quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

As ilusões (neo) liberais

Meu novo artigo:


Ao contrário do senso vulgar da palavra, liberalismo não é ser tolerante e democrata. Porque para se aplicar o liberalismo na vida econômica dos Países é preciso duas coisas fundamentais: destruição do Estado nacional, entrega das suas riquezas financeiras, materiais, muita perseguição contra os que se opuserem à destruição dos direitos trabalhistas e aos patriotas que se insurgem em defesa do País.

Essa é a função do nefasto governo Temer. Aprofundar o avanço do liberalismo no Brasil, que já vem de décadas com a hegemonia do pensamento econômico do Mercado financeiro, dos “financistas” que seguem os cofres de Wall Street.

O liberalismo, neoliberalismo no século XXI, pode ser aplicado de duas maneiras: a autoritária, ortodoxa que age na vida social com base na hegemonia política, financeira, midiática. E conforme a conjuntura mundial, nacional, o neoliberalismo social que significa impor estratégias do Mercado financeiro contra o País, a indústria, agricultura, comércio, a sociedade, através de políticas sociais compensatórias jamais estruturantes.

Porém há a incontornável vida política. Não é preciso ser marxista, militante ou “ativista” para ter como óbvia a frase do líder bolchevique Lenin: “a teoria é a analise concreta da realidade concreta” e suas consequências. O demais é exercício de Academia, que tem seu grande valor.

Política e economia andam juntas como irmãs siamesas. A atividade política é complexa, exige movimentos, acordos, recuos, composições segundo a correlação das forças em disputa pelo poder.

Não há vida fora da política como não existe vida na Lua. Mas é árida essa arte, especialmente com a mídia hegemônica atuando a serviço do Mercado cuja função central é substituir a própria política.

O País vem sendo agredido em seu protagonismo econômico, soberania, atacado pelo Mercado sob a batuta da grande mídia global, que impõe o liberalismo ortodoxo, privatista, antinacional contra a sociedade.

Mas há outra agenda desse Mercado global: a pseudointernacionalista, onde não existe nação, cultura, referências Históricas etc. É o inviável “liberal social progressista neoanarquista” falso cosmopolita e categorias similares. Só ampla união em defesa da nação, democracia, do desenvolvimento, direitos sociais, pode encontrar novos rumos para o Brasil.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Pântano

Meu novo artigo:


Se 83% da população carioca deseja a presença das forças armadas para sua proteção é porque não confia na ação da polícia, já que não resolve o problema da segurança ou talvez por contaminação com os bilionários negócios do narcotráfico, e significa que esse é o espírito de pânico da sociedade, inflada pela campanha de terror midiático promovida pela grande mídia hegemônica global.

O comandante do Exército general Eduardo Villas Bôas, homem de capacidade intelectual, bom senso, prestou depoimento ao Congresso Nacional em 2017 sobre a ocupação das forças armadas no complexo de favelas da Maré, a pedido do governador do Rio, sob as ordens da então presidente Dilma.

Disse Villas Bôas: “Nos 14 meses que lá permaneceram os militares vi crianças, senhoras sob a mira dos soldados que cercavam os narcotraficantes. Estamos em uma sociedade doente. Os militares das forças armadas apontando armas para a população? E depois que saímos o tráfico armado retornou”.

O nefasto Temer, a pedido do acoelhado governador Pezão do Rio decretou intervenção federal, prevista na Constituição, na segurança pública, enviando, de novo, para as favelas cariocas as forças armadas em uma esperta cambalhota política frente à iminente derrota na votação da reforma da Previdência.

As forças armadas hoje são educadas no espírito de respeito à Constituição, ao Estado nacional. Negar-se a cumprir a intervenção é sublevação ou tentativa de golpe como podem achar uns ou outros.

As pesquisas feitas nos Estados da federação atestam que para a sociedade o problema trágico é a segurança pública pelos índices de assaltos e assassinatos ao nível de guerras civis que existem em alguns países, seguido pela saúde, educação, moradia, transportes, emprego.

O Brasil encontra-se com as instituições da República esgarçadas; executivo, legislativo, judiciário numa aguda crise política que já dura 5 anos.

Assaltado pelo Mercado financeiro, privatizações de estatais, quebra dos direitos trabalhistas, dominado por uma mídia global alimentando o ódio estéril, ideológico e histérico de um contra todos, todos contra qualquer um, cevando um pântano fétido.

Vai ficando evidente que esgotou-se um ciclo político no Brasil. É fundamental um novo rumo em defesa da soberania nacional, o desenvolvimento e a democracia. Todas ameaçadas.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Incrível Huck

Meu novo artigo:


A grande mídia global continua a fazer gato e sapato do Brasil. Constrói narrativas sociais e políticas, o ponto e o contraponto sempre em prol do Mercado financeiro, de uma elite predadora contrária aos interesses do povo e do País.

