Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão, no Almanaque Alagoas, no Tribuna do Agreste e no Santana Oxente:
A reeleição do presidente Barack Obama foi decisiva aos amplos segmentos do establishment alinhados ao partido Democrata, o empresarial, da informática, o industrial-militar, comercial, diplomático, midiático, mas também o ideológico.
Que exerce inquestionável liderança nas diretrizes culturais do País desde o governo Clinton com uma linha multiculturalista institucionalizada através de uma agenda global.
Já o partido Republicano representa a visão, o estilo de vida defendido pela metade dos norte-americanos, refratários às mudanças internas, externas, inadequado às novas estratégias expansionistas dos EUA.
Como potência imperial os Estados Unidos devem recrudescer suas investidas aumentando os perigos de novas intervenções armadas e guerras onde será preciso combinar a crescente força bruta com uma política ideológica flexível, exportável, assimilável a diversos setores sociais em escala mundial.
Setores sociais que se encontram à deriva, sem causas nacionais e populares galvanizadoras que os unifiquem, em decorrência da vitória global do projeto neoliberal, da perda relativa da autonomia dos Estados nacionais, da ausência de uma alternativa mais concreta de emancipação social.
Os Democratas conduzem essa agenda midiática-ideológica-cultural gestada pela "inteligência" norte-americana para consumo interno posteriormente difundida em escala mundial para o exercício da supremacia internacional visando amenizar os efeitos de uma política externa agressiva progressivamente contestada pelos povos.
Porque para os EUA em crise econômica estrutural é imprescindível garantir a "sustentabilidade planetária" dos privilégios imperiais ancorados na superioridade militar, no complexo de propaganda, na imposição dos seus padrões culturais.
Não se deve perder de vista que Republicanos ou Democratas abraçam o mesmo "princípio teológico" que avoca para os EUA o "destino manifesto de nação" evangelizadora das nações, por bem ou pela força, moldando-as aos seus próprios "valores morais, políticos, religiosos".
Quanto à grande mídia hegemônica em vários Países, inclusive no Brasil, ela representa, em geral, linhas auxiliares a esse controle ideológico da informação com uma postura obsequiosa, reverencial, no papel subalterno de correias de transmissão desses valores, da "agenda social global", a mesma visão sobre o poder e a geopolítica mundial unipolar.
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