Segundo
a entidade Oxfam International um grupo de 85 pessoas mais ricas do mundo
concentra a fortuna equivalente aos 3,5 bilhões dos indivíduos mais pobres do
planeta sendo que 1% da população mundial detém a metade da riqueza produzida
ou seja, 110 trilhões de dólares.
Esse
pode ser considerado um balanço macabro principalmente sobre as duas últimas
décadas em que reinou inconteste a nova ordem mundial, a doutrina neoliberal produzindo
um brutal processo de concentração de capital e renda jamais presenciado em
épocas anteriores.O reinado absoluto do rentismo, as contradições sistêmicas surgidas provocaram uma sequência de crises econômicas sendo que a última delas veio à tona em 2008 com a quebra fraudulenta dos grandes bancos norte-americanos socorridos pelo governo dos EUA na era Bush, depois pelo presidente Obama sob o argumento que eram “grandes demais para quebrar”.
Essa crise financeira espalhou-se pela economia mundial atingindo a todos gerando uma onda de choques provocando o desemprego de centenas de milhões de assalariados levando a falência setores do comércio, indústria principalmente nos Países desenvolvidos, especialmente no continente europeu e Estados Unidos.
O remédio “amargo” prescrito foi a recessão, cortes nos investimentos públicos atingindo os assalariados, classe média dessas nações que se viram sem as históricas conquistas sociais adquiridas após a 2ª Guerra Mundial.
Para que a nova ordem mundial pudesse impor aos povos tal espoliação subordinaram os organismos internacionais aos ditames do capital rentista à força hegemônica da maior potência militar da Terra os EUA que agem como a guarda pretoriana do Mercado, da “Governança Mundial”.
Daí a grande mídia global associada ao rentismo passou a exercer o papel de mentora ideológica da ordem neoliberal, formatando a ditadura do Mercado, num cenário de desorientação geral, ameaças à identidade cultural dos povos, aumento da criminalidade, guerra de rapina dos recursos não renováveis dos Países, o bilionário negócio global do narcodólar.
Como nada indica a contenção da voracidade do capital rentista nem o declínio da crise financeira cabe ao Brasil nesse cenário geopolítico adotar novas medidas em defesa da sua economia, integridade territorial, da própria soberania nacional.
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