Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho e na Tribuna do Sertão:
A onda de insatisfação que varre os Estados Unidos e muito especialmente os Países europeus, e que infelizmente não é divulgada em sua exata dimensão pela grande mídia hegemônica internacional e nacional, não para de crescer.
Ela revela que a crise mundial da economia longe de arrefecer, cresceu em profundidade e extensão. Uma das suas faces mais explícita na atualidade é a onda de especulação financeira que está por trás dos aumentos dos preços das commodities de alimentos e energia.
Quer dizer, a cada bolha que estoura como a imobiliária em 2008, outra ou outras são infladas em uma ganância de lucro absolutamente irracional e sem nenhum controle.
Sabe-se que além da especulação com os alimentos e energia há uma substancial tendência de aumento dos preços das matérias primas em geral. E se um País pode se beneficiar dessa crise em um primeiro momento a decorrência quase que inevitável será a contaminação geral de todas as economias em ultima instância.
Ou seja, ao final prevalecerá um salve-se quem puder. E nesses casos sempre a conta é transferida para os mais fracos. Essa é a lei inexorável do capitalismo.
Não se deve no atual contexto mundial de permanente agravamento dos conflitos armados nos vários continentes e aumento das tensões por todos os lados em larga escala, esquecer que as soberanias nacionais e as democracias transformam-se em conceitos frágeis como uma porcelana.
Os fóruns internacionais e as regras civilizadas entre os Países por onde transita o exercício da diplomacia tem sido postos de lado e substituídos pelos recursos armados e ainda se invocam os diretos humanos e as liberdades democráticas como pretextos para se aviltar a autodeterminação dos povos.
Enquanto isso, órgãos como o FMI, de amarga memória aos brasileiros, agem contra as soberanias econômicas que são vítimas dos ataques especulativos externos, sempre acompanhados de aliados internos.
Nesses momentos é que surge na grande mídia hegemônica das nações em crise econômica a famosa frase: para uma situação crítica como a que vive o País o jeito é aplicar um remédio amargo para salvar o paciente.
Há que se tomar medidas acautelatórias em nossa política externa e no controle da economia em um mundo que se precipita em uma fase dramática de instabilidade geopolítica e das finanças.
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