Os atentados terroristas
em Paris na sexta-feira (13/11) “merecem o repúdio generalizado como crime
abominável de lesa-humanidade... e mostram os perigos a que está exposta a humanidade”
afirmou com justeza em nota oficial a direção nacional do PCdoB.
É fundamental
identificar as causas desse barbarismo fanático de grupos fundamentalistas que
atuam como se fossem uma espécie de franquia do ódio e violência doentios.
Cabe às nações que
defendem a democracia, a soberania dos povos, a sensatez como diplomacia nas
relações entre os indivíduos, sociedades, o combate a esse fenômeno brutal,
repugnante.
Antes da primeira guerra
do Golfo não existiam grupos terroristas que merecessem maiores preocupações
dos órgãos de inteligência na Europa, Estados Unidos e no mundo ocidental.
Com a política de
incentivar o caos no Afeganistão, sob o governo do presidente norte-americano
Jimmy Carter, começou-se a fecundar o “ovo da serpente” através de um líder
oriundo de uma milionária família saudita do petróleo, promovido a insurgente
mor contra o Estado afegão. Seu nome, depois mundialmente conhecido, Osama Bin
Laden, chefe da organização terrorista Al Qaeda.
Recentemente procurando
estender o controle geopolítico sobre a Líbia, Iraque, Irã, destituir o governo
de Assad na Síria, outra vez os EUA apoiaram uma organização brutal, terrível,
o Estado Islâmico.
Os incentivadores desses
grupos fanáticos perderam o controle sobre eles e desde 2001 a humanidade
passou a conviver com dantescas ações de terror como o ataque contra as Torres Gêmeas
em Nova York.
As ações criminosas em
Paris resultam desse contexto, assim como a explosão do metrô em Madri anos
atrás, e atentados ignominiosos no Oriente Médio, África etc.
As consequências de tudo
isso tem sido o horror que ameaça as nações, a fragmentação do Oriente Médio,
do continente africano, banhados em sangue, o flagelo social de milhões de
refugiados rumo à Europa principalmente.
Tanto como é óbvia a
crise sistêmica da Nova Ordem mundial, a presença do fascismo na Europa como
força crescente, do ideário autoritário no mundo. O Brasil deve manter firme
repúdio ao terrorismo, a defesa do Estado de Direito, da democracia, da
soberania nacional, e acautelar-se em um cenário que aderna perigosamente para
sérias tensões geopolíticas globais.
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