Passeata pela paz em Bogota no dia 9 de abril |
Esse ciclo positivo iniciou-se, de modo heterogêneo, desde o início do século XXI e prossegue aos dias atuais mesmo no auge da crise estrutural capitalista que atinge especialmente os Países da Europa e os Estados Unidos da América.
Todavia, presenciamos nos demais continentes uma perigosa escalada de variados conflitos e guerras que se espalham pelo Oriente Médio, Ásia, África quase todos envolvendo direta ou indiretamente o consórcio anglo-americano cujas motivações estão ligadas a objetivos geopolíticos e à posse por recursos naturais renováveis ou não.
A América Latina que durante séculos tem sido uma região estagnada, desapropriada de suas riquezas, mão de obra e matérias primas por colonizadores e neo-colonizadores, experimenta atualmente a possibilidade de trilhar, através de muita luta e determinação, um ciclo mais favorável de emergência das suas potencialidades através da construção, bastante árdua, da união dos seus Estados através do MERCOSUL e da CELAC.
O que exige a reafirmação da soberania desses Países que constituem esses dois blocos internacionais, por um logo período de paz entre as suas fronteiras, coisas que com muito esforço político, diplomático, vem sendo conquistadas.
Essa reinvindicação da paz pressupõe a necessidade da superação das abissais desigualdades econômicas, sociais, que ainda mantêm a região sob um brutal atraso interno em cada nação, como entre os povos latino-americanos como um todo.
A vitória eleitoral de Maduro, do movimento bolivariano na Venezuela é reveladora de avanços substanciais principalmente no combate decidido, sereno às ações provocadoras das forças reacionárias que desejam o retorno ao antigo status quo.
Por isso é emblemática a gigantesca marcha pela paz dos bravos na Colômbia reunindo centenas de milhares de pessoas exigindo uma nova era ao País que se caracteriza pela sua histórica riqueza cultural, de gente séria, acolhedora e altiva.
Assim, a luta pela paz é elemento indispensável ao progresso das nações latino-americanas que devem mostrar igualmente atitude militante, solidariedade aos povos ameaçados por intervenções ou agressões em qualquer parte do mundo.