O Brasil é uma nação que tem se defrontado sistematicamente
com o desafio de afirmar o seu presente, travando uma luta épica em defesa do
seu futuro como processo civilizatório avançado, progressista, singular, herdeiro
de uma dolorida, sofrida, jovem trajetória histórica, porém extremamente rica,
desbravadora.
Encruzilhada que não é privilégio nosso, existe na maioria
dos Países, atropelados por uma involução das esperanças coletivas, individuais
semeada pela Nova Ordem mundial.
O Consenso de Washington, que inaugurou a primazia da
centralização do capital financeiro, essencial às contrarreformas neoliberais,
mergulhou grande parte da humanidade numa espécie de desconstrução dos grandes
valores humanistas que surgiram após a catastrófica 2a Guerra Mundial.
O que se tornou hegemônico foi o “Mercado” financeiro, o fenômeno da grande
mídia absolutista, a glorificação da mercadoria, a cultura da celebridade vazia,
a apologia ao imediatismo, do aqui, agora, a negação da solidariedade social,
individual.
A superação dessa adversidade dá-se através da luta
política, a elevação da consciência dos povos oprimidos por brutal concentração
social da riqueza em mãos do capital rentista, da grande mídia que não informa,
constrói ela própria sua esquizofrênica realidade, cria o fato e a réplica do
fato, promove a agenda que convém a esse capital.
A realidade dos BRICS tem sido o principal alento como
alternativa, superação dessa extorsão social, econômica, ideológica contra as
nações, sociedades. As eleições no Brasil são parte essencial dessa gigantesca peleja.
Assim, a candidatura de Aécio, PSDB, é no fundo, a volta às
práticas neoliberais ortodoxas do período de FHC.
Já Marina, vinculada ao fundamentalismo do “Mercado”,
insinua-se como o novo no cenário mas representa, publicamente, a velha
política do capital financeiro, da grande mídia hegemônica.
Suas metamorfoses programáticas, quase diárias, não são ao
acaso, refletem o pragmatismo mais vulgar com vistas a confundir a opinião
pública além de contrárias aos interesses nacionais, populares.
Para enfrentar forças tão poderosas, torna-se óbvia,
necessária, a crescente, intensa politização da campanha, que fortaleça a
organização social decisiva à vitória de Dilma Rousseff nas eleições de 5 de outubro.
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