Os fatos recentes mostram claramente o agravamento da crise
capitalista internacional desta nova etapa iniciada em 2008 nos Estados Unidos,
estendendo-se aos Países do primeiro mundo, depois espalhando-se por todo o planeta.
A depreciação do Yuan, a moeda chinesa, ao que parece foi
instrumento de movimento ao caráter externo diante dos abalos sistêmicos
econômicos globais, e ao mesmo tempo como estratégia interna em decorrência de
inflexões nas políticas de longo prazo do crescimento econômico da China.
De todo modo as reservas das riquezas monetárias chinesas
são gigantescas. A dimensão do seu papel na economia global, especialmente no
curso dessa crise estrutural capitalista geral, revela-se com a repercussão
internacional de seus movimentos estratégicos em vários campos, especialmente
das finanças, provocando verdadeiros cataclismos nas principais bolsas de
valores do mundo.
Diante das medidas chinesas, de defesa e ofensiva no quadro
da crise capitalista global, avulta-se o traço da debacle das finanças
capitalistas, elevam-se os elementos de decadência da Nova Ordem mundial do
modelo neoliberal imposto como sistema, doutrina econômica há mais ou menos
três décadas atrás.
A realidade vai desenhando novas e dramáticas tensões como ações
bélicas dos Estados Unidos numa tentativa de manter a hegemonia unipolar
conquistada na década de 90 passada.
A cada movimento do complexo industrial-financeiro-militar-midiático
mundial afloram cruentos conflitos num inusitado cenário de regressão
civilizacional como há muito não acontecia.
As sistemáticas ondas de refugiados que rumam à Europa, como
destino de fuga das guerras desencadeadas no Oriente Médio, África, mas não unicamente,
desnudam a tragédia humanitária, e associadas ao desemprego em massa no velho
continente, revelam uma convulsão sem precedentes na época contemporânea.
Surgem movimentos neofascistas, usados pelo capital
financeiro em tempos de crise, açodados pelo que há de mais obscuro nos
continentes inclusive na América Latina com objetivo de sustar anseios de
progresso e liberdade dos povos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário