multipolar com a ascensão dos BRICS. Em consequência, surgem múltiplas reações sangrentas anglo-americanas em vários continentes.
A presença de grupos mascarados na Venezuela, que estrearam nas chamadas primaveras árabes, como também no Brasil, e se transformaram em uma espécie de franquia internacional louvada na grande mídia global, de facções incendiárias, depredadoras, pseudo-anarquistas, é sinal do que está em marcha contra esse País.
O Brasil, com 2.199 quilômetros de fronteiras com a Venezuela, abdicou, sob o governo Temer, da sua histórica liderança no hemisfério sul, avassalou a sua grande tradição diplomática ao Mercado, aos objetivos geopolíticos anglo-americanos.
A ofensiva do Mercado, dos EUA, abre um teatro para conflitos na região que até agora consegue viver distante dos cenários de grandes operações militares globais.
O recrudescimento da crise venezuelana não interessa aos povos latino-americanos. Cabe ao Brasil recuperar seu protagonismo de mediador, de potência regional solidária, como membro dos BRICS, na transição para uma nova ordem mundial.
quinta-feira, 3 de agosto de 2017
É o rentismo
Meu novo artigo semanal:
Parodiando o grande escritor inglês: há muita coisa de podre no reino do rentismo parasitário do Brasil. A começar pela incógnita dessa grande mídia global hegemônica, que possui tantos poderes acumulados em décadas e múltiplos instrumentos ilusionistas, que é capaz de insistir, com alguma possibilidade de convencimento a parcelas da população, que a noite na verdade é o dia ou vice versa.
Depois de “convencer” os incautos que o inútil Michel Temer seria a “salvação da pátria” esse mesmo polvo midiático, com mil tentáculos, resolveu apeá-lo do poder, por razões ainda desconhecidas dos míseros mortais cidadãos brasileiros.
Mas de uma coisa não há a menor dúvida, essa grande mídia hegemônica está intimamente associada aos interesses antinacionais do rentismo parasitário, os grandes beneficiários da crise econômica e institucional no País.
Na verdade, tal é o seu poder que é possível afirmar que no Brasil atual consagrou-se a tese do partido único dominante, tão temida e contra ela vociferada como exemplo maléfico em outros Países.
O capital financeiro especulativo e essa grande mídia global hegemônica foram introduzindo, já há alguns anos, uma espécie de presidencialismo-parlamentarista de ocasião. Tendo como força definidora, como um falso poder moderador, eles próprios, casta superior dos mandarins tupiniquins, que tudo podem e manipulam.
O alvo tem sido a soberania nacional, as riquezas estratégicas brasileiras, abocanhar os ativos financeiros da nação, que bem ou mal, ainda é a sétima economia mundial.
Dessa forma, o Brasil tem sido conduzido a tempestades de ódios difusos, premeditadamente dividido, para nele reinar o rentismo, essa mídia global, igualmente nocivos.
Não é algo inédito, na França, de grandes tradições republicanas, foi eleito um desconhecido afilhado dos banqueiros Rothschild, deram-lhe um partido novinho em folha. Sim porque instituíram que a chave é o “novo”. Não importa se esse novo é a desgraça da nação e do povo.
Nas novas condições de uma governança global sob o comando do capital rentista e da grande mídia associada, as relações institucionais vigentes encontram-se atordoadas. Só a mais ampla união e a luta em torno da nação e do povo brasileiro pode encontrar o rumo da soberania, do desenvolvimento, das mudanças sociais impostergáveis.
Parodiando o grande escritor inglês: há muita coisa de podre no reino do rentismo parasitário do Brasil. A começar pela incógnita dessa grande mídia global hegemônica, que possui tantos poderes acumulados em décadas e múltiplos instrumentos ilusionistas, que é capaz de insistir, com alguma possibilidade de convencimento a parcelas da população, que a noite na verdade é o dia ou vice versa.
Depois de “convencer” os incautos que o inútil Michel Temer seria a “salvação da pátria” esse mesmo polvo midiático, com mil tentáculos, resolveu apeá-lo do poder, por razões ainda desconhecidas dos míseros mortais cidadãos brasileiros.
Mas de uma coisa não há a menor dúvida, essa grande mídia hegemônica está intimamente associada aos interesses antinacionais do rentismo parasitário, os grandes beneficiários da crise econômica e institucional no País.
Na verdade, tal é o seu poder que é possível afirmar que no Brasil atual consagrou-se a tese do partido único dominante, tão temida e contra ela vociferada como exemplo maléfico em outros Países.
O capital financeiro especulativo e essa grande mídia global hegemônica foram introduzindo, já há alguns anos, uma espécie de presidencialismo-parlamentarista de ocasião. Tendo como força definidora, como um falso poder moderador, eles próprios, casta superior dos mandarins tupiniquins, que tudo podem e manipulam.
O alvo tem sido a soberania nacional, as riquezas estratégicas brasileiras, abocanhar os ativos financeiros da nação, que bem ou mal, ainda é a sétima economia mundial.
Dessa forma, o Brasil tem sido conduzido a tempestades de ódios difusos, premeditadamente dividido, para nele reinar o rentismo, essa mídia global, igualmente nocivos.
Não é algo inédito, na França, de grandes tradições republicanas, foi eleito um desconhecido afilhado dos banqueiros Rothschild, deram-lhe um partido novinho em folha. Sim porque instituíram que a chave é o “novo”. Não importa se esse novo é a desgraça da nação e do povo.
Nas novas condições de uma governança global sob o comando do capital rentista e da grande mídia associada, as relações institucionais vigentes encontram-se atordoadas. Só a mais ampla união e a luta em torno da nação e do povo brasileiro pode encontrar o rumo da soberania, do desenvolvimento, das mudanças sociais impostergáveis.
quinta-feira, 27 de julho de 2017
O Brasil e o excepcionalismo
Meu novo artigo semanal:
A concepção do excepcionalismo norte-americano como sustentação da superioridade do indivíduo e da civilização anglo-saxônica ao que tudo indica parece estar perdendo a sua liderança nesse mundo multipolar que avança a passos rápidos nas primeiras décadas do século XXI.
Até mesmo com a campanha ideológica, difundida através da grande mídia global, com uma diuturna agenda de promoção desses valores como se fossem o espelho de todas as sociedades no planeta, das subserviências acadêmicas que, aberta ou discretamente, reverenciam nos planos das ciências sociais todas essas teses artificialmente importadas, como se elas fossem paradigmas científicos a serem seguidos sem contestações.
Assim entronizaram também no Brasil a antropologia anglo-americana como modelo a ser seguido, sustentado desde a grande mídia a intelectuais, setores universitários, de tal forma que qualquer visão crítica aos seus modelos apriorísticos é transformada em forte campanha difamatória.
Isso, seja nas redes sociais, ou nos grandes veículos de comunicação do País que determinam o Brasil oficial, das instituições do Estado, das estruturas corporativas, que se encontram hoje em dia distantes do Brasil real, enfatizado por Machado de Assis, e que corresponde atualmente a, mais ou menos, 200 milhões de habitantes.
O País real acorda, almoça e janta a cultura ditada pelo excepcionalismo anglo-americano, apesar das milhares de resistências que estão a somar-se.
De tal forma que o “mundo” oficial descolou da nação real e, embora hegemônico e determinante, inclusive em função do poder do capital financeiro especulativo, navega em uma realidade paralela muito longe dos trópicos que habitamos.
Daí é que, ao invés da rica História do Brasil, a nossa real formação civilizacional, antropológica e perspectivas futuras, parece que nos impuseram um transplante mecânico das sociedades inglesa, estadunidense, como um vírus digital, ou tendo sofrido ataques de algum hacker.
No mundo multipolar, que vai se consolidando, o esforço pelo conhecimento científico e tecnológico, o desenvolvimento econômico, a justiça social ampla e profunda, a soberania, são inseparáveis da compreensão cultural de como somos, como nos fizemos, onde desejamos chegar como nação, abertos ao mundo, mas sem estereótipos.
A concepção do excepcionalismo norte-americano como sustentação da superioridade do indivíduo e da civilização anglo-saxônica ao que tudo indica parece estar perdendo a sua liderança nesse mundo multipolar que avança a passos rápidos nas primeiras décadas do século XXI.
Até mesmo com a campanha ideológica, difundida através da grande mídia global, com uma diuturna agenda de promoção desses valores como se fossem o espelho de todas as sociedades no planeta, das subserviências acadêmicas que, aberta ou discretamente, reverenciam nos planos das ciências sociais todas essas teses artificialmente importadas, como se elas fossem paradigmas científicos a serem seguidos sem contestações.
Assim entronizaram também no Brasil a antropologia anglo-americana como modelo a ser seguido, sustentado desde a grande mídia a intelectuais, setores universitários, de tal forma que qualquer visão crítica aos seus modelos apriorísticos é transformada em forte campanha difamatória.
Isso, seja nas redes sociais, ou nos grandes veículos de comunicação do País que determinam o Brasil oficial, das instituições do Estado, das estruturas corporativas, que se encontram hoje em dia distantes do Brasil real, enfatizado por Machado de Assis, e que corresponde atualmente a, mais ou menos, 200 milhões de habitantes.
O País real acorda, almoça e janta a cultura ditada pelo excepcionalismo anglo-americano, apesar das milhares de resistências que estão a somar-se.
De tal forma que o “mundo” oficial descolou da nação real e, embora hegemônico e determinante, inclusive em função do poder do capital financeiro especulativo, navega em uma realidade paralela muito longe dos trópicos que habitamos.
Daí é que, ao invés da rica História do Brasil, a nossa real formação civilizacional, antropológica e perspectivas futuras, parece que nos impuseram um transplante mecânico das sociedades inglesa, estadunidense, como um vírus digital, ou tendo sofrido ataques de algum hacker.
No mundo multipolar, que vai se consolidando, o esforço pelo conhecimento científico e tecnológico, o desenvolvimento econômico, a justiça social ampla e profunda, a soberania, são inseparáveis da compreensão cultural de como somos, como nos fizemos, onde desejamos chegar como nação, abertos ao mundo, mas sem estereótipos.
sexta-feira, 21 de julho de 2017
A crise do liberalismo
Meu novo artigo semanal:
O liberalismo econômico clássico adquiriu nova forma desde os anos oitenta do século XX e reinou absoluto a partir do novo milênio, juntamente com a hegemonia unipolar dos Estados Unidos, depois da debacle da União Soviética.
Essa nova cara do liberalismo que se tornou hegemônico é o neoliberalismo, uma etapa bem mais agressiva do capital financeiro especulativo, do rentismo. Nesse período mudou-se drasticamente a face do mundo, não só no aspecto econômico.
Como também na geopolítica mundial, nas relações sociais, assim como entre o monopólio dessa nova fase do capital e as estruturas de poder que determinam os rumos entre as nações e nas relações políticas dentro dos Estados nacionais.
O monopólio do capital parasitário alterou radicalmente o espírito da atividade política, subvertendo-a aos seus interesses estratégicos, determinando também outras ideias, concepções, nas relações sociais provocando imensa regressão nos sentimentos coletivos e individuais nas comunidades.
Nas primeiras décadas do século XXI testemunhamos a quintessência do individualismo, da competição desenfreada nas sociedades. Tantas modificações profundas foram acompanhadas por uma massificante argumentação ideológica e midiática, com o objetivo de se fazer incontestável a mundialização do capital rentista e a ideia do indivíduo globalizado na condição de força de trabalho móvel.
Mas as crises financeiras da Nova Ordem mundial abateram as ilusões sobre o reinado do capital parasitário, do fim da História profetizado pelo guru do neoliberalismo, o nipo-americano Francis Fukuyama.
O surgimento de outra ordem multipolar, com o crescente protagonismo dos BRICS, começou a abalar a hegemonia unipolar dos EUA sequenciando conflitos em várias partes do planeta.
Assim como a exacerbada apologia ao Mercado e suas formas egocêntricas de como os cidadãos deveriam tratar os demais e a si próprios fomentaram uma crise social, e de caráter individual, sem precedentes no mundo.
A relevância das identidades culturais e do sentimento nacional coletivo, da união nacional, passou a tornar-se algo premente entre os povos. O mundo começa a entrar em nova etapa Histórica. O Brasil tem destacado papel de liderança solidária nesses novos tempos. Exatamente por isso sofre intenso processo de desestabilização.
O liberalismo econômico clássico adquiriu nova forma desde os anos oitenta do século XX e reinou absoluto a partir do novo milênio, juntamente com a hegemonia unipolar dos Estados Unidos, depois da debacle da União Soviética.
Essa nova cara do liberalismo que se tornou hegemônico é o neoliberalismo, uma etapa bem mais agressiva do capital financeiro especulativo, do rentismo. Nesse período mudou-se drasticamente a face do mundo, não só no aspecto econômico.
Como também na geopolítica mundial, nas relações sociais, assim como entre o monopólio dessa nova fase do capital e as estruturas de poder que determinam os rumos entre as nações e nas relações políticas dentro dos Estados nacionais.
O monopólio do capital parasitário alterou radicalmente o espírito da atividade política, subvertendo-a aos seus interesses estratégicos, determinando também outras ideias, concepções, nas relações sociais provocando imensa regressão nos sentimentos coletivos e individuais nas comunidades.
Nas primeiras décadas do século XXI testemunhamos a quintessência do individualismo, da competição desenfreada nas sociedades. Tantas modificações profundas foram acompanhadas por uma massificante argumentação ideológica e midiática, com o objetivo de se fazer incontestável a mundialização do capital rentista e a ideia do indivíduo globalizado na condição de força de trabalho móvel.
Mas as crises financeiras da Nova Ordem mundial abateram as ilusões sobre o reinado do capital parasitário, do fim da História profetizado pelo guru do neoliberalismo, o nipo-americano Francis Fukuyama.
