Muro de mais de 1.000 Km na fronteira entre México e EUA. As cruzes do lado mexicano lembram aqueles que foram mortos ao tentar ultrapassá-lo. |
Em Novembro completaram-se 25 anos da queda do Muro de
Berlim. Bem mais que uma imagem histórica, esse acontecimento, visto ao vivo no
mundo inteiro, marcou o início de um tempo consagrado por pelo menos dois
fatores determinantes: a hegemonia absoluta da Nova Ordem mundial e a
consolidação em escala global do neoliberalismo como doutrina em nível
planetário.
Assim, os Estados Unidos, associados à Grã-Bretanha,
iniciaram uma ofensiva avassaladora não somente contra o campo socialista, como
também procuraram varrer do mapa o chamado Estado de Bem Estar Social que
representou, até então, o capitalismo com pesados investimentos sociais em
contraponto ao socialismo.
Na prática as políticas neoliberais foram aplicadas desde o
período Margareth Thatcher, primeira-ministra britânica, que governou o Reino
Unido de 1979 a 1990, conhecida como a dama de ferro, cuja marca principal foi
o desmantelamento dos direitos trabalhistas conquistados após o final da
Segunda Guerra Mundial em 1945.
Mas foi em 1989 que as estratégias neoliberais se estenderam
definitivamente pelo planeta através do chamado Consenso de Washington, onde uma
série de medidas assumiram práticas impositivas aos demais Países, inaugurando
a predominância do Mercado financeiro em dimensão planetária, sob a guarda
pretoriana dos EUA. O mundo unipolar.
Período brutal seja pela destruição de conquistas sociais ou
pelas guerras de rapina que se espalharam pelos continentes.
A desregulamentação do capital financeiro avançou sobre os
diretos dos trabalhadores, Estados nacionais, provocou crises capitalistas
estruturais permanentes.
A divinização da mercadoria, a coisificação do indivíduo, o
presente contínuo alienante, a criminalização da luta política, a hegemonia
global da mídia transformaram-se em leis objetivas “normais”.
O surgimento dos BRICS iniciou a transição a outra realidade
global multipolar mais democrática, daí os ataques sistemáticos contra esses Países,
a guerra ideológica que os agride, e ao Brasil.
O neoliberalismo impôs valores ideológicos pragmáticos, culturais regressivos indicando que a batalha é travada multilateralmente em defesa da emancipação social dos povos, da soberania nacional, a humanização das coletividades atônitas, das utopias realizáveis, essenciais aos indivíduos, às sociedades.
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