A marcha batida desse sistema de alianças - grande mídia, especuladores rentistas, grupos internacionais, parcelas de uma elite colonizada - está à vista com a desconstrução da nação.

A implosão das instituições democráticas, direitos sociais, privatização das empresas estatais, o desmonte do parque industrial que já vinha aos frangalhos, ameaças à internacionalização da Amazônia com riqueza calculada em 23 trilhões de dólares.

Uma sociedade marcada pela profunda desigualdade, o crescimento brutal da criminalidade e da violência em todos os níveis e contra todos, além de uma juventude massacrada nas periferias.

Nuca se reivindicou com tanta justeza os direitos das mulheres, das minorias, contra as manifestações de racismo. E no entanto cresceram exponencialmente as manifestações de intolerância, fobias, várias delas importadas de outras formações culturais, antropológicas que, mesmo não sendo as nossas próprias heranças e mazelas já conhecidas, foram internacionalizadas a ferro e fogo pela globalização financeira.

O consumo enlouquecido virou o deus da sociedade na ausência de referências a uma nação de 210 milhões de habitantes, como um continente desgovernado. E em meio a essa tragédia encontra-se a grande mídia, a governança da Nova Ordem mundial.

Assomou uma ideologia padronizando as ideias do capital parasitário, não dos indivíduos e da sociedade. O golpe no Brasil que formalizou a cultura do ódio de um contra todos, todos contra qualquer um, é novela que segue adiante.

Eles não pretendem intermediários. É vital a destruição completa da vida política, das instituições democráticas. Daí que surge o incrível Huck ventríloquo perfeito da grande mídia, do Mercado, abonado por Fernando Henrique Cardoso.

A saída para um golpe tão monstruoso clama em outubro pela união das forças progressistas, democráticas e patrióticas através da luta política. De um novo projeto nacional que reaglutine a sociedade frente à ausência de rumos, à dispersão geral, escabrosos abismos sociais, em defesa do Brasil e do desenvolvimento. É uma corrida contra o tempo.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Outros tempos

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Em 1963 a comédia norte-americana Deu a Louca no Mundo, em inglês It’s a Mad, Mad, Mad, Mad World do diretor Stanley Kramer foi sucesso de bilheteria no Brasil e em todo o mundo, transformando-se num clássico.

Trata-se de uma história hilária sobre pessoas que ficam sabendo de uma fortuna roubada por gângsteres que sofrem um acidente automobilístico fatal em uma estrada, deixando um mapa do dinheiro enterrado.

Daí que várias pessoas, famílias, indivíduos, policiais, iniciam uma tresloucada corrida, atravessando de carro metade dos EUA para ver quem se apoderaria do butim escondido.

Comparado ao tempo atual é um filme suave, ingênuo como quase tudo da época, mesmo com as sombras da Guerra Fria ameaçando o planeta, os golpes de Estado etc.

Hoje podemos afirmar que a ofensiva insana do rentismo parasitário vem promovendo uma verdadeira epidemia global de loucuras e terror, especialmente após a crise financeira em 2008.

Alguns Países como a China, Rússia, que mantiveram ou reconquistaram a soberania sobre seus interesses nacionais, adequaram-se aos outros desenhos da Nova Ordem mundial, tornaram-se atores de 1a grandeza na emergência do novo cenário geopolítico mundial.

Esses tempos atuais são distintos da bipolarização mundial da Guerra Fria. O País que não é dono do próprio nariz vira refém é da agenda da banca financeira global.

Já nos EUA a candidata Hillary Clinton que representa os interesses dos altos executivos de Wall Street, de grande parte das celebridades do show business, foi derrotada por Donald Trump, um destemperado bilionário eleito pelo americano endividado, sem esperanças, desempregado, casa hipotecada, longe do glamour da vida milionária, dos holofotes de Hollywood. Em séria crise, os EUA fraturaram ao meio.

Porém nesse novo cenário falta um ator que é o quinto maior País do planeta, detém papel geopolítico estratégico, imensas riquezas naturais e aos trancos e barrancos é a sétima economia mundial: o Brasil.

Mas o Brasil foi imobilizado pela hegemonia do capital rentista, a desqualificação e fragmentação do Estado nacional, a ausência de um projeto de desenvolvimento ousado, competitivo, tanto interno como externo. A centralidade do protagonismo geopolítico brasileiro, o desenvolvimento econômico são os desafios incontornáveis que temos pela frente.