O momento institucional pelo qual atravessa o País continua
instável e grave.
Além disso há elementos na conjuntura que indicam fraturas
no seio das forças da oposição conservadora, na medida em que segmentos
raivosamente de direita e extrema direita intensificam o discurso e ações com
vistas ao golpe contra as instituições democráticas da nação.
É nesse contexto que surgem estas fissuras entre as camadas
políticas conservadoras, pró mercado financeiro, de feição nitidamente
neoliberal. Porque é evidente que não havendo qualquer base jurídica indicativa
ao impedimento constitucional da presidente da República, por mais que as
manchetes da mídia oligárquica tenham sofregamente aventado, a ação sectária de
alguns agrupamentos políticos passa objetivamente à conspiração, à ruptura da
ordem democrática, da legalidade constitucional.
O combate à corrupção, que todos os brasileiros ciosos do
destino do País anseiam, passou ao largo, emerge claramente a bravata
ideológica neofascista, consciente por parte de alguns, inadvertidamente por
outros, contaminados pelo ódio desencadeado nos últimos meses através de
intensa campanha via grande mídia hegemônica.
Também chama atenção certo recuo, não se sabe se temporário
ou não, de extratos da grande mídia passando ao discurso de visível cautela em
relação às chamas da radicalização incontida, hesitantes ao movimento pela
deposição da presidente Dilma.
Sintomaticamente grupos da grande mídia monopolista mundial,
como o NY Times e o Financial Times, alertam para o que seriam erros da onda
golpista em curso por forças retrógradas no Brasil, deduzindo-se que tais ações
seriam prejudiciais aos investimentos estrangeiros, inclusive norte-americanos,
por motivos geopolíticos além da crise capitalista. O País é a 7a
economia do planeta.
Outro vértice da tensão interna inclui a retomada do
crescimento econômico da nação, incompatível com as altas taxas de juros que
beneficiam o capital especulativo global, únicos que estão auferindo lucros
estratosféricos em plena crise econômica do País.
Aos democratas, patriotas, progressistas é essencial
firmeza, amplitude política na defesa do mandato da presidente da República, da
legalidade constitucional, de iniciativas consequentes à retomada do
desenvolvimento econômico do Brasil.
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