O surgimento de outra ordem multipolar, com o crescente protagonismo dos BRICS, começou a abalar a hegemonia unipolar dos EUA sequenciando conflitos em várias partes do planeta.
Assim como a exacerbada apologia ao Mercado e suas formas egocêntricas de como os cidadãos deveriam tratar os demais e a si próprios fomentaram uma crise social, e de caráter individual, sem precedentes no mundo.
A relevância das identidades culturais e do sentimento nacional coletivo, da união nacional, passou a tornar-se algo premente entre os povos. O mundo começa a entrar em nova etapa Histórica. O Brasil tem destacado papel de liderança solidária nesses novos tempos. Exatamente por isso sofre intenso processo de desestabilização.
quinta-feira, 13 de julho de 2017
À deriva
Meu novo artigo semanal:
A condenação do ex-presidente Lula, com nítido caráter de perseguição política, o persistente e contínuo esfarelamento do governo Temer, associado ao anterior impeachment da ex-presidente Dilma, como retrato da vulgarização, banalidade, desse instituto constitucional ao longo da Nova República desde a promulgação da Constituição de 1988, a aprovação da reforma trabalhista profundamente contrária aos direitos dos assalariados, representam aspectos gravíssimos da atual crise estrutural brasileira.
Com a economia estagnada, desemprego crescente, desindustrialização persistente há décadas, a estratosférica remuneração do capital financeiro, especialmente do rentismo insaciável, sustentado pela chamada dívida pública da união, entre outras formas de rapinagem, a nação vê-se sem rumos, desprovida de um projeto estratégico de desenvolvimento que lhe dê sentido e perspectiva.
Além disso assistimos o Estado nacional fragmentado em corporações poderosas, outras com essa pretensão, que se invocam como alter ego da nação, mas nenhuma delas possui o sentimento e a responsabilidade de contributo aos destinos do País.
Desalentada e com crescente perda de autoestima, a sociedade brasileira acha-se sem norte, sul, leste ou oeste, ao sabor de uma tormenta institucional antropofágica que vai devorando a tudo e a todos, uns mais outros um pouco menos, mas a verdade é que ruma para a destruição da vida política nacional, instância decisiva da participação social na vida do País.
Dividido, o Brasil é alvo contínuo das ações de grandes potências, no aspecto econômico, comercial ou geopolítico e mesmo assim ainda é a sétima economia mundial, com uma população de 210 milhões de habitantes, um território continental, cujas áreas e riquezas estratégicas são extremante cobiçadas, como a Amazônia.
O País precisa voltar a crescer, reconstruir a unidade das grandes maiorias em torno de um projeto que seja mais que um rumo de desenvolvimento, mas um espírito de País, um Estado moderno, uma sociedade próspera com justiça social, como afirma o Manifesto pela União Nacional do ex-ministro Aldo Rebelo.
A atual crise vai continuar se desdobrando de forma desembestada, numa autofagia acelerada e vai demonstrar que só será superada em um patamar econômico, social e político superior da vida nacional.
A condenação do ex-presidente Lula, com nítido caráter de perseguição política, o persistente e contínuo esfarelamento do governo Temer, associado ao anterior impeachment da ex-presidente Dilma, como retrato da vulgarização, banalidade, desse instituto constitucional ao longo da Nova República desde a promulgação da Constituição de 1988, a aprovação da reforma trabalhista profundamente contrária aos direitos dos assalariados, representam aspectos gravíssimos da atual crise estrutural brasileira.
Com a economia estagnada, desemprego crescente, desindustrialização persistente há décadas, a estratosférica remuneração do capital financeiro, especialmente do rentismo insaciável, sustentado pela chamada dívida pública da união, entre outras formas de rapinagem, a nação vê-se sem rumos, desprovida de um projeto estratégico de desenvolvimento que lhe dê sentido e perspectiva.
Além disso assistimos o Estado nacional fragmentado em corporações poderosas, outras com essa pretensão, que se invocam como alter ego da nação, mas nenhuma delas possui o sentimento e a responsabilidade de contributo aos destinos do País.
Desalentada e com crescente perda de autoestima, a sociedade brasileira acha-se sem norte, sul, leste ou oeste, ao sabor de uma tormenta institucional antropofágica que vai devorando a tudo e a todos, uns mais outros um pouco menos, mas a verdade é que ruma para a destruição da vida política nacional, instância decisiva da participação social na vida do País.
Dividido, o Brasil é alvo contínuo das ações de grandes potências, no aspecto econômico, comercial ou geopolítico e mesmo assim ainda é a sétima economia mundial, com uma população de 210 milhões de habitantes, um território continental, cujas áreas e riquezas estratégicas são extremante cobiçadas, como a Amazônia.
O País precisa voltar a crescer, reconstruir a unidade das grandes maiorias em torno de um projeto que seja mais que um rumo de desenvolvimento, mas um espírito de País, um Estado moderno, uma sociedade próspera com justiça social, como afirma o Manifesto pela União Nacional do ex-ministro Aldo Rebelo.
A atual crise vai continuar se desdobrando de forma desembestada, numa autofagia acelerada e vai demonstrar que só será superada em um patamar econômico, social e político superior da vida nacional.
sexta-feira, 7 de julho de 2017
Manifesto em defesa da nação
Lançado em Brasília, em 6 de junho, encabeçado pelo ex-ministro e ex-presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, o manifesto suprapartidário pela união nacional para o enfrentamento da crise brasileira propõe uma agregação de forças para a superação do impasse político e da crise socioeconômica que travam o País. O manifesto político deve resultar na criação de um movimento pela união nacional, como é esperado. A seguir o texto na íntegra.
MANIFESTO PELA UNIÃO NACIONAL
“Não precisa o Brasil ser dividido, é melhor união progresso e paz”
(Geraldo Amancio, poeta e repentista)
O Brasil vive grave e profunda crise, que ameaça seu futuro de Nação livre, próspera e soberana. O esforço de nossos antepassados, sem temer sacrifícios nem renúncias para construir a País é posto à prova pela atual desorientação sobre que rumos seguir para ampliar a independência e a autonomia nacionais, elevar o bem-estar material e espiritual da população e proteger o convívio democrático entre os brasileiros. As rupturas operadas na ordem institucional geraram um quadro de aguda polarização, agravado pela recessão econômica, pelos altos níveis de desemprego e subemprego, e pela violência em suas variadas formas. A sociedade brasileira encontra-se dividida, desorientada e desalentada, com sua agenda pautada por atores e interesses minoritários, e mesmo antinacionais, ambiente ideal para a proliferação de várias formas de morbidez social, entre elas a corrupção.
Somente a união de amplas forças políticas, econômicas e sociais, em torno de uma proposta de reconstrução e afirmação nacional, pode abrir caminho para a superação da crise atual. Tal proposta não pode ser apenas uma plataforma de metas econômicas e sociais, mas deve buscar sua inspiração no estado de espírito capaz de mobilizar amplamente os diversos atores da sociedade, com o objetivo comum de ver o País progredir de forma que os benefícios do desenvolvimento sejam percebidos por todos eles, levando-os a se sentirem como seus protagonistas ativos. Este projeto exige como pressuposto que a defesa e o desenvolvimento do Brasil sejam o fundamento para assegurar a efetiva expansão dos direitos sociais e da democracia.
A elaboração e implantação do projeto de construção e afirmação nacional não poderão limitar-se à classe política, mas terão que ser compartilhadas pelos mais diversos segmentos representativos da sociedade. Isto exige o afastamento de toda sorte de preconceitos motivados por ideologias e maniqueísmos, que se mostram insuficientes e limitados para permitir o entendimento da situação. Acima de tudo, é necessário abandonar a enganosa dicotomia entre Estado e Mercado, que tem servido apenas para mascarar a captura das estruturas do primeiro por coalizões de interesses particulares, substituindo-a por uma eficiente cooperação entre o poder público e a iniciativa privada, em prol do bem comum, como ocorreu e ocorre em todos os países que conseguiram enfrentar e remover os desafios no caminho do desenvolvimento duradouro e sustentável.
As gerações que nos antecederam ergueram material e espiritualmente o Brasil, em quatro grandes movimentos, a saber:
1) a formação da base física, a conformação do território, do ano zero de 1500 e da originária Terra de Santa Cruz, ao Tratado de Madrid, em 1750, que configurou de forma aproximada as atuais fronteiras nacionais e iniciou o processo de mestiçagem que caracterizou a formação social brasileira.
2) a epopeia da Independência, consolidada em 1822, representada nas figuras luminares de Tiradentes e José Bonifácio, Patriarca idealizador de um projeto de Nação que ainda guarda grande atualidade.
3) a fase da defesa e manutenção da unidade territorial, com D.Pedro I e D.Pedro II e que se encerra com a libertação dos escravos em 1888;
4) a República proclamada por Deodoro da Fonseca e consolidada por Floriano Peixoto, que tem o apogeu em Getúlio Vargas e seu ambicioso programa de industrialização e modernização do Estado, pondo em prática aspirações anteriores dos movimentos Sanitarista, Tenentista e da Nova Educação. A partir de Vargas o Brasil oscilou ao sabor das correntes varguista e anti-varguista, até os nossos dias.
Hoje, nos marcos da economia globalizada e com o País em condições mais favoráveis que no passado, temos a missão de iniciar um novo projeto nacional, o quinto movimento, em três direções e três objetivos:
1) ampliar a soberania nacional com o pleno desenvolvimento econômico, científico, tecnológico e dos meios de defesa do País;
2) elevar a qualidade de vida do povo brasileiro com a redução das desigualdades sociais; proteção da infância e da maternidade, acesso à educação de qualidade, saúde e saneamento básico; combate sem tréguas ao crime organizado e valorização da segurança pública contra o banditismo em todas as suas formas;
3) fortalecer a democracia e a tolerância na convivência entre os brasileiros, com realização de uma reforma política que liberte nosso sistema político do controle de interesses corporativos e oligárquicos e assegure o predomínio dos grandes debates dos temas nacionais na esfera pública.
A crise nacional acontece em meio a um quadro global de mudança de época, marcado por:
a) agravamento das consequências socioeconômicas negativas da globalização dirigida pelas finanças especulativas internacionais;
b) alteração do eixo geoeconômico mundial para a Eurásia-Pacífico;
c) emergência de um cenário de poder multipolar, em contraposição à unipolaridade do período posterior ao fim da Guerra Fria;
d) novas revoluções científicas e tecnológicas e rápida introdução de tecnologias inovadoras (Quarta Revolução Industrial), com profundos impactos sobre as formas de produção de bens e serviços, níveis de emprego, relações de trabalho, qualificação da força de trabalho e as próprias relações sociais em geral.
Todos esses aspectos terão influência determinante para o necessário projeto nacional brasileiro, que, por sua vez, é condição decisiva para exercer influência sobre a dinâmica global. Por isso o projeto nacional brasileiro precisa contemplar a relevância continental do País, que ocupa metade da América do Sul, representa cerca de 50% da economia da região, faz fronteira com dez outros países e representa a força motriz potencial para a integração física e econômica do subcontinente. O Brasil deve assumir definitivamente o papel de liderança benigna e não hegemônica do bloco sul-americano, dando-lhe “massa crítica” para participar de forma eficaz e positiva na reconstrução da ordem mundial que está em marcha.
É fundamental que o sistema financeiro reoriente seus esforços para estimular e apoiar as atividades produtivas. Os títulos da dívida pública não podem continuar sendo o investimento mais rentável do País, como ocorreu no período de 2001-2016, muito acima de qualquer atividade produtiva. A aspiração ao desenvolvimento não pode ser bloqueada pelos interesses rentistas locais ou estrangeiros.
A reversão da desindustrialização que afeta o País é crucial. O Brasil tem regredido dramaticamente em capacidade industrial, principalmente no segmento de alta tecnologia, impactando as camadas médias da sociedade, com a perda de empregos qualificados e de melhor remuneração. A despeito da rapidez do processo, ainda temos uma das dez maiores e mais diversificadas bases industriais do mundo. Além de recuperar a capacidade produtiva, é determinante requalificar todo o setor industrial para enfrentar o desafio da Quarta Revolução Industrial, baseada em elevados índices de automação e conectividade, e intenso fluxo de inovações tecnológicas de ponta.
A retomada do desenvolvimento brasileiro exige a estruturação de cadeias produtivas de maior valor agregado baseadas em conhecimento nacional. Isto, por sua vez, requer a ampliação dos investimentos públicos e privados em todas as dimensões da educação e geração do conhecimento e de sua aplicação inovadora na economia nacional, incluindo o apoio efetivo e criterioso à capacitação e elevação da produtividade das empresas nacionais. O Estado Nacional deverá passar também por uma profunda reforma que incorpore e internalize no seu sistema de controles o princípio da incerteza que rege a descoberta científica e a dinâmica da inovação, de forma a não travar a atividade de pesquisa ou inibir a criatividade do empreendedor.
Aos alarmantes índices de deficiências educacionais da população matriculada na rede de ensino, soma-se a crescente degradação do ambiente escolar, com o aumento da violência e o abandono das noções de disciplina e hierarquia, sem as quais o esforço de aprendizagem está fadado ao fracasso. A realidade tem demonstrado que além da destinação de recursos é urgente a retomada da questão educacional como prioridade central do Estado, que deve protegê-la dos vícios do corporativismo, enaltecer o papel do professor e restaurar sua autoridade dentro da sala de aula e na sociedade.
