Trata-se do caso do cidadão australiano
Julian Assange exilado na embaixada do Equador em Londres, impedido de deixar o
edifício da representação diplomática, cercada por acintoso aparato de
segurança policial e da inteligência inglesa, impossibilitado de deixar a
Inglaterra rumo à nação que lhe concedeu asilo.
Julian Assange é um ativista político
dos recursos digitais que revolucionaram a comunicação democratizando a
produção da informação, difusão das notícias, as relações entre as pessoas,
indivíduos, comunidades em escala local, regional ou planetária.
Porém esse cidadão cometeu a ousadia
máxima de denunciar ao mundo, através da Internet, documentos valiosos sobre as
atividades clandestinas e subversivas das grandes potências, particularmente
dos Estados Unidos e OTAN, as fraudes cometidas contra os cidadãos por parte
das grandes corporações financeiras obtidas ilicitamente em uma época de crise
econômica, falência de Estados nacionais, desemprego massivo dos assalariados
no primeiro mundo.
Mesmo encurralado na embaixada do Equador
Assange lançou um livro publicado no Brasil em janeiro deste ano reafirmando
suas denúncias e ampliando suas observações sobre o que considera a grande
ameaça da atualidade, o controle das pessoas, Países através da Internet pelas
potências imperiais no maior sistema de vigilância, espionagem da História da
humanidade.
Denuncia os perigos que pairam sobre a
soberania dos Estados emergentes, que sob a justificativa de combater o crime
organizado os EUA e aliados estariam construindo novo controle político, militar,
sabotando as estruturas digitais, industriais e de governos nacionais no que os
dirigentes norte-americanos classificam como a batalha do futuro, a ciber-guerra.
São pesos e medidas distintos usados pela grande mídia e os EUA sobre direitos humanos, liberdade e soberania das nações. Cabe aos povos encontrar formas de resistência contra graves ameaças com que se defrontam.
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