quinta-feira, 23 de outubro de 2014

O Brasil soberano

Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão, no Tribuna do Agreste, no Santana Oxente e no pcdobalagoas.org.br:


Neste segundo turno eleitoral há uma radicalização das manifestações de opiniões contra Dilma Rousseff, insufladas por uma campanha de ódio ideológico através da grande mídia oligárquica.

Na medida em que avança sua candidatura, aumentam leituras preconceituosas, racistas, sobre a base social de apoio a Dilma, acerca do modelo constitucional em pleno vigor no País.

Âncoras da grande mídia vociferam que o Brasil transformou-se num tipo de regime bolivariano da Venezuela.

A resistência do povo venezuelano em sua luta contra as velhas elites predadoras nativas, às ameaças dos EUA às suas fabulosas reservas petrolíferas tem nossa solidariedade.

Mas as características históricas, econômicas, políticas, sociais entre o Brasil e a nação irmã são distintas.

O que há mesmo no Brasil é a disputa eleitoral entre um modelo de desenvolvimento econômico soberano com investimentos sociais e o neoliberalismo dogmático defendido por Aécio Neves apoiado em editorial pelo The Economist, jornal do capital rentista inglês.

Em contraponto ao apoio do capital financeiro, grande mídia hegemônica, há o pleno exercício da soberania popular, da luta política. Alguns indagam onde estão os jovens manifestantes de 2013, das tempestades de ansiedades difusas, depois instrumentalizadas pela grande mídia.

Hoje eles estão é na campanha eleitoral em meio a apaixonados debates, elevado nível de discussão política, na peleja sobre os rumos do País.

Dizer que os eleitores de Dilma não têm nível superior, de baixa renda, desinformados, é óbvio preconceito de classe. Eles se encontram em todos extratos da sociedade. E Dilma tem sim imenso apoio nas grandes maiorias com autoestima elevada pelos avanços sociais.

Há grupos conservadores que anseiam por algo semelhante a uma nova fórmula digital da República Velha, derrotada pela Revolução de 1930 que aboliu o voto exclusivo de bico de pena, aristocrático, de alta renda, de propriedade, assegurou o voto universal, secreto, voto feminino, com avanços garantidos na atual Constituição brasileira.

A eleição presidencial mostra as lutas políticas, sociais, democráticas em um Brasil da sétima economia mundial, na emergência de dezenas de milhões de pessoas ao pleno exercício da cidadania, o direito legítimo de decidir sobre seu futuro, o projeto político do País.
 

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