Após as duas manifestações da semana passada o cenário político entra em uma etapa mais complexa, radicalizada.
A nação assistiu a
uma ofensiva jornalística, notícias diversionistas, desfile de “celebridades”
dos grupos midiáticos onde houve de tudo menos o caráter da informação, mesmo a
informação de classe, mais com o sentido de conspiração antidemocrática,
golpista.
Já o combate à
corrupção, que tem com justeza indignado a população brasileira, vem sendo o
pretexto para atrair setores médios da sociedade com vistas a motivos, esses
sim, inconfessáveis.
Até porque o maior
dos escândalos de corrupção no País tem sido convenientemente varrido para
debaixo do tapete, o chamado Swiss Leaks, de correntistas que utilizam bancos
suíços para fraudar, desviar fortunas bilionárias para fora do Brasil incluindo
aí barões da mídia oligárquica.
Essa mídia global
e congêneres nativas estão associadas, subordinadas, é o termo melhor, ao
capital rentista internacional compondo junto a outras instâncias a chamada
governança da Nova Ordem Mundial.
As iniciativas
golpistas, ensaiadas no País em 2013, são fomentadas em várias partes do mundo,
especialmente contra os BRICS e nações que prezam a soberania. Revelam
processos de desestabilização monitorados por centros globais de poder.
Mas a crise
capitalista avançou sobre os cofres dos Países com escorchantes mecanismos de
pagamento dos serviços da dívida pública, ajustes fiscais etc.
Também é óbvio que
a nação necessita modificar o atual modelo político assim como de um novo
Projeto Nacional de Desenvolvimento. De inovação científica, tecnológica que suste o
processo de desindustrialização da economia nacional, possibilitando
competividade externa, ampliando em qualidade, quantidade o mercado de trabalho
interno retomando o crescimento econômico do País sob bases mais avançadas.
O cerne da crise
política está na brutal pressão contra o governo para impor novas, duras
medidas de arrocho fiscal, rendição incondicional às políticas monetárias
ortodoxas, com desemprego como na Europa, ou a substituição do governo através
do golpe por elites alinhadas com a banca rentista.
Mobilizar as maiorias sociais, garantir o mandato legítimo da presidente Dilma, em defesa do Brasil, da democracia ameaçada, são questões cruciais do momento.
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