No
auge da globalização do capital financeiro, durante os momentos de apogeu e
êxtase das políticas neoliberais Francis Fukuyama, profeta do mercado, do
Departamento de Estado norte-americano, anunciava aos quatro cantos da Terra o
surgimento de uma nova época onde predominaria a paz, o crescimento econômico,
a ausência de guerras, a harmonia entre os povos em um mundo desprovido de
qualquer fronteira nacional.
Na
verdade, o que nós assistíamos era o início de uma hegemonia multilateral
econômica, política, ideológica, midiática, financeira, militar das forças do
mercado, especialmente do capital especulativo internacional cuja fita
simbólica mas absolutamente real foi cortada pela ex-primeira ministra da Grã
Bretanha, Margaret Thatcher, e o ex-presidente dos Estados Unidos, Ronald
Reagan.Com a presença desses personagens no comando dos respectivos países foi selada a união da força bruta, avançada tecnologia, mobilidade global da guarda pretoriana imperial com a larga experiência de quem já tinha exercido o maior poder colonial de todos os tempos onde literalmente “o sol nunca se punha na face da Terra”.
Um presidente que antes fora um ator de quinta categoria do cinema norte-americano e uma senhora ultra reacionária do partido Conservador britânico que desprezava o conceito de sociedade (“sociedade? Não existe isso”), iniciaram a globalização absoluta do capital financeiro, a hegemonia imperialista norte-americana.
O termo “cidadão” herança universal dos “Ecos da Marselhesa” da revolução francesa de 1789 foi substituído por “consumidor” prova de que mais que a agressão contra os direitos individuais houve o estupro da cidadania, da autodeterminação das nações.
São dezenas de milhões de vítimas dessa nova ordem mundial pelas guerras regionais, pandemias de fome, desemprego, balcanização de Países ou mesmo através da tempestade de ansiedades difusas consequência dos crimes contra a esperança dos povos através de uma mídia global íntima do capital rentista, seus interesses e ideologia.
O que o Brasil está enfrentando são exatamente essas forças e o rentismo que subtrai a economia, a mídia hegemônica reacionária mundial e local que desejam a fragmentação do sentimento comum de brasilidade. O que impõe a luta por um novo projeto de desenvolvimento nacional além da formação de uma frente patriótica, democrática, progressista em defesa do País.
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