Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão, no Almanaque Alagoas, no Tribuna do Agreste e no Santana Oxente:
Quando da iminência da Segunda Guerra Mundial, Winston Churchill, primeiro ministro inglês, concluiu que uma das causas responsáveis pelo surgimento do nazismo foram os pesados tributos de guerra decorrentes da Primeira Guerra Mundial cobrados à Alemanha derrotada.
Na realidade houve uma outra razão mais consistente que a reparação financeira que coube aos alemães pela responsabilidade do primeiro conflito militar em escala global da era moderna, foi a disputa do capital germânico pela hegemonia imperialista internacional cujas consequências redundaram nas duas carnificinas humanas nunca antes vistas.
Nos tempos atuais, promove-se uma sistemática lavagem cerebral exercida sobre os povos através de formidável complexo midiático hegemônico planetário a serviço do capital financeiro global, dos novos centuriões imperiais, os Estados Unidos, e potências menores, reeditando, sob novo cenário histórico, a fúria enlouquecida pelo lucro, responsável pelas duas grandes guerras mundiais.
Só que desta vez não existe uma contradição inter-imperialista determinante como antes mas a ação unilateral de um gigantesco império e seus satélites contra o resto da humanidade, construindo suas rotas de expansão, semeando guerras regionais, catástrofes lavadas em sangue, nomeando inimigos por todas as partes.
O poderio é de tal magnitude que enquanto o capital financeiro conduz a humanidade a uma brutal crise econômico-financeira, cuja bola da vez são as nações europeias subordinadas à estratégia recessiva alemã, os EUA cuidam de atear fogo no planeta e vão circundando militarmente as nações emergentes especialmente a China e a Rússia.
E em meio a um planeta marchando a passos largos para uma espécie de conflito militar global de novo tipo, o capital financeiro, os Estados Unidos, ainda submetem às nações uma agenda social global fragmentária, artificial e diversionista.
Mas também é verdade que vai se aprofundando o abismo entre os povos de um lado e o apetite insaciável desse capital global, além da repulsiva e ensandecida expansão imperial.
A vida vai demonstrando que a vocação para a "criação destrutiva" da nova ordem mundial aniquila as liberdades, produz a barbárie, esmaga os países, exigindo resistência para ser superada por outro tipo de civilização que assegure a soberania das nações, a emancipação social, os direitos dos cidadãos.
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