Quando o ex-candidato à presidência Aécio Neves declara que
foi derrotado por uma coalizão suspeita, o que ele está pregando, sem
subterfúgio, é o golpe de Estado, e como estão dizendo por aí, “depois a gente
vê como faz” para empalmar o poder.
A criminalização da política, sob pretexto do combate à
corrupção, sempre foi a senha para conspurcar a vontade da soberania popular em
todo mundo, enquanto no Brasil transformou-se num disco de vinil ou um CD
arranhado em que a agulha ou o laser já não consegue sair do mesmo lugar.
Assim foi com o “mar de lama” contra Getúlio Vargas em 1954,
a cantilena orquestrada desde os EUA, através da operação Big Brother para
depor João Goulart, fartamente documentada, filmada, divulgada depois pela
imprensa, inclusive norte-americana.
Nesses casos, além de outros menos votados, essa conspiração
foi montada por segmentos poderosos do capital financeiro associados à grande
mídia, setores reacionários que preferem o limbo, o arbítrio, para promoverem
tranquilamente a pajelança geral, o saque do patrimônio nacional.
Após a reconquista democrática os conspiradores
transformam-se em defensores da legalidade constitucional desde criancinha, a
grande mídia oligárquica robustecida pelas benesses da impunidade, volta a
posar como falsa paladina das liberdades políticas, dos Direitos Humanos
violados.
O teatro montado, com apoio da grande mídia, contra o PLN
36/2014 em tramitação no Congresso, que beneficia a retomada do desenvolvimento
do País, adverso aos interesses do capital rentista, deve ser visto no cenário
do caos almejado.
Há movimentos em curso contrários aos interesses nacionais,
a integridade territorial, nossas riquezas naturais, financeiras. Essa é a
questão central.
Sabem que o País luta para alcançar seu protagonismo
internacional na transição a um mundo multipolar, democrático, junto aos BRICS.
Os setores retrógrados, derrotados, berram pelo golpe
militar. Mas as Forças Armadas vêm demonstrando clareza sobre os desafios
estratégicos do Brasil no século XXI, a defesa da pátria nesse novo cenário
geopolítico global decisivo ao País. Não será por aí que os anseios golpistas
vão prosperar.
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