Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão, no Tribuna do Agreste, no Santana Oxente e no pcdobalagoas.org.br:
Pesquisas da grande mídia sobre as manifestações desse domingo pela deposição da presidente da República, atestaram que os seus participantes continuam sendo representantes das elites e de segmentos da classe média, o que não constitui novidade, tanto como o protesto ser instrumento legítimo do regime democrático.
Mas o que surge como um fato novo em meio a essas manifestações, insufladas pela grande mídia, é a repulsa, o ódio bilioso e galopante à política em geral, além do ideário nazifascista com saudações à suástica hitlerista e tudo mais.
Combinado a ações truculentas, ataques físicos a pessoas, jornalistas, sindicatos, partidos políticos, organizações democráticas que se espalham pelo País contra tudo que não se coadune com o figurino difundido por essas lideranças do movimento com inspiração claramente autoritária.
Que não tinham protagonismo à exceção de personalidades grotescas que expunham suas intolerâncias contra minorias, como na Alemanha de Hitler ou na Itália fascista de Mussolini. Agora passam a defender à luz do dia a truculência de um regime totalitário.
Por outro lado assiste-se ao despertar da consciência cívica em defesa da democracia em múltiplos segmentos que, independentemente da simpatia pelo governo da presidente da República, erguem-se em prol do Estado de Direito, da democracia, da Constituição.
Tudo isso lembra-nos a frase contra o nazifascimso de Winston Churchill, o primeiro-ministro inglês durante a 2a guerra mundial: prefiro a democracia com os seus defeitos do que a melhor das ditaduras.
Assim o que urge no Brasil é a defesa daquilo que nos custou muito caro, as liberdades democráticas. Torna-se essencial um Não lúcido ao crescente ativismo sectário intolerante, assim como a rejeição a um Estado Policial que não representa as aspirações da grande maioria dos 200 milhões de brasileiros.
Figuras da oposição ao governo que compareceram às manifestações de domingo, vaiadas, escorraçadas, ameaçadas, provaram da intolerância obtusa. Estão com as barbas de molho.
É fundamental, na ação política concreta, constituir uma ampla frente em defesa da democracia, da soberania nacional, das conquistas fundamentais do povo brasileiro. Uma tarefa inadiável que galvanize as grandes maioria da nação contra o golpismo aberto, sem disfarces.
Nenhum comentário:
Postar um comentário