Parece que foi há séculos a tese defendida pelo historiador
nipo-americano Francis Fukuyama que na década de 90 passada saiu da obscuridade
acadêmica e entrou no rol das celebridades com a sua proclamação sobre o Fim da
História.
Fukuyama não elevou-se naturalmente ao patamar de conhecido
intelectual, foi catapultado pelo sistema, a Nova Ordem Mundial, em tendência
de consolidação global através da concentração, centralização do capital financeiro.
Exatamente no mesmo período, aconteceu outro fenômeno de
proporções gigantescas, o processo de oligopolização da grande mídia como
correia de transmissão da ideologia que passaria a ser constituída como uma
espécie de ditadura mundial do pensamento único.
Na época produziu-se uma falsa euforia como se a humanidade
tivesse finalmente passado a uma etapa mais elevada num mundo sem fronteiras,
as guerras lembranças desagradáveis de um tempo distante, a economia gerando
pleno emprego, as pessoas obteriam o status de cidadãos do mundo.
A realidade não só desmentiu a profecia do historiador,
colaborador da CIA, como mostrou o seu reverso, décadas trágicas onde
pontificam agressões militares que não podem ser acompanhadas pelo cidadão
comum tal a profusão e velocidade com que ocorrem.
Vivenciamos uma série de abalos sistêmicos do capital, raros
períodos de crescimentos medíocres, combinado com a decadência persistente da
economia global, penúria dos povos mergulhando as nações no atoleiro financeiro,
além de calamidade social inclusive no primeiro mundo como Europa e os Estados
Unidos.
A Nova Ordem mundial passou a utilizar-se da intervenção
armada através dos EUA como substituta do processo de acumulação na crise capitalista
crônica, daí o surgimento do neofascismo como fenômeno social, a tentativa de
recolonização de Países soberanos como o Brasil.
Qualquer análise da atual conjuntura no País não pode
desconhecer a linha da Geopolítica do Caos fomentada pelo capital rentista, as
ações imperiais desestabilizadoras em curso no mundo e América Latina.
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