Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão e no Santana Oxente:
Há nos tempos atuais uma intensa batalha de ideias na disputa do poder pelas matérias primas do planeta que vem sendo combinada com intervenções militares, por parte de certas nações do chamado primeiro mundo, em especial através de um agressivo consórcio anglo-franco-americano e países agregados de menor destaque.
Esse movimento global age com uma estratégia em forma de pinça. Mescla o uso da força com a promoção de ideologias que divulgam, falsamente, a causa pela salvação do planeta que estaria ameaçado pela destruição ambiental.
Mas a verdadeira luta ambiental teria que denunciar o caráter predador desse sistema capitalista, em particular nessas décadas da nova ordem mundial que agravaram sobremaneira a degradação do meio ambiente, a obsolescência planejada da produção industrial, as crises sanitárias internacionais, o consumismo desenfreado etc.
A mesma nova ordem mundial arquiteta do neoliberalismo, que conduziu a humanidade a uma profunda crise econômica provocando uma intensa recessão nos países, a penúria social que se alastra, a perda de conquistas sociais históricas que remontam ao fim da segunda guerra mundial.
Além disso, ela é responsável por uma crise de civilização por ela mesma desenhada e que tenta repassá-la como se fosse uma crise dos povos, dos trabalhadores e da sociedade em geral, induzindo as pessoas ao niilismo, à apatia e à falta de perspectiva com relação ao futuro.
Assim, transita uma certa ideologia ambientalista cuja essência é a de um retorno a estruturas econômicas pré-industriais, uma espécie de volta esotérica ao estágio inicial da humanidade e que tem pressionado o Brasil para estancar o desenvolvimento dos seus imensos recursos naturais, das tecnologias avançadas, do Pré-Sal, da usina hidroelétrica de Belo Monte etc.
Mas o que está em disputa são as reservas naturais estratégicas do planeta que o Brasil detém, muitíssimo cobiçadas por esse consórcio imperial que também é o promotor das atuais agressões militares em todo o mundo.
Essa falsa tese ambientalista adversária do desenvolvimento energético industrial produtivo, respeitando-se a natureza, tem a mesma fonte teórica dos argumentos neo-malthusianos contidos no memorando NSSM-200 do governo norte-americano da década de setenta, que defendia a esterilização maciça das mulheres brasileiras e do terceiro mundo porque elas representavam um risco ao abastecimento alimentar do planeta.
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