A agricultura, a pecuária e a agroindústria constituem ativos econômicos, sociais, culturais e geopolíticos de grande importância para o Brasil. Mesmo enfrentando a forte e subsidiada concorrência dos criadores e agricultores europeus e norte-americanos, nossos, pequenos, médios e grandes produtores abastecem o mercado interno e ganham cada vez mais espaço no comércio mundial de alimentos. O status de grande produtor de grãos e proteína gera para o Brasil, além de divisas, respeito crescente num mundo cada vez mais carente de segurança alimentar. O Brasil deve valorizar social e culturalmente seus trabalhadores, criadores e produtores rurais, protegê-los com financiamento, crédito e seguro; destinar recursos para ciência, tecnologia e inovação para melhorar a produtividade de todas as atividades a eles relacionadas.
As Forças Armadas são instituições fundadoras da nacionalidade e do Estado Nacional e cumprem a dupla missão de defender e construir o País. Do programa nuclear ao nosso primeiro computador, da pesquisa espacial, indústria aeronáutica e defesa cibernética, as instituições armadas têm cumprido papel de vanguarda e pioneirismo. Cumprem missão humanitária socorrendo os índios e ribeirinhos da Amazônia ou as vítimas da seca no sertão nordestino sem perder o etos de organização de combate e de defesa da Pátria.
Portanto, é preciso valorizar e reconhecer as Forças Armadas brasileiras, seus feitos e seus heróis, seus valores, patriotismo e elevado espírito de generosidade e solidariedade para com a comunidade. Tal atitude deve ter sentido educativo para as crianças e para a juventude exposta ao ambiente de corrosão dos valores da nacionalidade com que convivemos no dia a dia.
A política ambiental deve refletir um real compromisso com o desenvolvimento sustentável do País, em vez de simplesmente se enquadrar em agendas formuladas por atores e interesses externos. Entre outras prioridades, deverá enfocar as deficiências em saneamento básico, disposição de lixo, ocupação irregular de áreas de risco, e a ampliação da infraestrutura de previsão e resposta a emergências causadas por fenômenos naturais.
Da mesma forma, é preciso uma urgente redefinição da política para as populações indígenas, compatibilizando-a com o direito de toda a população a uma evolução civilizatória digna, respeitando-se as suas tradições culturais e sua contribuição decisiva para a constituição da identidade nacional. Somente assim será possível assegurar-lhes uma integração gradativa à sociedade nacional, como cidadãos plenos e aptos a dispensar, eventualmente, a tutela permanente do Estado.
Alvo de pressões e cobiça internacional, a Amazônia clama por ações efetivas de controle e afirmação da soberania sobre seu imenso território, e por políticas públicos de estímulo e apoio ao seu desenvolvimento e de proteção de suas populações indígenas e ribeirinhas e da biodiversidade.
Nossa produção artística e cultural, em sintonia com os grandes movimentos da Nação, inventou o Brasil ao longo da sua história. É importante defender e promover o rico e variado patrimônio cultural da Nação brasileira, sua língua, suas tradições e múltiplas manifestações, sua criatividade e seu potencial de desenvolvimento econômico, enfrentando as práticas concentradoras e restritivas dos grandes conglomerados internacionais da mídia e da internet.
O Brasil deve promover e exaltar a participação da mulher na construção do País e reconhecer em nossas antepassadas indígenas, africanas e europeias relevante papel na constituição da Nação e na formação da identidade do povo brasileiro.
A luta sem trégua contra o preconceito racial no Brasil se impõe pela valorização da herança e contribuição africana na formação da cultura e da identidade nacional brasileira e pela celebração da mestiçagem como traço decisivo de nosso legado civilizatório. Devemos repudiar qualquer tentativa de se introduzir no Brasil modelos importados de sociedades que institucionalizaram o racismo em suas relações sociais.
O combate à corrupção deve ser um objetivo permanente da sociedade e do Estado, mas não se pode paralisar o País a pretexto de se eliminar um mal que é endêmico nas economias de todo o mundo.
O Brasil precisa voltar a crescer. Esta é a questão central. Não há como sanear as finanças públicas sem que a economia cresça e a arrecadação tributária aumente. Não há como se negar que o Brasil precisa de reformas que corrijam distorções, eliminem privilégios corporativos, facilitem a empregabilidade e o funcionamento da economia. Mas não haverá equilíbrio da Previdência se não houver emprego e arrecadação. Não haverá reforma que convença o empreendedor privado a investir se não houver perspectiva de demanda. E para o Brasil voltar a crescer, o primeiro consenso a ser alcançado é que todos se convençam disso. Nenhum homem ou mulher de boa vontade irá se opor a algum sacrifício se isso significar esperança para si e futuro para seus filhos. Mas todos precisam abrir mão de alguma coisa. São inaceitáveis reformas que descarreguem o peso do ajuste sobre os ombros dos mais fracos e protejam os interesses de grupos elitistas que concentram o patrimônio nacional.
O Brasil é um País rico, principalmente em recursos humanos. Se todos puderem compartilhar do desenvolvimento dessa riqueza ele será mais próspero e feliz. Ninguém é contra que os mais capazes e talentosos se enriqueçam. Ninguém é contra que quem empreenda tenha a justa recompensa pelo seu esforço. Mas o Brasil não precisa, não deve e não pode ser tão desigual. Esse é o grande acordo que precisa se estabelecer na sociedade brasileira. É em torno desse ideal transcendente de grandeza nacional e de justiça que devem se unir os brasileiros de todas as classes, profissões, origens, condições sociais e credos.
MANIFESTO PELA UNIÃO NACIONAL
“Não precisa o Brasil ser dividido, é melhor união progresso e paz”
(Geraldo Amancio, poeta e repentista)
O Brasil vive grave e profunda crise, que ameaça seu futuro de Nação livre, próspera e soberana. O esforço de nossos antepassados, sem temer sacrifícios nem renúncias para construir a País é posto à prova pela atual desorientação sobre que rumos seguir para ampliar a independência e a autonomia nacionais, elevar o bem-estar material e espiritual da população e proteger o convívio democrático entre os brasileiros. As rupturas operadas na ordem institucional geraram um quadro de aguda polarização, agravado pela recessão econômica, pelos altos níveis de desemprego e subemprego, e pela violência em suas variadas formas. A sociedade brasileira encontra-se dividida, desorientada e desalentada, com sua agenda pautada por atores e interesses minoritários, e mesmo antinacionais, ambiente ideal para a proliferação de várias formas de morbidez social, entre elas a corrupção.
Somente a união de amplas forças políticas, econômicas e sociais, em torno de uma proposta de reconstrução e afirmação nacional, pode abrir caminho para a superação da crise atual. Tal proposta não pode ser apenas uma plataforma de metas econômicas e sociais, mas deve buscar sua inspiração no estado de espírito capaz de mobilizar amplamente os diversos atores da sociedade, com o objetivo comum de ver o País progredir de forma que os benefícios do desenvolvimento sejam percebidos por todos eles, levando-os a se sentirem como seus protagonistas ativos. Este projeto exige como pressuposto que a defesa e o desenvolvimento do Brasil sejam o fundamento para assegurar a efetiva expansão dos direitos sociais e da democracia.
