A grande mídia hegemônica, em suas poucas variantes, possui
um currículo invejável e com raríssimas exceções detém a marca invejável de ter
participado de todas as conspirações contra a legalidade constitucional da
História contemporânea do País.
Em período recente movimentou-se febrilmente contra o
governo popular, nacional desenvolvimentista de Getúlio Vargas em 1954, aliada
às forças mais retrógradas, alinhadas aos setores subordinados à opção da
dependência irrestrita econômica, geopolítica brasileira.
Apoiaram, em outras épocas, a nefasta teoria de Gobineau,
misto de antropólogo, sociólogo, diplomata francês, que armado de falsas teses
científicas, alardeava aos quatro cantos do mundo que o Brasil por condição de
nação tropical, infestado de doenças típicas do clima, associado a uma
mestiçagem promíscua de raças: negros, índios, europeus, estaria condenado ao
subdesenvolvimento inevitável.
Daí empalmaram a surreal ideia, junto a intelectuais colonizados
da época, do embranqueamento nacional através de ondas maciças de imigrantes
europeus como atenuante aos “nossos males de origem”, e apesar de condenados
pela nossa formação antropológica, as coisas podiam ser ao menos minimizadas.
Superado tamanho disparate científico agarram-se a outros
temas como a destinação do nosso eterno purgatório à dependência econômica
estrutural por razões de grande atraso em nosso salto ao desenvolvimento
capitalista moderno que com muita sutileza, duvidosa sofisticação acadêmica foi
recauchutada pelo “príncipe da sociologia brasileira” o ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso.
No período autoritário de 1964 a mídia oligárquica promoveu,
como vanguarda do retrocesso, o arbítrio em curso ao lado de vários setores das
elites civis do País.
Produziram uma falsa revisão de suas posições da época mas a
verdade é que além de crescerem espetacularmente no período ditatorial de 21
anos suas intenções jamais foram de autocrítica, pretendem continuar na senda
autoritária de um cosmopolitismo subalterno que nunca abandonaram.
Hoje mais uma vez agem contra a legalidade constitucional, a
democracia, os interesses da nossa soberania, o desenvolvimento efetivo do
País. Urge, além da luta pela sagrada liberdade de opinião e expressão, intensa
defesa da Constituição e da nação, ameaçadas.