Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão, no Tribuna do Agreste, no Santana Oxente e no pcdobalagoas.org.br:
A luta política no Brasil chegou a temperaturas elevadas em consequência do intenso confronto que já se estende desde as eleições presidenciais de 2014. E de lá para cá intensificou-se um agressivo movimento nitidamente conservador contra a legítima manifestação saída das urnas com a reeleição da presidente Dilma para um segundo mandato à frente da nação.
Caracterizado como uma espécie de um falso terceiro turno eleitoral, assumindo, ao longo dos meses que se seguiram, facetas de conteúdo golpista, porque contrário à legalidade constitucional, democrática, convergindo para uma batalha política assemelhada a outros episódios recentes da nossa jovem República como as ações contra os presidentes Getúlio, Juscelino, João Goulart etc.
Mas que também serve ao processo de amadurecimento da consciência das grandes maiorias que compõem a sociedade brasileira que, óbvio, só aprendem através da própria experiência, em cenários de fortes embates onde se conflitam interesses econômicos, financeiros, de reduzidos estamentos contra os anseios mais profundos do Brasil.
Ao longo dos 27 anos da promulgação da Carta Magna, todas essas tempestades além de por em prova a Constituição, com suas virtudes e defeitos, vão testando os alicerces do mais longo período de legalidade, democracia, na vida do País.
Porque é essa a questão central: o interesse primordial de uma nação independente, a indeclinável liberdade política para que as maiorias sociais exerçam o seu protagonismo de construtoras do seu destino, associado a um projeto de desenvolvimento estratégico.
Na verdade o capital financeiro global, associado a interesses forâneos, à mídia hegemônica e grupos retrógrados jamais aceitaram em nossa recente História republicana a ideia do povo brasileiro exercer o seu real papel de ator de primeira grandeza como cidadãos e patriotas.
O quadro institucional do País é muito grave. Mas é preciso entender a formação do povo brasileiro, seu amor tantas vezes comprovado às mais amplas liberdades, que se expressa mais uma vez em intensa mobilização nas ruas em defesa da democracia, contra qualquer ação autoritária.
Por isso, é que vivemos momentos decisivos para o futuro da nossa jovem democracia, o destino de nação soberana, protagonista, solidária no cenário geopolítico internacional.
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