A elaboração e implantação do projeto de construção e afirmação nacional não poderão limitar-se à classe política, mas terão que ser compartilhadas pelos mais diversos segmentos representativos da sociedade. Isto exige o afastamento de toda sorte de preconceitos motivados por ideologias e maniqueísmos, que se mostram insuficientes e limitados para permitir o entendimento da situação. Acima de tudo, é necessário abandonar a enganosa dicotomia entre Estado e Mercado, que tem servido apenas para mascarar a captura das estruturas do primeiro por coalizões de interesses particulares, substituindo-a por uma eficiente cooperação entre o poder público e a iniciativa privada, em prol do bem comum, como ocorreu e ocorre em todos os países que conseguiram enfrentar e remover os desafios no caminho do desenvolvimento duradouro e sustentável.
As gerações que nos antecederam ergueram material e espiritualmente o Brasil, em quatro grandes movimentos, a saber:
1) a formação da base física, a conformação do território, do ano zero de 1500 e da originária Terra de Santa Cruz, ao Tratado de Madrid, em 1750, que configurou de forma aproximada as atuais fronteiras nacionais e iniciou o processo de mestiçagem que caracterizou a formação social brasileira.
2) a epopeia da Independência, consolidada em 1822, representada nas figuras luminares de Tiradentes e José Bonifácio, Patriarca idealizador de um projeto de Nação que ainda guarda grande atualidade.
3) a fase da defesa e manutenção da unidade territorial, com D.Pedro I e D.Pedro II e que se encerra com a libertação dos escravos em 1888;
4) a República proclamada por Deodoro da Fonseca e consolidada por Floriano Peixoto, que tem o apogeu em Getúlio Vargas e seu ambicioso programa de industrialização e modernização do Estado, pondo em prática aspirações anteriores dos movimentos Sanitarista, Tenentista e da Nova Educação. A partir de Vargas o Brasil oscilou ao sabor das correntes varguista e anti-varguista, até os nossos dias.
Hoje, nos marcos da economia globalizada e com o País em condições mais favoráveis que no passado, temos a missão de iniciar um novo projeto nacional, o quinto movimento, em três direções e três objetivos:
1) ampliar a soberania nacional com o pleno desenvolvimento econômico, científico, tecnológico e dos meios de defesa do País;
2) elevar a qualidade de vida do povo brasileiro com a redução das desigualdades sociais; proteção da infância e da maternidade, acesso à educação de qualidade, saúde e saneamento básico; combate sem tréguas ao crime organizado e valorização da segurança pública contra o banditismo em todas as suas formas;
3) fortalecer a democracia e a tolerância na convivência entre os brasileiros, com realização de uma reforma política que liberte nosso sistema político do controle de interesses corporativos e oligárquicos e assegure o predomínio dos grandes debates dos temas nacionais na esfera pública.
A crise nacional acontece em meio a um quadro global de mudança de época, marcado por:
a) agravamento das consequências socioeconômicas negativas da globalização dirigida pelas finanças especulativas internacionais;
b) alteração do eixo geoeconômico mundial para a Eurásia-Pacífico;
c) emergência de um cenário de poder multipolar, em contraposição à unipolaridade do período posterior ao fim da Guerra Fria;
d) novas revoluções científicas e tecnológicas e rápida introdução de tecnologias inovadoras (Quarta Revolução Industrial), com profundos impactos sobre as formas de produção de bens e serviços, níveis de emprego, relações de trabalho, qualificação da força de trabalho e as próprias relações sociais em geral.
Todos esses aspectos terão influência determinante para o necessário projeto nacional brasileiro, que, por sua vez, é condição decisiva para exercer influência sobre a dinâmica global. Por isso o projeto nacional brasileiro precisa contemplar a relevância continental do País, que ocupa metade da América do Sul, representa cerca de 50% da economia da região, faz fronteira com dez outros países e representa a força motriz potencial para a integração física e econômica do subcontinente. O Brasil deve assumir definitivamente o papel de liderança benigna e não hegemônica do bloco sul-americano, dando-lhe “massa crítica” para participar de forma eficaz e positiva na reconstrução da ordem mundial que está em marcha.
É fundamental que o sistema financeiro reoriente seus esforços para estimular e apoiar as atividades produtivas. Os títulos da dívida pública não podem continuar sendo o investimento mais rentável do País, como ocorreu no período de 2001-2016, muito acima de qualquer atividade produtiva. A aspiração ao desenvolvimento não pode ser bloqueada pelos interesses rentistas locais ou estrangeiros.
A reversão da desindustrialização que afeta o País é crucial. O Brasil tem regredido dramaticamente em capacidade industrial, principalmente no segmento de alta tecnologia, impactando as camadas médias da sociedade, com a perda de empregos qualificados e de melhor remuneração. A despeito da rapidez do processo, ainda temos uma das dez maiores e mais diversificadas bases industriais do mundo. Além de recuperar a capacidade produtiva, é determinante requalificar todo o setor industrial para enfrentar o desafio da Quarta Revolução Industrial, baseada em elevados índices de automação e conectividade, e intenso fluxo de inovações tecnológicas de ponta.
A retomada do desenvolvimento brasileiro exige a estruturação de cadeias produtivas de maior valor agregado baseadas em conhecimento nacional. Isto, por sua vez, requer a ampliação dos investimentos públicos e privados em todas as dimensões da educação e geração do conhecimento e de sua aplicação inovadora na economia nacional, incluindo o apoio efetivo e criterioso à capacitação e elevação da produtividade das empresas nacionais. O Estado Nacional deverá passar também por uma profunda reforma que incorpore e internalize no seu sistema de controles o princípio da incerteza que rege a descoberta científica e a dinâmica da inovação, de forma a não travar a atividade de pesquisa ou inibir a criatividade do empreendedor.
Aos alarmantes índices de deficiências educacionais da população matriculada na rede de ensino, soma-se a crescente degradação do ambiente escolar, com o aumento da violência e o abandono das noções de disciplina e hierarquia, sem as quais o esforço de aprendizagem está fadado ao fracasso. A realidade tem demonstrado que além da destinação de recursos é urgente a retomada da questão educacional como prioridade central do Estado, que deve protegê-la dos vícios do corporativismo, enaltecer o papel do professor e restaurar sua autoridade dentro da sala de aula e na sociedade.
A agricultura, a pecuária e a agroindústria constituem ativos econômicos, sociais, culturais e geopolíticos de grande importância para o Brasil. Mesmo enfrentando a forte e subsidiada concorrência dos criadores e agricultores europeus e norte-americanos, nossos, pequenos, médios e grandes produtores abastecem o mercado interno e ganham cada vez mais espaço no comércio mundial de alimentos. O status de grande produtor de grãos e proteína gera para o Brasil, além de divisas, respeito crescente num mundo cada vez mais carente de segurança alimentar. O Brasil deve valorizar social e culturalmente seus trabalhadores, criadores e produtores rurais, protegê-los com financiamento, crédito e seguro; destinar recursos para ciência, tecnologia e inovação para melhorar a produtividade de todas as atividades a eles relacionadas.
As Forças Armadas são instituições fundadoras da nacionalidade e do Estado Nacional e cumprem a dupla missão de defender e construir o País. Do programa nuclear ao nosso primeiro computador, da pesquisa espacial, indústria aeronáutica e defesa cibernética, as instituições armadas têm cumprido papel de vanguarda e pioneirismo. Cumprem missão humanitária socorrendo os índios e ribeirinhos da Amazônia ou as vítimas da seca no sertão nordestino sem perder o etos de organização de combate e de defesa da Pátria.
Portanto, é preciso valorizar e reconhecer as Forças Armadas brasileiras, seus feitos e seus heróis, seus valores, patriotismo e elevado espírito de generosidade e solidariedade para com a comunidade. Tal atitude deve ter sentido educativo para as crianças e para a juventude exposta ao ambiente de corrosão dos valores da nacionalidade com que convivemos no dia a dia.
A política ambiental deve refletir um real compromisso com o desenvolvimento sustentável do País, em vez de simplesmente se enquadrar em agendas formuladas por atores e interesses externos. Entre outras prioridades, deverá enfocar as deficiências em saneamento básico, disposição de lixo, ocupação irregular de áreas de risco, e a ampliação da infraestrutura de previsão e resposta a emergências causadas por fenômenos naturais.
Da mesma forma, é preciso uma urgente redefinição da política para as populações indígenas, compatibilizando-a com o direito de toda a população a uma evolução civilizatória digna, respeitando-se as suas tradições culturais e sua contribuição decisiva para a constituição da identidade nacional. Somente assim será possível assegurar-lhes uma integração gradativa à sociedade nacional, como cidadãos plenos e aptos a dispensar, eventualmente, a tutela permanente do Estado.
Alvo de pressões e cobiça internacional, a Amazônia clama por ações efetivas de controle e afirmação da soberania sobre seu imenso território, e por políticas públicos de estímulo e apoio ao seu desenvolvimento e de proteção de suas populações indígenas e ribeirinhas e da biodiversidade.
Nossa produção artística e cultural, em sintonia com os grandes movimentos da Nação, inventou o Brasil ao longo da sua história. É importante defender e promover o rico e variado patrimônio cultural da Nação brasileira, sua língua, suas tradições e múltiplas manifestações, sua criatividade e seu potencial de desenvolvimento econômico, enfrentando as práticas concentradoras e restritivas dos grandes conglomerados internacionais da mídia e da internet.
O Brasil deve promover e exaltar a participação da mulher na construção do País e reconhecer em nossas antepassadas indígenas, africanas e europeias relevante papel na constituição da Nação e na formação da identidade do povo brasileiro.
A luta sem trégua contra o preconceito racial no Brasil se impõe pela valorização da herança e contribuição africana na formação da cultura e da identidade nacional brasileira e pela celebração da mestiçagem como traço decisivo de nosso legado civilizatório. Devemos repudiar qualquer tentativa de se introduzir no Brasil modelos importados de sociedades que institucionalizaram o racismo em suas relações sociais.
O combate à corrupção deve ser um objetivo permanente da sociedade e do Estado, mas não se pode paralisar o País a pretexto de se eliminar um mal que é endêmico nas economias de todo o mundo.
O Brasil precisa voltar a crescer. Esta é a questão central. Não há como sanear as finanças públicas sem que a economia cresça e a arrecadação tributária aumente. Não há como se negar que o Brasil precisa de reformas que corrijam distorções, eliminem privilégios corporativos, facilitem a empregabilidade e o funcionamento da economia. Mas não haverá equilíbrio da Previdência se não houver emprego e arrecadação. Não haverá reforma que convença o empreendedor privado a investir se não houver perspectiva de demanda. E para o Brasil voltar a crescer, o primeiro consenso a ser alcançado é que todos se convençam disso. Nenhum homem ou mulher de boa vontade irá se opor a algum sacrifício se isso significar esperança para si e futuro para seus filhos. Mas todos precisam abrir mão de alguma coisa. São inaceitáveis reformas que descarreguem o peso do ajuste sobre os ombros dos mais fracos e protejam os interesses de grupos elitistas que concentram o patrimônio nacional.
O Brasil é um País rico, principalmente em recursos humanos. Se todos puderem compartilhar do desenvolvimento dessa riqueza ele será mais próspero e feliz. Ninguém é contra que os mais capazes e talentosos se enriqueçam. Ninguém é contra que quem empreenda tenha a justa recompensa pelo seu esforço. Mas o Brasil não precisa, não deve e não pode ser tão desigual. Esse é o grande acordo que precisa se estabelecer na sociedade brasileira. É em torno desse ideal transcendente de grandeza nacional e de justiça que devem se unir os brasileiros de todas as classes, profissões, origens, condições sociais e credos.
quarta-feira, 5 de julho de 2017
Um projeto de Brasil
Meu novo artigo semanal:
Em relação ao esgarçamento das estruturas republicanas, das mais fraturadas são aquelas que representam o voto popular, por onde a sociedade expressa, bem ou mal, a sua participação nas questões decisivas aos destinos do País.
Já o governo Temer, nascido de uma óbvia conspiração que envolve múltiplos interesses, incluindo a grande mídia hegemônica como agente proeminente, associada aos objetivos de rapina do capital financeiro, do rentismo parasitário, encontra-se absolutamente encurralado pelas suas próprias circunstâncias de ilegitimidade.
As agressões ao regime de Direito Democrático sempre foram uma constante ao longo dos vários períodos das instituições republicanas, inclusive durante esses vinte e oito anos da Nova República, após a promulgação da Constituição de 1988.
Quanto ao constitucional processo de impeachment do presidente da República, tem sido usado várias vezes, muito menos observada a letra da carta magna, e bem mais por razões particularistas de grupos políticos derrotados nos pleitos eleitorais presidenciais.
Criou-se uma cultura, no tecido social, na mídia hegemônica, de que a associação de fatores de natureza econômica, externa e ou interna, com dificuldades, menores ou mais graves, na base de sustentação dos governos são fatores justificáveis para a derrubada do governante.
Assim foi que entronizou-se o ilegítimo Temer, via um leque de poderosos grupos econômicos e políticos que não aceitaram, porque simplesmente não queriam, a reeleição da ex-Presidente.
Formou-se uma espécie de “jurisprudência política” de que qualquer mandatário pode ser apeado do poder conferido pelo voto popular, desde que as circunstâncias assim o permitam.
Carlos Lacerda, justiça se lhe faça, golpista contumaz, conspirador nato, fez escola na política nacional.
No século XXI essa anomalia antidemocrática agravou-se com a revolução midiática, as redes sociais e a alucinógena pós-verdade.
