sábado, 11 de agosto de 2012

Um salto ao futuro

Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão, no Almanaque Alagoas, no Tribuna do Agreste e no Santana Oxente:


As eleições de outubro próximo guardam uma relação indissociável com o presente e futuro das cidades brasileiras, o enfrentamento das grandes questões que as envolvem desde o planejamento à superação dos abismos sociais retratados nas desigualdades dos espaços urbanos, além das responsabilidades dos poderes públicos municipais.  

Diz respeito também à construção de projetos associados ao crescimento econômico, produzindo riqueza, gerando empregos para as grandes maiorias que se encontram à margem dos benefícios que proporcionam o usufruto de uma boa qualidade de vida, direito inalienável de todos os cidadãos brasileiros, responsabilidade intransferível dos gestores públicos, especialmente aqueles eleitos pelo voto popular.

E não é possível falar em qualidade de vida dissociada de uma das principais dívidas dos estados e municípios para com as populações das cidades do País sejam elas pequenas, médias ou grandes, a dívida ambiental.

Porque um dos mais graves dos nossos problemas sociais encontra-se na degradação ambiental que atinge principalmente os bairros das periferias onde predominam chagas seculares como esgotos a céu aberto, ausência de saneamento básico, córregos e rios fétidos, lixo amontoado, resultando na proliferação de doenças contagiosas.

Além disso, sabemos que as nossas cidades apresentam uma dualidade insuportável que se expressa de um lado no tratamento urbanístico adequado aos bairros dos segmentos abastados ou de classe média mais privilegiada, e de outro lado nas condições deploráveis das regiões onde vivem os grandes contingentes da população.

A grande responsabilidade dos representantes eleitos pelo voto popular sejam eles vereadores ou prefeitos deve ser, associada a experiências exitosas de várias administrações municipais, promover nas novas circunstâncias históricas do crescimento econômico nacional, uma substancial reconfiguração qualitativa das cidades sem a qual é impossível falar em desenvolvimento verdadeiro.

As condições desse atual crescimento, mesmo afetado pela crise financeira mundial, estão a exigir um grande esforço criativo e uma radical transição dos cenários municipais que ainda retratam, no essencial, um País do século passado.

Quando o Estado nacional foi imobilizado por décadas pela estagnação econômica, pela ausência de ideias e recursos decisivos para um grande salto ao futuro.

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