Nos tempos atuais a informação atingiu uma escala de poder, hegemonia sem precedentes desde o século vinte, uma opinião de classe imposta por centros difusores internacionais baseados nos Estados Unidos da América e na Grã-Bretanha que se encarregam de espalhar ao mundo, ao Brasil, a “notícia do momento”, a opinião política, a ideologia cultural do mercado globalizado.
Fenômeno que só
pôde acontecer em virtude do intenso processo de expansão, concentração do
capital financeiro a partir da Nova Ordem Mundial, da relativização da
soberania dos Estados nacionais, das organizações internacionais outrora
sustentadas por pactos fundados em equilíbrio de forças que já não mais
existem.
Essas instituições
que adquiriram credibilidade após a Segunda Guerra Mundial foram capturadas
pelas novas condições geopolíticas surgidas no fim dos anos noventa e se
transformaram em uma espécie de correias de transmissão dos interesses de uma
única potência mundial do grande capital financeiro, referendando lucros
estratosféricos e aventuras bélicas.
O que possibilitou
a esse capital um espetacular domínio do planeta uniformizando hábitos e modos
antes diferenciados pela diversidade das formações históricas, antropológicas,
nacionais, regionais, um poder sem precedentes na História, determinando
códigos, regras, leis, constituindo na prática uma espécie de governança global
oficiosa.
Garantindo os
interesses do mercado que instituiu padrão único de consumo, as variações são
ditadas por alguns cartéis internacionais que impõem e combinam os preços das
mercadorias, a cidadania das pessoas relativizada ou mesmo subtraída.
Com o
fortalecimento dos BRICS, Brasil, Rússia, Índia, África do Sul e China que em
poucas décadas transformou-se na segunda economia mundial, nascem as condições
de um cenário internacional diferenciado ao tempo que eclode uma nova crise
estrutural do capitalismo, dos seus mecanismos desvairados, delirantes de
especulação.
A Nova Ordem envelheceu, entrou em decadência, com inquestionáveis traços de selvageria, totalitarismo, agressão às nações, aos povos etc. O grande desafio das forças patrióticas, progressistas, inclusive no Brasil, é de encontrar caminhos para a transição a um outro modelo de sociedade que reafirme a soberania das nações, um regime social avançado empenhado no efetivo desenvolvimento das potencialidades humanas coletivas e individuais.
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