Com a sociedade fragmentada em tempestades de ódios, o País necessita, além da autoestima perdida, do sentimento democrático vilipendiado, de um projeto estratégico de desenvolvimento.
Do sentido elevado de nação e brasilidade, em uma gravíssima crise institucional fruto de crônicos males Históricos que se repetem, como esse golpe do Temer, contrários ao País, ao povo brasileiro.
Em relação ao esgarçamento das estruturas republicanas, das mais fraturadas são aquelas que representam o voto popular, por onde a sociedade expressa, bem ou mal, a sua participação nas questões decisivas aos destinos do País.
Já o governo Temer, nascido de uma óbvia conspiração que envolve múltiplos interesses, incluindo a grande mídia hegemônica como agente proeminente, associada aos objetivos de rapina do capital financeiro, do rentismo parasitário, encontra-se absolutamente encurralado pelas suas próprias circunstâncias de ilegitimidade.
As agressões ao regime de Direito Democrático sempre foram uma constante ao longo dos vários períodos das instituições republicanas, inclusive durante esses vinte e oito anos da Nova República, após a promulgação da Constituição de 1988.
Quanto ao constitucional processo de impeachment do presidente da República, tem sido usado várias vezes, muito menos observada a letra da carta magna, e bem mais por razões particularistas de grupos políticos derrotados nos pleitos eleitorais presidenciais.
Criou-se uma cultura, no tecido social, na mídia hegemônica, de que a associação de fatores de natureza econômica, externa e ou interna, com dificuldades, menores ou mais graves, na base de sustentação dos governos são fatores justificáveis para a derrubada do governante.
Assim foi que entronizou-se o ilegítimo Temer, via um leque de poderosos grupos econômicos e políticos que não aceitaram, porque simplesmente não queriam, a reeleição da ex-Presidente.
Formou-se uma espécie de “jurisprudência política” de que qualquer mandatário pode ser apeado do poder conferido pelo voto popular, desde que as circunstâncias assim o permitam.
Carlos Lacerda, justiça se lhe faça, golpista contumaz, conspirador nato, fez escola na política nacional.
No século XXI essa anomalia antidemocrática agravou-se com a revolução midiática, as redes sociais e a alucinógena pós-verdade.
Com a sociedade fragmentada em tempestades de ódios, o País necessita, além da autoestima perdida, do sentimento democrático vilipendiado, de um projeto estratégico de desenvolvimento.
Do sentido elevado de nação e brasilidade, em uma gravíssima crise institucional fruto de crônicos males Históricos que se repetem, como esse golpe do Temer, contrários ao País, ao povo brasileiro.
quinta-feira, 29 de junho de 2017
O entulho autoritário
Meu novo artigo semanal:
Rejeitado pela maioria dos brasileiros, quase 90% da população, o ilegítimo governo Temer transformou-se em um verdadeiro entulho autoritário, como se falava sobre os atos, legislações e decretos tirados da cartola pelo regime ditatorial, com o intuito de sobreviver à crescente impopularidade perante a opinião pública que o atingia.
Sim, porque o interino ocupante da cadeira presidencial sempre foi na verdade um preposto, ou um capataz, dos interesses de um poderoso consórcio corporativo que promoveu o golpe em curso no País, cujos objetivos centrais estão associados aos interesses do capital financeiro especulativo, do rentismo parasitário.
Associado a uma mídia hegemônica golpista, que já não é mais fonte de informação, mesmo que parcial, transformada no principal partido da nação, com poderes de tipo fascista, combinada ao processo espúrio da globalização do capital parasitário, de uma governança mundial de tipo neoliberal extremada e sectária, responsável, em grande parte, pelas tragédias econômicas, sociais e humanitárias que estão abalando os povos.
Venderam a ideia de que esse modelo corresponde ao novo estágio de uma economia planetária integrada. O que assistimos não é uma inserção da nação em uma economia global, mas a destruição dos pilares centrais das estruturas produtivas brasileiras, a rapinagem da capacidade produtiva erguida desde o governo Getúlio Vargas, que a possibilitou crescer como uma das maiores economias do planeta.
As reformas trabalhista e previdenciária, assalto aos direitos do povo brasileiro, não são reformas mas a entrega de filões aos grupos privados internacionais.
Desejam, através de um Estado de exceção de tipo policial, o que não conseguiram pela via eleitoral, especialmente no auge da doutrina neoliberal nos governos do ex-presidente FHC.
O governo Temer seria o instrumento dessas políticas antinacionais e antissociais, impossíveis de serem levadas a cabo nas circunstâncias de um regime democrático e pelas vias legais do voto popular. Mas a conspirata não deu certo e o governo Temer virou um tremendo lixo autoritário.
Assim é fundamental a constituição de uma ampla frente democrática, em defesa da nação, que supere a farsa golpista e reconduza o País aos caminhos de uma nação democrática, socialmente justa e soberana.
Rejeitado pela maioria dos brasileiros, quase 90% da população, o ilegítimo governo Temer transformou-se em um verdadeiro entulho autoritário, como se falava sobre os atos, legislações e decretos tirados da cartola pelo regime ditatorial, com o intuito de sobreviver à crescente impopularidade perante a opinião pública que o atingia.
Sim, porque o interino ocupante da cadeira presidencial sempre foi na verdade um preposto, ou um capataz, dos interesses de um poderoso consórcio corporativo que promoveu o golpe em curso no País, cujos objetivos centrais estão associados aos interesses do capital financeiro especulativo, do rentismo parasitário.
Associado a uma mídia hegemônica golpista, que já não é mais fonte de informação, mesmo que parcial, transformada no principal partido da nação, com poderes de tipo fascista, combinada ao processo espúrio da globalização do capital parasitário, de uma governança mundial de tipo neoliberal extremada e sectária, responsável, em grande parte, pelas tragédias econômicas, sociais e humanitárias que estão abalando os povos.
Venderam a ideia de que esse modelo corresponde ao novo estágio de uma economia planetária integrada. O que assistimos não é uma inserção da nação em uma economia global, mas a destruição dos pilares centrais das estruturas produtivas brasileiras, a rapinagem da capacidade produtiva erguida desde o governo Getúlio Vargas, que a possibilitou crescer como uma das maiores economias do planeta.
As reformas trabalhista e previdenciária, assalto aos direitos do povo brasileiro, não são reformas mas a entrega de filões aos grupos privados internacionais.
Desejam, através de um Estado de exceção de tipo policial, o que não conseguiram pela via eleitoral, especialmente no auge da doutrina neoliberal nos governos do ex-presidente FHC.
O governo Temer seria o instrumento dessas políticas antinacionais e antissociais, impossíveis de serem levadas a cabo nas circunstâncias de um regime democrático e pelas vias legais do voto popular. Mas a conspirata não deu certo e o governo Temer virou um tremendo lixo autoritário.
Assim é fundamental a constituição de uma ampla frente democrática, em defesa da nação, que supere a farsa golpista e reconduza o País aos caminhos de uma nação democrática, socialmente justa e soberana.
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