sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O Brasil e a crise global

Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão, no Almanaque Alagoas, no Tribuna do Agreste e no Santana Oxente:


A crise econômica internacional continua se aprofundando, ampliando o espectro de vítimas entre as nações, populações, trabalhadores, jovens, aposentados, levando a recessão aos quatro cantos do mundo tendo como olho do furacão os Estados Unidos e a Europa.

O Brasil apesar de não se encontrar em situação dramática também foi atingindo por esse furacão financeiro, cuja consequência mais exposta tem sido a sistemática redução do crescimento econômico do País e a decorrente diminuição do PIB nacional, o produto interno bruto, a soma das suas riquezas produzidas.

É verdade também que os males que afligem o potencial do crescimento nacional possuem outras variáveis além da crise capitalista global, encontram-se ainda no modelo adotado nos últimos anos baseado principalmente no forte incentivo ao consumo da população.

Essa política de emergência tem servido como contenção às sucessivas ondas recessivas da economia mundial mas não vai resistir por muito tempo às investidas depressivas do cenário econômico internacional porque a capacidade de consumo da população tem limites e caminha para a saturação através do endividamento dos cidadãos.

Assim torna-se urgente ao País a adoção de políticas de crescimento através de fortes investimentos em infraestrutura de caráter estratégico como rodovias, portos, ferrovias, siderurgia, novas tecnologias nas áreas de produção dos setores público e privado etc.

É fundamental um gigantesco esforço para a recuperação, renovação dos setores da saúde, educação, formação de mão de obra qualificada, prioridades em ciência e tecnologia, condições decisivas para um novo projeto nacional de desenvolvimento que possibilite ao País alcançar outro patamar entre as nações no novo milênio.

Quanto à crise mundial ela reflete entre outras coisas que o sistema financeiro internacional não pode mais manter incólumes os mecanismos de brutal especulação, concentração do capital em detrimento das esperanças e dignidade da maioria das nações e da humanidade.

Nem os Estados Unidos continuar impondo os desígnios imperiais através do seu complexo industrial militar, da emissão tresloucada do dólar para financiar ambições geopolíticas por territórios, riquezas estratégicas, intimidando a paz e os povos. O descontrole do capital global, os delírios imperiais dos EUA, são, em perspectiva, graves ameaças ao Brasil.

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