quarta-feira, 28 de setembro de 2022

O louvor vem do povo


Por Eduardo Bomfim



Desde 2013, o Brasil vem sendo assolado por intensas ações provocadas por uma Guerra Híbrida, fomentada por interesses externos. Naquele ano, multidões foram às ruas sem qualquer vinculação com plataformas concretas, impulsionadas pelas redes sociais e a grande mídia hegemônica. Os passos seguintes foram o “não vai ter Copa do Mundo”, a derrubada da presidente Dilma, o auge da operação Lava Jato, a prisão do ex-presidente Lula, culminando com a meteórica eleição de Jair Bolsonaro à presidência da República, e a “normalização” cotidiana de tempestades de ódios difusos.

É o mesmo modus operandi das “revoluções coloridas” que sacudiram os Países árabes, e outros lugares do mundo, exaustivamente denunciadas, em documentos secretos, por figuras como Edward Snowden ex-agente da CIA e Julian Assange, preso no Reino Unido e sob deportação para os Estados Unidos.

De lá para cá, os problemas nacionais, os abismos sociais profundos, os interesses do País e os caminhos para o nosso desenvolvimento, as privatizações, foram propositalmente relegados “aos quintos dos infernos” e “magicamente” substituídos por questões globalistas, cujos centros de elaboração residem nos Estados Unidos, Europa Ocidental, como no Reino Unido, Noruega e a França, por exemplo.

No plano político, adotou-se como referência central as agendas dos partidos Republicano e Democrata norte-americanos, a profunda desagregação em que se vê mergulhada a grande nação americana.

Ponderáveis setores de esquerda passaram a adotar, como “carma”, o alfa e o ômega de tudo e qualquer coisa, as chamadas agendas identitárias, e vão abraçando, a passos largos, a “internacionalização” da Amazônia brasileira.

Outros segmentos conservadores, abraçam as pautas reacionárias, retrógradas, que alcançaram proeminência com a eleição do presidente Donald Trump, incluindo o terraplanismo, o negacionismo científico, o entreguismo dos nossos patrimônios, além da paranoia anticomunista, requentada da época da Guerra Fria.

Assim é que chegamos nas eleições de 2022, onde grandes segmentos dos setores mais escolarizados e esclarecidos da sociedade encontram-se “contaminados” por essa “Guerra Híbrida”, dessa “revolução colorida” deflagrada, especialmente a partir de 2013.

Não é por acaso que todos, todos mesmo, institutos de pesquisa demonstram que as grandes maiorias sociais, que ficaram à margem da “revolução colorida” votam maciçamente em Lula, e garantem a sua vitória eleitoral no próximo 2 de outubro, se efetivamente elas tiverem a condição de irem às urnas em todo o Brasil. São os que possuem renda de até um salário mínimo, de um a dois, ou mesmo de dois a cinco salários mínimos.

Essa é a verdadeira e decisiva batalha que se aproxima: a lembrança do Povo dos dois governos do ex-presidente Lula, porque eles sabem o que sentem no estômago e na carne.

Quanto à Guerra Híbrida e as “revoluções coloridas”, elas vão continuar mesmo sob a provável vitória de Lula. Será a guerra pela sobrevivência do Brasil como nação soberana, desenvolvida e socialmente mais justa. Como afirmou Jorge Amado: O louvor vem do povo, a infâmia vem da “inteligentzia”.

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