quinta-feira, 9 de abril de 2015

CitizenFour

Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão, no Tribuna do Agreste, no Santana Oxente e no pcdobalagoas.org.br:


Entre os filmes premiados com o Oscar este ano encontra-se CitizenFour documentário sobre o ex-agente Edward Snowden da NSA, agência de segurança dos Estados Unidos, e sua espetacular fuga de Hong Kong para Moscou.

Dirigido pela jornalista norte-americana Laura Poitras, o filme narra a epopeia do jovem agente secreto norte-americano especialista em informática, espionagem digital, que revelou ao mundo a poderosa máquina de devassar a vida interna das nações, cidadãos, por parte dos EUA.

Comprovando a tese de que todos os impérios desenvolvem sintomas de paranoia condizentes com a dimensão dos seus tentáculos, o documentário reacende a discussão da espionagem que os Estados Unidos exercem não apenas contra os seus supostos inimigos mas também sobre seus aliados além das nações que “preocupam” sua hegemonia como os BRICS.

Outra face da ação norte-americana é o domínio quase absoluto que mantém sobre a mídia mundial, poderosa ferramenta de propaganda dos seus interesses geopolíticos associados ao capital financeiro internacional.

Assim é que apresentam ao planeta a versão pirata da crise da Nova Ordem capitalista do neoliberalismo que faz água por todos os lados, gerando além de brutal catástrofe financeira e social um incontável número de guerras regionais que só tendem a se expandir.

A malha de desinformação global, apesar dos efeitos trágicos da ingerência dos Estados Unidos, do capital rentista em escala global, ainda  consegue repassar através das suas congêneres em cada País sua própria versão de faroeste hollywoodiano: os mocinhos contra uma miríade de “selvagens e bandidos” espalhados pelos quatro cantos da terra.

Muitas vezes os bandidos foram treinados pelos EUA, cantados em verso e prosa como mocinhos por essa mídia, como a Al Qaeda e o fanático Exercito Islâmico, mas fugiram-lhes ao controle.

Na verdade não há conflito de certa magnitude em que lá não esteja o neocolonialismo imperial fomentando guerras ou as “insurgências pacíficas” elaboradas pelo teórico da CIA Eugene Sharp.

Na América Latina os alvos atuais têm sido o Brasil, integrante dos BRICS, Argentina, Venezuela. E a principal luta dos tempos atuais é a das ideias, a defesa da soberania nacional contra uma das mais colossais máquinas de espionagem e sabotagem midiática de todos os tempos.

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