quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Tragédia humana

Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão, no Tribuna do Agreste, no Santana Oxente e no pcdobalagoas.org.br:


Além dos efeitos da crise capitalista da Nova Ordem Mundial da financeirização parasitária da economia global que avançou sobre as nações de forma hegemônica desde a década de 90 passada, assiste-se no presente outro fenômeno de proporções dantescas.

Trata-se das gigantescas ondas de refugiados, não confundir com imigrantes legais ou ilegais, que acorrem ao continente europeu provenientes de Países devastados por guerras brutais na África e Oriente Médio.

Assim somam-se na atualidade situações com efeitos colaterais dramáticos e uma debacle na economia internacional, provocando a ruína das nações, o desemprego massivo, especialmente entre as camadas jovens dos trabalhadores, associada à precarização dos diretos trabalhistas arduamente conquistados durante os últimos 70 anos.

Apesar da abrangência mundial da atual crise capitalista ela vem atingindo especialmente os Países do primeiro mundo, mas a Europa com particularidades.

Em que pese o poder da mídia oligárquica, ligada às forças do Mercado Financeiro, orientada pela liderança do complexo imperial anglo-americano, já não é mais possível, apesar das tentativas, esconder nem os efeitos da decadência econômica mundial em curso, muito menos o que já se mostra como algo sem precedentes na História contemporânea.

Afirma o jornalista Mauro Santayana “Não tivesse ajudado (ou coonestado) a invadir, destruir, vilipendiar, países como Iraque, Líbia e Síria; não tivesse equipado com armas e veículos, por meio de suas agências de espionagem, os terroristas que deram origem ao Estado Islâmico, para que estes combatessem Kadafi e Bashar Al Assad, não tivesse ajudado a criar o gigantesco engodo da Primavera Árabe, prometendo paz, liberdade e prosperidade, a quem depois só se deu fome, destruição e guerra, estupros, doenças e morte, nas areias do deserto, entre as pedras das montanhas, no profundo... das águas do Mediterrâneo”,  a grande maioria dos governos europeus “não estaria às voltas com uma crise humanitária... só comparável aos grandes deslocamentos humanos que ocorreram no fim da 2a Guerra Mundial”, diz o jornalista.

Um cenário global que exige do Brasil solidariedade ativa, muita lucidez, vigorosa luta pela soberania nacional, liberdades democráticas, integridade territorial, num contexto geopolítico dramático.

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