Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão, no Almanaque Alagoas, no Tribuna do Agreste e no Santana Oxente:
Entre os mais difundidos discursos da atualidade, através da grande mídia hegemônica internacional, encontra-se sem dúvida o movimento ambientalista fundamentalista propagando aos quatros ventos o preconceito da antropofobia, verdadeira aversão às sociedades e à espécie humana.
Partindo de um tema auto-justificável e generoso essa corrente política ideológica divulga um verdadeiro pavor ao progresso humano, ao desenvolvimento econômico e social das nações, especialmente aquelas em vias de desenvolvimento como é o caso do Brasil.
Não foi por acaso que a ex-senadora Marina Silva recebeu alta homenagem durante a abertura dos jogos olímpicos de Londres. A casa real britânica e os Estados Unidos têm sido os grandes divulgadores midiáticos, ideológicos, financeiros, dessa cruzada contra os Países de crescimento histórico retardado especialmente os BRICS, Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul.
Imbuídos de típica atitude colonialista, EUA e Grã Bretanha consideram que não há mais espaços para o desenvolvimento econômico, aumento da qualidade de vida, usufruto das conquistas científicas, tecnológicas para a humanidade. Essas devem se restringir ao que já está consolidado entre as sociedades do primeiro mundo.
Mas as grandes dívidas ambientais do Brasil possuem origem inicial nas desigualdades sociais agudas como é o caso, por exemplo, de Maceió que viu crescer em poucas décadas mais de 300 favelas na periferia, assim como na maioria das cidades do País, onde se encontram indivíduos sobrevivendo de atividades irregulares.
Essas favelas são erguidas em áreas ambientais frágeis, no caso de Maceió principalmente em grotas e encostas típicas da geomorfologia da cidade por onde correm os rios em direção ao oceano, combinando habitações miseráveis, esgotos a céu aberto, intensa degradação ambiental onde vive a maioria da população da capital, desprovida de condições fundamentais ao gozo da cidadania.
As nossas urgências ambientais se encontram associadas às questões elementares ao direito de uma vida digna, ainda ausente para as grandes maiorias, apesar do crescimento econômico dos últimos anos.
Atravessamos a fronteira do novo milênio com os pressupostos tecnológicos de uma sociedade contemporânea mas carregando males de injustiças sociais seculares e o grande desafio será modificar essa realidade que limita o desenvolvimento, constrange a nação.
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