Neste segundo turno eleitoral há uma radicalização das manifestações de opiniões contra Dilma Rousseff, insufladas por uma campanha de ódio ideológico através da grande mídia oligárquica.
Na medida em que
avança sua candidatura, aumentam leituras preconceituosas, racistas, sobre a
base social de apoio a Dilma, acerca do modelo constitucional em pleno vigor no
País.
Âncoras da grande
mídia vociferam que o Brasil transformou-se num tipo de regime bolivariano da
Venezuela.
A resistência do
povo venezuelano em sua luta contra as velhas elites predadoras nativas, às
ameaças dos EUA às suas fabulosas reservas petrolíferas tem nossa solidariedade.
Mas as
características históricas, econômicas, políticas, sociais entre o Brasil e a
nação irmã são distintas.
O que há mesmo no
Brasil é a disputa eleitoral entre um modelo de desenvolvimento econômico
soberano com investimentos sociais e o neoliberalismo dogmático defendido por
Aécio Neves apoiado em editorial pelo The Economist, jornal do capital rentista
inglês.
Em contraponto ao
apoio do capital financeiro, grande mídia hegemônica, há o pleno exercício da
soberania popular, da luta política. Alguns indagam onde estão os jovens manifestantes
de 2013, das tempestades de ansiedades difusas, depois instrumentalizadas pela
grande mídia.
Hoje eles estão é na campanha eleitoral em meio a apaixonados debates, elevado nível de discussão política, na peleja sobre os rumos do País.
Dizer que os eleitores
de Dilma não têm nível superior, de baixa renda, desinformados, é óbvio
preconceito de classe. Eles se encontram em todos extratos da sociedade. E
Dilma tem sim imenso apoio nas grandes maiorias com autoestima elevada pelos
avanços sociais.
Há grupos
conservadores que anseiam por algo semelhante a uma nova fórmula digital da
República Velha, derrotada pela Revolução de 1930 que aboliu o voto exclusivo
de bico de pena, aristocrático, de alta renda, de propriedade, assegurou o voto
universal, secreto, voto feminino, com avanços garantidos na atual Constituição
brasileira.
A eleição presidencial
mostra as lutas políticas, sociais, democráticas em um Brasil da sétima economia mundial, na emergência de dezenas de milhões de pessoas ao pleno exercício da cidadania, o direito legítimo de decidir sobre seu futuro, o projeto político do País.
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