quarta-feira, 28 de março de 2018

1984

Meu novo artigo:


O livro Destino manifesto: democracia como dissonância cognitiva, de F. W. Engdahl, foi lançado recentemente e se tornou um sucesso editorial. A razão por tal procura é a abordagem de um assunto que desperta crescente interesse em todo o mundo.

Considerando o prefácio, o autor procura destrinchar os mecanismos das chamadas “revoluções coloridas” que têm pipocado no planeta.

Segundo Engdahl os Estados Unidos desenvolveram e refinaram mecanismos que procuram desestabilizar qualquer nação que lhe faça oposição séria ou que por motivos geopolíticos possa vir a exercer algum protagonismo, regional, global, considerado entrave à sua hegemonia.

O autor comenta o papel de várias ONGs que desempenham funções desestabilizadoras tais como a Open Society Foundation, Freedom House etc. Todas, evidentemente, com recursos de megaespeculadores do Mercado financeiro como George Soros e outros.

No começo da Guerra Fria em 1945 o escritor George Orwell, um trotskista desencantado, escreveu o livro 1984 profetizando uma humanidade totalitária sob a égide do socialismo. Nunca saberá que no século XXI o totalitarismo vai se tornando realidade pelas mãos do capital rentista.

No novo milênio produziu-se uma nova arma usada sistematicamente: a Guerra Híbrida, cuja face aberta tem sido as “Revoluções Coloridas”, com o objetivo de abater as nações que almejem protagonismo econômico, geopolítico. “Colorida” que veio da “revolução laranja” na Ucrânia, da “rosa” na Geórgia etc.

Especialistas já estão cansados de afirmar que o Brasil vive uma Guerra Híbrida, uma Revolução Colorida, onde a mídia global joga papel estratégico através da indução à polarização de grupos “ultristas”, entre o chamado politicamente correto e setores de extrema direita.

O atentado à caravana do ex-presidente Lula, que visa criar condições favoráveis para prendê-lo, e outros fenômenos sociais psicoemocionais são parte de um clima de delírio galopante. E na linguagem de Engdahl, buscam impor a fake democracia, a desconstrução econômica, social, política, a liderança regional do Brasil.

É urgente que democratas e patriotas agigantem-se em defesa da nação, de um novo projeto de desenvolvimento econômico, da via política democrática, da soberania nacional, ou os mentores dessa Guerra Híbrida assumirão inapelavelmente o destino do País.

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