A globalização
financeira consagrou-se na década de 90 passada através da imposição da Nova
Ordem mundial e com ela a vitória do neoliberalismo, ou até do ultraliberalismo
como um sistema, estruturas de uma governança global.
Durante esse tempo
foram várias as crises via processo de concentração, centralização do capital
financeiro internacional que é o segmento de classe a nadar com largas braçadas
durante todo o tempo de exercício hegemônico talvez inigualável na História
contemporânea da civilização humana.
Mas tal como o
personagem de Gabriel Garcia Márquez, o ultraliberalismo surgiu como uma anciã
centenária recém-nascida cujas debilidades sobre a comunidade das nações,
indivíduos, apresentaram-se com inigualáveis traços de decrepitude sistêmica.
Passados os anos
de euforia das forças retrógradas do capital rentista, de um conjunto
minoritário de setores que surfaram nesse sistema, como a grande mídia
oligárquica, além da coerção militar, de inteligência, espionagem comandados
pelos Estados Unidos ungidos como armada unipolar mundial, a vida mostrou a
face da monstruosidade erigida.
A crise capitalista
em 2008 originada de uma orgia especulativa em Wall Street cujos bancos ao invés
de criminalizados receberam injeções fabulosas de dólares do contribuinte
norte-americano, espalhou-se aos países do 1o mundo, em seguida ao
planeta.
De crise em crise,
guerras de rapina, a humanidade mergulhou em grave estágio de desagregação civilizacional.
A violência social, criminalidade, pobreza, preconceitos difusos, ódios
múltiplos disseminaram-se como se fossem as bíblicas 7 pragas do Egito.
Com os BRICS
iniciou-se uma nova fase em relação à governança mundial em contraponto ao
restrito clube das finanças, do poder militar imperial dos EUA.
A ação em curso no
Brasil através de forças políticas, grupos econômicos poderosos não pretende
consertar equívocos administrativos, econômicos ou institucionais do governo
Dilma, mas a capitulação do País aos centros de poder da governança global
ultraliberal.
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