Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão, no Tribuna do Agreste, no Santana Oxente e no pcdobalagoas.org.br:
A crise política atingiu nível de vertiginosa escalada. Mas ela não reflete em absoluto acertos ou erros do governo da presidente Dilma. É trama golpista de múltiplos interesses que convergem para empalmar o poder.
O que incita o furor golpista é a internacionalização radical da economia brasileira. De tal forma que as trágicas políticas privatistas neoliberais de Fernando Henrique Cardoso em seus dois mandatos pareçam de um liberalismo monetarista tímido.
A crise capitalista mundial, as novas formas de movimentação, financeirizacão do capital, especialmente o rentista, intimam o desmonte absoluto dos Estados soberanos.
Impõem a ditadura do rentismo e do Mercado, a desapropriação da cadeia produtiva brasileira, de suas riquezas naturais estratégicas.
O golpe em curso tem o objetivo de anular as conquistas trabalhistas históricas, redirecionar quaisquer recursos em investimentos sociais para os ganhos do capital especulativo.
Historicamente seria como uma grande cambalhota ao retrocesso. Desde o movimento tenentista de 1922, passando pela revolução de 1930, as Indústrias de Base erigidas por Vargas até os avanços científicos, tecnológicos contemporâneos, sejam eles estatais, privados ou mistos.
A batalha contra o golpe, como diria o Conselheiro Acácio, será ou uma grande vitória da democracia, do povo, da nação, ou uma grave derrota.
Na verdade a tentativa de golpe já vem de alguns anos e não vai se encerrar com a vitória dos democratas ou a prevalência dos intentos golpistas no Congresso. Irá se desdobar em novas etapas.
De um lado encontra-se, atualmente, sob a batuta de Michel Temer, Eduardo Cunha (porque a estratégia de desmonte do Estado nacional permanece mas seus agentes são descartáveis), os grupos subalternos aos barões das finanças, a grande mídia golpista, corporações identificadas com esse projeto antinacional, antidemocrático.
Em defesa da legalidade, das conquistas sociais, da nação, estão os democratas, organizações sociais, artistas, intelectuais, juristas, religiosos etc., contra o golpe e o fascismo tupiniquim.
Aos democratas, legalistas, assoma a luta pelo legítimo mandato da presidente Dilma, a repactuação pela governabilidade, um projeto nacional estratégico de desenvolvimento, a soberania do País, a democracia arduamente conquistada.
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