quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Firmeza, amplitude

Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão, no Tribuna do Agreste, no Santana Oxente e no pcdobalagoas.org.br:


O momento institucional pelo qual atravessa o País continua instável e grave.

Além disso há elementos na conjuntura que indicam fraturas no seio das forças da oposição conservadora, na medida em que segmentos raivosamente de direita e extrema direita intensificam o discurso e ações com vistas ao golpe contra as instituições democráticas da nação.

É nesse contexto que surgem estas fissuras entre as camadas políticas conservadoras, pró mercado financeiro, de feição nitidamente neoliberal. Porque é evidente que não havendo qualquer base jurídica indicativa ao impedimento constitucional da presidente da República, por mais que as manchetes da mídia oligárquica tenham sofregamente aventado, a ação sectária de alguns agrupamentos políticos passa objetivamente à conspiração, à ruptura da ordem democrática, da legalidade constitucional.

O combate à corrupção, que todos os brasileiros ciosos do destino do País anseiam, passou ao largo, emerge claramente a bravata ideológica neofascista, consciente por parte de alguns, inadvertidamente por outros, contaminados pelo ódio desencadeado nos últimos meses através de intensa campanha via grande mídia hegemônica.

Também chama atenção certo recuo, não se sabe se temporário ou não, de extratos da grande mídia passando ao discurso de visível cautela em relação às chamas da radicalização incontida, hesitantes ao movimento pela deposição da presidente Dilma.

Sintomaticamente grupos da grande mídia monopolista mundial, como o NY Times e o Financial Times, alertam para o que seriam erros da onda golpista em curso por forças retrógradas no Brasil, deduzindo-se que tais ações seriam prejudiciais aos investimentos estrangeiros, inclusive norte-americanos, por motivos geopolíticos além da crise capitalista. O País é a 7a economia do planeta.

Outro vértice da tensão interna inclui a retomada do crescimento econômico da nação, incompatível com as altas taxas de juros que beneficiam o capital especulativo global, únicos que estão auferindo lucros estratosféricos em plena crise econômica do País.

Aos democratas, patriotas, progressistas é essencial firmeza, amplitude política na defesa do mandato da presidente da República, da legalidade constitucional, de iniciativas consequentes à retomada do desenvolvimento econômico do Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário