Em meio ao ódio ideológico,
intimidação, que envolvem as eleições presidenciais sempre é bom o esforço para
refletir sobre o que está em jogo em 5 de outubro.
As eleições no Brasil
possuem significado estratégico. Trata-se dos rumos da sétima economia mundial,
nação com dimensões continentais, imensas riquezas naturais renováveis ou
perecíveis como o petróleo, ainda a principal fonte de energia, combustível
existente.
Cuja população passa de
200 milhões de habitantes, incorpora pelas dimensões geográficas, capacidade
industrial, cultural, diplomática, geopolítica, liderança regional, crescente
protagonismo mundial através dos BRICS.
Quando na década de 80 a
desregulação financeira tornou-se hegemônica nos Estados Unidos, na economia
global, consolidou-se o domínio do rentismo, gigantesca centralização do
capital financeiro, das contrarreformas neoliberais.
Provocando nova crise
sistêmica na economia capitalista, o reinado da especulação em detrimento dos
investimentos em áreas produtivas.
A grande mídia associada
a essa financeirização fez-se absoluta tendo como resultante a consolidação do
chamado pensamento único da governança global, ensejando grave crise
civilizacional.
Mas o surgimento dos
BRICS passou a demandar outra ordem mundial, a multipolaridade econômica, o
retorno aos investimentos produtivos, em infraestrutura, na distribuição da
riqueza social concentrada pelo capital especulativo, que tem na política
externa dos EUA sua guarda pretoriana.
A candidatura de Aécio
Neves, PSDB, representa oxigênio às políticas neoliberais, o Estado nanico,
arrocho fiscal, iniciadas nos governos FHC.
Já Marina, apoiada por
um dos maiores bancos do País, com uma falsa “nova política”, e sua “democracia
direta” (traduz-se como aversão pelas organizações sociais, sindicais)
define-se como o “novo” mas, na verdade, representa de fato a agenda do
“Mercado”.
Esse “Mercado” financeiro
e a grande mídia desejam há tempos anular a consciência social, a
insubstituível luta política, o único caminho ao exercício da soberania
popular.
Assim como conquistar o
poder central, impor as estratégias neoliberais, o Estado mínimo, privatizar o Banco Central.
Daí, a brutal ofensiva
contra a reeleição de Dilma Rousseff. Pelas óbvias razões antagônicas é
decisiva a sua vitória.
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