Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão, no Tribuna do Agreste, no Almanaque Alagoas e no Santana Oxente:
As
variadas manifestações sociais que se apresentam no Brasil, e em quase todo o
mundo, que geram tempestades sociais intuitivas sem projetos ou causas,
refletem a desordem mundial que se instaurou no planeta nesses últimos vinte
anos em que a globalização financeira vem ditando a linha econômica de maneira
hegemônica.
Que
tem como pressuposto a deificação absoluta do Mercado, seus mecanismos de lucros
insaciáveis, em que o grande capital, através da doutrina neoliberal, promoveu
uma extraordinária contrarrevolução civilizatória onde a concentração da renda
foi o motor das radicais alterações que assistimos principalmente nas últimas
décadas.
A concentração,
em escala planetária, do grande capital financeiro, veio acompanhada, na
maioria das nações, de um extraordinário poder unilateral de grandes grupos de
comunicação hegemônicos, incorporando atualmente a mídia digital, redes sociais
etc.
Um
dos objetivos dessa nova ordem totalitária foi o desejo de pôr um fim às grandes
causas humanistas de caráter social e econômico, a tentativa de anular todo e
qualquer tipo de pensamento que indicasse rumo para algum tipo de sociedade
solidária, sustasse a confiança dos indivíduos, tanto quanto dos Países, num
futuro de progresso social que reafirmasse a identidade cultural dos povos,
substituídos pela compulsão obsessiva pelo consumismo desenfreado, o
individualismo surtado.
Assim,
parte das novas gerações surgidas nesse período cresceram sob a estratégia
dessas elites da política de terra arrasada, do deserto de utopias imposto
pelas elites globais, sob intenso bombardeio de um estilo de vida
agressivamente pragmático, inclemente, onde a máxima dominante é a do salve-se
quem puder, a promoção da antropofobia, a negação da política como elemento
decisivo na transformação das sociedades.
A
determinação em negar uma realidade alternativa expressa-se na difusão de
falsas teorias alarmistas, do catastrofismo, e da visão do pessimismo geral,
onde omitem-se as verdadeiras origens dos vários fatores causadores de
desastres humanos, sociais, ambientais etc.
A
força do grande capital em apagar, esconder sua criminosa responsabilidade por
esses inúmeros desastres que atingem as sociedades, as pessoas, exige uma
renhida luta política e de ideias em defesa de um mundo melhor.
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