Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão, no Tribuna do Agreste, no Santana Oxente e no pcdobalagoas.org.br:
Desde o momento em que o Mercado parasitário, associado às injunções imperiais dos EUA, resolveu arquivar o patrocínio às ditaduras fardadas pelos continentes os povos começaram a ver as consequências das novas formas de desestabilização das nações especialmente aquelas que adotaram políticas internas, externas independentes.
Daí é que surgiram as “Primaveras Coloridas” cujo teórico é o senhor Gene Sharp, espalhando-se por várias regiões onde os interesses do Mercado, os objetivos estratégicos dos Estados Unidos estejam ameaçados de alguma forma.
O livro de Sharp transformou-se em manual dos “movimentos” de origem duvidosa quando não abertamente orientados pelos órgãos de inteligência, insurgência especialmente dos EUA.
Porém o manual das “Primaveras Coloridas” só pode ser aplicado com certa eficácia se estiver devidamente respaldado pela mídia hegemônica e pelo Mercado via bombardeio cirúrgico de propaganda aberta ou subliminar contra a soberania dos Países.
No caso do Brasil, por exemplo, boa parte da crise capitalista global que o atinge é contaminada por forte componente político-midiático golpista. Só será superada com a incontornável iniciativa política. Ações contábeis, economicistas, são insuficientes para desatar esse nó.
Quanto às “insurgências coloridas” exitosas, ali estavam presentes grupos midiáticos ligados ao Mercado, aos EUA, que ainda ditam as políticas em grande parte do mundo à exceção de algumas nações como a China e a Rússia, como exemplos.
O notável é que todas as “Primaveras Coloridas” sempre terminam em regimes sangrentos, na fragmentação dos Estados nacionais onde são aplicadas, transformando tais sociedades em verdadeiros círculos de ódio difuso, desconexos.
Assim, alertam eminentes intelectuais, como o professor Moniz Bandeira, o que está em curso é a desestabilização do Brasil, a criminalização da política como expressão da democracia, a redução do papel estratégico das forças armadas na defesa da integridade territorial, das riquezas naturais e, se possível, a tutela de algum tipo de regime discricionário que vem sendo imposto em várias partes do mundo.
Urge aos segmentos progressistas, democráticos, patrióticos do País a lucidez de constituir uma ampla frente em defesa da democracia, da nação sob graves ameaças na atualidade.
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