A Escócia realizou um plebiscito para decidir se tornava-se
independente do domínio inglês, cujo resultado mostrou que o povo escocês
resolveu, por apertada maioria, continuar sob o jugo britânico.
David Cameron, 1o ministro inglês, afirmou que
“esse negócio de independência tem se mostrado negativo para quem a reivindica”.
Falso, bastam-nos os exemplos dos Estados Unidos, Índia,
Austrália, Canadá, África do Sul, ex-colônias do então poderoso império
britânico cujo lema era: o império onde o sol nunca se põe.
Mas na Escócia ganharam os partidários do Não à autonomia,
com um festivo bandeiraço, carreata nas ruas de Edimburgo, regada ao legítimo whisky
escocês e à excelente cerveja escura de lá.
A Escócia entendeu abdicar, alegremente, da própria
soberania, algo só crível nos tempos de domínio do “Mercado” financeiro, da
Nova Ordem mundial.
Trata-se de um fato na contramão das lutas pela libertação
nacional, social, que se agigantaram no século XX e continuam dramaticamente
atuais.
O império britânico ruiu fisicamente mas continua,
subalterno aos Estados Unidos, dando as cartas no mundo das finanças
especulativas cujas sedes são a City em Londres e Wall Street em Nova Iorque,
junto à grande mídia global, maior complexo de comunicação, de subjugação
ideológica de todos os tempos.
Daí saem as decisões do capital rentista contra países
soberanos, incursões militares pelos continentes, gerando uma das maiores
carnificinas da História, definida pelo insuspeito Papa Francisco I como “a Terceira
Guerra Mundial de tipo fragmentada”.
São promotores da governança global, da agenda cultural hegemônica
via grande mídia e sucursais regionais. Agem para subverter a autonomia das nações, sua
desestabilização, cujo alvo central são os BRICS.
A assaltar riquezas naturais, privatizar Bancos Centrais,
destruir conquistas trabalhistas, imiscuir-se na vida política dos Países.
Nas eleições presidenciais do Brasil, Wall Street, a City,
têm, abertamente, candidato. Apostam, via grande mídia, até agora, em Marina
Silva, que tem laços estreitos com essa agenda econômica, cultural, ideológica.
O povo brasileiro, que nunca teve vocação para vassalagem,
abdicação da soberania, deverá travar imensa luta política, eleitoral pela
vitória de Dilma Rousseff em 5 de outubro.
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