Os recentes
fatos geopolíticos demonstram que encontra-se em processo de transição mais
acelerada a mudança para uma outra ordem internacional multilateral, indicando,
por sua vez, a tendência mais acentuada à decadência da chamada Nova Ordem mundial
que já apresenta sinais de falência.
Os novos atores
no palco das relações globais, os BRICS, mais da metade da população do
planeta, que antes representavam uma promessa significativa ultrapassaram o
sinal que demarcava a expectativa do futuro promissor, para o outro lado da
História, o da realidade tangível.Ou seja, o processo histórico mundial já se encontra naquele momento da viragem sem volta, com todas as possibilidades e as consequências que esses tempos sempre registram na vida dos povos.
No campo das possibilidades surgem grandes perspectivas, indicadores econômicos, sociais, políticos que se apresentam a toda humanidade, esperançada por esse núcleo de Países, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, de características gerais, idiossincrasias, vicissitudes, realidades distintas.
Mas crescem os desafios às nações, especialmente os BRICS, em uma etapa complexa onde o velho já caducou, mas ainda sobrevive e o novo já se fez inevitável, mas ainda não se consolidou inteiramente.
São momentos singulares, de choque entre essas duas tendências assumindo características variadas conforme o contexto social, político, regional de cada País.
Os estrategistas da Nova Ordem, municiados de análises, números, há algum tempo dominavam essa mudança acentuada dos ventos, adversos aos seus privilégios hegemônicos financeiros, imperiais e já fazem de tudo para sustar o inexorável.
O Brasil é sujeito de primeira grandeza nessa nova configuração geopolítica multilateral com território continental, imensos recursos renováveis, sem conflitos com vizinhos, movimentos separatistas ou de etnias, vocação democrática, de língua una, identidade nacional preservada, pacifista.
Mas por essas mesmas razões especiais o País vem sendo alvo de crescentes ataques midiáticos, financeiros, ideológicos, geopolíticos.
Cabe às forças progressistas, patrióticas, incorporar o protagonismo solidário do Brasil, combinar a luta política estratégica, com essa tendência avançada, de vanguarda mesmo, que os fenômenos históricos indicam.
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