sexta-feira, 26 de setembro de 2014

O Brasil e o plebiscito escocês

Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão, no Tribuna do Agreste, no pcdobalagoas.org.br e no Santana Oxente:


A Escócia realizou um plebiscito para decidir se tornava-se independente do domínio inglês, cujo resultado mostrou que o povo escocês resolveu, por apertada maioria, continuar sob o jugo britânico.

David Cameron, 1o ministro inglês, afirmou que “esse negócio de independência tem se mostrado negativo para quem a reivindica”.

Falso, bastam-nos os exemplos dos Estados Unidos, Índia, Austrália, Canadá, África do Sul, ex-colônias do então poderoso império britânico cujo lema era: o império onde o sol nunca se põe.

Mas na Escócia ganharam os partidários do Não à autonomia, com um festivo bandeiraço, carreata nas ruas de Edimburgo, regada ao legítimo whisky escocês e à excelente cerveja escura de lá.

A Escócia entendeu abdicar, alegremente, da própria soberania, algo só crível nos tempos de domínio do “Mercado” financeiro, da Nova Ordem mundial.

Trata-se de um fato na contramão das lutas pela libertação nacional, social, que se agigantaram no século XX e continuam dramaticamente atuais.

O império britânico ruiu fisicamente mas continua, subalterno aos Estados Unidos, dando as cartas no mundo das finanças especulativas cujas sedes são a City em Londres e Wall Street em Nova Iorque, junto à grande mídia global, maior complexo de comunicação, de subjugação ideológica de todos os tempos.

Daí saem as decisões do capital rentista contra países soberanos, incursões militares pelos continentes, gerando uma das maiores carnificinas da História, definida pelo insuspeito Papa Francisco I como “a Terceira Guerra Mundial de tipo fragmentada”.

São promotores da governança global, da agenda cultural hegemônica via grande mídia e sucursais regionais. Agem  para subverter a autonomia das nações, sua desestabilização, cujo alvo central são os BRICS.

A assaltar riquezas naturais, privatizar Bancos Centrais, destruir conquistas trabalhistas, imiscuir-se na vida política dos Países.

Nas eleições presidenciais do Brasil, Wall Street, a City, têm, abertamente, candidato. Apostam, via grande mídia, até agora, em Marina Silva, que tem laços estreitos com essa agenda econômica, cultural, ideológica.

O povo brasileiro, que nunca teve vocação para vassalagem, abdicação da soberania, deverá travar imensa luta política, eleitoral pela vitória de Dilma Rousseff em 5 de outubro.


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