O Brasil sofre, na atualidade, uma brutal ofensiva
reacionária cuja motivação central é o seu desmonte como sociedade nacional,
das suas caraterísticas antropológicas em formação de jovem nação, sendo que o
motivo principal é o seu protagonismo crescente entre a comunidade das nações.
Tal iniciativa será muito difícil de prosperar, devido à sua
grande população, riquezas, dimensões continentais, sem o aval e apoio de
forças retrógradas internas absolutamente alinhadas com os objetivos,
interesses do Mercado financeiro internacional, das estratégias geopolíticas
imperialistas.
Porém, isso não se trata de uma novidade, porque em nossa História
contemporânea, esse tem sido um movimento recorrente, algumas das vezes
trágico.
O novo nisso tudo é a realidade internacional e o
crescimento do País apesar dos pesares, dos esforços em contrário, e a
decadência da Nova Ordem mundial, inaugurada nos anos noventa passado, com a
hegemonia neoliberal, do mundo unipolar sob a batuta imperial dos Estados
Unidos e agregados como a Grã-Bretanha.
Uma das faces mais evidentes dessa agressão contra a nação
tem sido o papel central da mídia oligárquica, que vem substituindo as forças
políticas reconhecidas e sintonizadas com o ideário neoliberal, porque
desgastadas, sem crédito, elas não representam alternativa crível para a sociedade.
A linha adotada pelos interesses forâneos, reacionários
internos é a criminalização da luta política, da via democrática, a brutal
campanha de alienação social com o objetivo de afastar a sociedade, a juventude,
os trabalhadores da participação na vida politica do País, da roda viva através
do “encantamento”, único, exclusivo, do “presente contínuo” no Mercado.
Os efeitos colaterais são: a profusão do sentimento de ódio,
a fragmentação do tecido social, as tempestades de indignações difusas, a
expansão social da violência, mas acima de tudo a tentativa de fazer germinar o
“ovo da serpente”, a alternativa autoritária, o neofascismo disseminado e
globalizado do século XXI.
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