Meu novo artigo:
O brutal assassinato da vereadora Marielle do Rio de Janeiro não tem como responsável o Estado mas exatamente o seu contrário: a ausência do Estado. O Brasil vive um processo de esfrangalhamento das suas instituições fundamentais.
O jornalista brasileiro Pepe Escobar, especialista em geopolítica mundial, diz que o Brasil vive, faz um bom tempo, uma Guerra Híbrida cujo objetivo central é impedir o seu protagonismo como nação continental.
O momento de viragem dessas ações deu-se no processo de impedimento da ex-presidente Dilma Rousseff, mas já vem de alguns anos, como, por exemplo, as manifestações em 2013 com suas agendas difusas, indefinidas que se assemelharam às “Revoluções Coloridas” árabes que defenestraram a região. Construídas, monitoradas e dirigidas pelos órgãos de Inteligência de grandes potências.
Um dos vetores da Guerra Híbrida é a grande mídia, que já não é jornalismo investigativo mas ideológico, a serviço do capital financeiro, além dos movimentos desestabilizadores nas redes sociais através dos nominados robôs, fartamente conhecidos.
Qualquer País que almeje ser civilizado e, como o Brasil, candidato a player no tabuleiro das grandes nações, precisa de 4 fatores: um Estado forte, a democracia efetiva, consolidada com os poderes institucionais equilibrados, uma indústria dinâmica e competitiva, uma sociedade razoavelmente consciente do seu protagonismo.
Hoje temos uma nação com suas instituições esgarçadas onde predominam os interesses das corporações em detrimento do Estado nação.
Uma sociedade “pilhada” diuturnamente e fake news, onde predomina a pauta de um contra todos e todos contra qualquer um, num tipo de ódio galopante que atinge os setores médios da sociedade.
Uma economia em crise onde áreas estratégicas são abatidas em cumplicidade com grupos internacionais, assim como os direitos trabalhistas. O brutal assassinato da vereadora carioca, com suas repercussões, não há como ser entendido fora desse cenário.
Nesse caso são óbvias 3 perguntas para a elucidação da barbárie: quem, como e por quê. Sabe-se o como, uma brutal execução. Resta saber quem e por quê. Concretamente, nominalmente.
Caso contrário não há justiça, fica a impunidade, além da guerra generalizada de infâmias, preconceitos e calúnias. E a vida da vereadora irremediavelmente perdida.
segunda-feira, 19 de março de 2018
quinta-feira, 15 de março de 2018
Fadiga
Meu novo artigo:
As eleições italianas mostram, de novo, a insubordinação das sociedades com as consequências das políticas da globalização financeira imposta às nações a partir da virada do segundo milênio.
Durante a maior parte do século XX o processo de internacionalização do capitalismo efetuava-se principalmente na disputa do capital desde os Estados Nações em ferrenha competição pela hegemonia seja das empresas ou mesmo entre os sistemas financeiros, na busca dos espaços internacionais.
No século XXI deu-se um salto no processo de acumulação do sistema financeiro que aumentou o poder global e expandiu-se de forma espetacular o rentismo predador, impulsionado pela revolução tecnológica, a cibernética etc.
Esse fenômeno atingiu tal dimensão que a globalização financeira passou a negar os Estados Nacionais como entraves ao novo modo acumulativo. Tornou-se, para o capital especulativo, vital combater o próprio Estado de todas as formas: financeira, econômica, política e ideológica.
Vendeu-se através da grande mídia global a ideia de formas “elevadas” da sociedade fundadas em uma Nova Ordem mundial.
Foi aí que surgiu o nipo-americano Francis Fukuyama com a sua tese do Fim da História e uma pretensa nova etapa de crescimento econômico contínuo, a ausência de conflitos bélicos, pleno emprego, o fim das fronteiras nacionais e o “cidadão global”. Tudo acompanhado de um formidável bombardeio ideológico e cultural.
Esse mito de laboratório ruiu tanto pela incrível quantidade de guerras regionais pelos continentes como pela ascensão de algumas nações como a China, Rússia etc. e a debacle da “nova economia” deflagrada em 2008, abatendo centenas de milhões de empregos no planeta.
Nasce então uma outra ordem multipolar que confronta a velha “Nova Ordem mundial”. Além disso a globalização financeira e sua governança mundial, constituída com uma falsa cultura e agendas sociais, passa a ser rejeitada dentro das nações, independente de quem sejam os eleitos.
A globalização do rentismo predador mostra grave fadiga de material e vai arrastando consigo forças políticas que a propugnaram ou foram cooptadas. Ressurge a questão nacional, a soberania dos povos, a luta por suas riquezas naturais, os direitos sociais, o patrimônio cultural, os elevados valores universais da humanidade que alardeavam superados.
As eleições italianas mostram, de novo, a insubordinação das sociedades com as consequências das políticas da globalização financeira imposta às nações a partir da virada do segundo milênio.
Durante a maior parte do século XX o processo de internacionalização do capitalismo efetuava-se principalmente na disputa do capital desde os Estados Nações em ferrenha competição pela hegemonia seja das empresas ou mesmo entre os sistemas financeiros, na busca dos espaços internacionais.
No século XXI deu-se um salto no processo de acumulação do sistema financeiro que aumentou o poder global e expandiu-se de forma espetacular o rentismo predador, impulsionado pela revolução tecnológica, a cibernética etc.
Esse fenômeno atingiu tal dimensão que a globalização financeira passou a negar os Estados Nacionais como entraves ao novo modo acumulativo. Tornou-se, para o capital especulativo, vital combater o próprio Estado de todas as formas: financeira, econômica, política e ideológica.
Vendeu-se através da grande mídia global a ideia de formas “elevadas” da sociedade fundadas em uma Nova Ordem mundial.
Foi aí que surgiu o nipo-americano Francis Fukuyama com a sua tese do Fim da História e uma pretensa nova etapa de crescimento econômico contínuo, a ausência de conflitos bélicos, pleno emprego, o fim das fronteiras nacionais e o “cidadão global”. Tudo acompanhado de um formidável bombardeio ideológico e cultural.
Esse mito de laboratório ruiu tanto pela incrível quantidade de guerras regionais pelos continentes como pela ascensão de algumas nações como a China, Rússia etc. e a debacle da “nova economia” deflagrada em 2008, abatendo centenas de milhões de empregos no planeta.
Nasce então uma outra ordem multipolar que confronta a velha “Nova Ordem mundial”. Além disso a globalização financeira e sua governança mundial, constituída com uma falsa cultura e agendas sociais, passa a ser rejeitada dentro das nações, independente de quem sejam os eleitos.
A globalização do rentismo predador mostra grave fadiga de material e vai arrastando consigo forças políticas que a propugnaram ou foram cooptadas. Ressurge a questão nacional, a soberania dos povos, a luta por suas riquezas naturais, os direitos sociais, o patrimônio cultural, os elevados valores universais da humanidade que alardeavam superados.
quarta-feira, 7 de março de 2018
A ditadura
Meu novo artigo:
Ao regime democrático não cabem adjetivações; ou há democracia ou não existe um sistema democrático, no sentido clássico do termo, onde prevaleça o equilíbrio entre os três poderes, executivo, legislativo, judiciário, o respeito fundamental ao livre pacto constitucional, a garantia dos direitos e deveres coletivos e individuais dos cidadãos.
Aqui e em qualquer parte do mundo não existe cidadania ou democracia sem a efetiva soberania nacional.
A soberania de uma nação não é “mais uma agenda” a ser discutida em uma pauta de propostas ou reinvindicações gerais; é o principio base, a pedra fundamental, o alicerce onde repousa o Estado nacional e a sociedade brasileira.
Economia e soberania andam juntas e indissociáveis. O Brasil, como mostram as estatísticas, foi o País, apesar dos pesares, que mais cresceu no planeta entre as décadas de 1950 a 1980 impulsionado pelas Indústrias de Base inauguradas por Getúlio Vargas, em hábil negociação com os EUA durante a 2a Guerra Mundial, preservando a autonomia nacional e territorial do Brasil.
Hoje somos uma democracia formal mas não efetiva. A responsabilidade repousa na abdicação de um projeto estratégico de desenvolvimento em detrimento de um pensamento econômico liberal ultra-ortodoxo, que já não é aplicado em nenhum País de importância no mundo.
A nação vive uma ditadura do pensamento do Mercado. Baixou-se “um édito” interditando o debate dos rumos do País via imposição de brutal hegemonia ideológica na economia, na cultura, fobias gerais, agendas sociais globalitárias, mas que não são de valor universal, negando raízes e identidades próprias.
Isso não seria possível sem a grande mídia e o Mercado. O País é refém de tresloucada agenda ultra-neoliberal que já evidencia saturação e massivas rejeições políticas na Europa e nos EUA.
A capitulação ao sectarismo financista além de tardio reflete o nefasto Temer, o autoritarismo galopante, a desconstrução dos poderes da República, as corporações do Estado que disputam entre si o poder. É, infelizmente, como no filme de comédia “O piloto sumiu”.
O Brasil necessita de um novo pensamento nacional, a construção de ampla frente nacional e social que encare as novas tendências do século XXI em seu conjunto, visando o seu protagonismo solidário, a vocação democrática, inclusiva e soberana.
Ao regime democrático não cabem adjetivações; ou há democracia ou não existe um sistema democrático, no sentido clássico do termo, onde prevaleça o equilíbrio entre os três poderes, executivo, legislativo, judiciário, o respeito fundamental ao livre pacto constitucional, a garantia dos direitos e deveres coletivos e individuais dos cidadãos.
Aqui e em qualquer parte do mundo não existe cidadania ou democracia sem a efetiva soberania nacional.
A soberania de uma nação não é “mais uma agenda” a ser discutida em uma pauta de propostas ou reinvindicações gerais; é o principio base, a pedra fundamental, o alicerce onde repousa o Estado nacional e a sociedade brasileira.
Economia e soberania andam juntas e indissociáveis. O Brasil, como mostram as estatísticas, foi o País, apesar dos pesares, que mais cresceu no planeta entre as décadas de 1950 a 1980 impulsionado pelas Indústrias de Base inauguradas por Getúlio Vargas, em hábil negociação com os EUA durante a 2a Guerra Mundial, preservando a autonomia nacional e territorial do Brasil.
Hoje somos uma democracia formal mas não efetiva. A responsabilidade repousa na abdicação de um projeto estratégico de desenvolvimento em detrimento de um pensamento econômico liberal ultra-ortodoxo, que já não é aplicado em nenhum País de importância no mundo.
A nação vive uma ditadura do pensamento do Mercado. Baixou-se “um édito” interditando o debate dos rumos do País via imposição de brutal hegemonia ideológica na economia, na cultura, fobias gerais, agendas sociais globalitárias, mas que não são de valor universal, negando raízes e identidades próprias.
Isso não seria possível sem a grande mídia e o Mercado. O País é refém de tresloucada agenda ultra-neoliberal que já evidencia saturação e massivas rejeições políticas na Europa e nos EUA.
A capitulação ao sectarismo financista além de tardio reflete o nefasto Temer, o autoritarismo galopante, a desconstrução dos poderes da República, as corporações do Estado que disputam entre si o poder. É, infelizmente, como no filme de comédia “O piloto sumiu”.
O Brasil necessita de um novo pensamento nacional, a construção de ampla frente nacional e social que encare as novas tendências do século XXI em seu conjunto, visando o seu protagonismo solidário, a vocação democrática, inclusiva e soberana.
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018
As ilusões (neo) liberais
Meu novo artigo:
Ao contrário do senso vulgar da palavra, liberalismo não é ser tolerante e democrata. Porque para se aplicar o liberalismo na vida econômica dos Países é preciso duas coisas fundamentais: destruição do Estado nacional, entrega das suas riquezas financeiras, materiais, muita perseguição contra os que se opuserem à destruição dos direitos trabalhistas e aos patriotas que se insurgem em defesa do País.
Essa é a função do nefasto governo Temer. Aprofundar o avanço do liberalismo no Brasil, que já vem de décadas com a hegemonia do pensamento econômico do Mercado financeiro, dos “financistas” que seguem os cofres de Wall Street.
O liberalismo, neoliberalismo no século XXI, pode ser aplicado de duas maneiras: a autoritária, ortodoxa que age na vida social com base na hegemonia política, financeira, midiática. E conforme a conjuntura mundial, nacional, o neoliberalismo social que significa impor estratégias do Mercado financeiro contra o País, a indústria, agricultura, comércio, a sociedade, através de políticas sociais compensatórias jamais estruturantes.
Porém há a incontornável vida política. Não é preciso ser marxista, militante ou “ativista” para ter como óbvia a frase do líder bolchevique Lenin: “a teoria é a analise concreta da realidade concreta” e suas consequências. O demais é exercício de Academia, que tem seu grande valor.
Política e economia andam juntas como irmãs siamesas. A atividade política é complexa, exige movimentos, acordos, recuos, composições segundo a correlação das forças em disputa pelo poder.
Não há vida fora da política como não existe vida na Lua. Mas é árida essa arte, especialmente com a mídia hegemônica atuando a serviço do Mercado cuja função central é substituir a própria política.
O País vem sendo agredido em seu protagonismo econômico, soberania, atacado pelo Mercado sob a batuta da grande mídia global, que impõe o liberalismo ortodoxo, privatista, antinacional contra a sociedade.
Mas há outra agenda desse Mercado global: a pseudointernacionalista, onde não existe nação, cultura, referências Históricas etc. É o inviável “liberal social progressista neoanarquista” falso cosmopolita e categorias similares. Só ampla união em defesa da nação, democracia, do desenvolvimento, direitos sociais, pode encontrar novos rumos para o Brasil.
Ao contrário do senso vulgar da palavra, liberalismo não é ser tolerante e democrata. Porque para se aplicar o liberalismo na vida econômica dos Países é preciso duas coisas fundamentais: destruição do Estado nacional, entrega das suas riquezas financeiras, materiais, muita perseguição contra os que se opuserem à destruição dos direitos trabalhistas e aos patriotas que se insurgem em defesa do País.
Essa é a função do nefasto governo Temer. Aprofundar o avanço do liberalismo no Brasil, que já vem de décadas com a hegemonia do pensamento econômico do Mercado financeiro, dos “financistas” que seguem os cofres de Wall Street.
O liberalismo, neoliberalismo no século XXI, pode ser aplicado de duas maneiras: a autoritária, ortodoxa que age na vida social com base na hegemonia política, financeira, midiática. E conforme a conjuntura mundial, nacional, o neoliberalismo social que significa impor estratégias do Mercado financeiro contra o País, a indústria, agricultura, comércio, a sociedade, através de políticas sociais compensatórias jamais estruturantes.
Porém há a incontornável vida política. Não é preciso ser marxista, militante ou “ativista” para ter como óbvia a frase do líder bolchevique Lenin: “a teoria é a analise concreta da realidade concreta” e suas consequências. O demais é exercício de Academia, que tem seu grande valor.
Política e economia andam juntas como irmãs siamesas. A atividade política é complexa, exige movimentos, acordos, recuos, composições segundo a correlação das forças em disputa pelo poder.
Não há vida fora da política como não existe vida na Lua. Mas é árida essa arte, especialmente com a mídia hegemônica atuando a serviço do Mercado cuja função central é substituir a própria política.
O País vem sendo agredido em seu protagonismo econômico, soberania, atacado pelo Mercado sob a batuta da grande mídia global, que impõe o liberalismo ortodoxo, privatista, antinacional contra a sociedade.
Mas há outra agenda desse Mercado global: a pseudointernacionalista, onde não existe nação, cultura, referências Históricas etc. É o inviável “liberal social progressista neoanarquista” falso cosmopolita e categorias similares. Só ampla união em defesa da nação, democracia, do desenvolvimento, direitos sociais, pode encontrar novos rumos para o Brasil.
terça-feira, 20 de fevereiro de 2018
Pântano
Meu novo artigo:
Se 83% da população carioca deseja a presença das forças armadas para sua proteção é porque não confia na ação da polícia, já que não resolve o problema da segurança ou talvez por contaminação com os bilionários negócios do narcotráfico, e significa que esse é o espírito de pânico da sociedade, inflada pela campanha de terror midiático promovida pela grande mídia hegemônica global.
O comandante do Exército general Eduardo Villas Bôas, homem de capacidade intelectual, bom senso, prestou depoimento ao Congresso Nacional em 2017 sobre a ocupação das forças armadas no complexo de favelas da Maré, a pedido do governador do Rio, sob as ordens da então presidente Dilma.
Disse Villas Bôas: “Nos 14 meses que lá permaneceram os militares vi crianças, senhoras sob a mira dos soldados que cercavam os narcotraficantes. Estamos em uma sociedade doente. Os militares das forças armadas apontando armas para a população? E depois que saímos o tráfico armado retornou”.
O nefasto Temer, a pedido do acoelhado governador Pezão do Rio decretou intervenção federal, prevista na Constituição, na segurança pública, enviando, de novo, para as favelas cariocas as forças armadas em uma esperta cambalhota política frente à iminente derrota na votação da reforma da Previdência.
As forças armadas hoje são educadas no espírito de respeito à Constituição, ao Estado nacional. Negar-se a cumprir a intervenção é sublevação ou tentativa de golpe como podem achar uns ou outros.
As pesquisas feitas nos Estados da federação atestam que para a sociedade o problema trágico é a segurança pública pelos índices de assaltos e assassinatos ao nível de guerras civis que existem em alguns países, seguido pela saúde, educação, moradia, transportes, emprego.
O Brasil encontra-se com as instituições da República esgarçadas; executivo, legislativo, judiciário numa aguda crise política que já dura 5 anos.
Assaltado pelo Mercado financeiro, privatizações de estatais, quebra dos direitos trabalhistas, dominado por uma mídia global alimentando o ódio estéril, ideológico e histérico de um contra todos, todos contra qualquer um, cevando um pântano fétido.
Vai ficando evidente que esgotou-se um ciclo político no Brasil. É fundamental um novo rumo em defesa da soberania nacional, o desenvolvimento e a democracia. Todas ameaçadas.
Se 83% da população carioca deseja a presença das forças armadas para sua proteção é porque não confia na ação da polícia, já que não resolve o problema da segurança ou talvez por contaminação com os bilionários negócios do narcotráfico, e significa que esse é o espírito de pânico da sociedade, inflada pela campanha de terror midiático promovida pela grande mídia hegemônica global.
O comandante do Exército general Eduardo Villas Bôas, homem de capacidade intelectual, bom senso, prestou depoimento ao Congresso Nacional em 2017 sobre a ocupação das forças armadas no complexo de favelas da Maré, a pedido do governador do Rio, sob as ordens da então presidente Dilma.
Disse Villas Bôas: “Nos 14 meses que lá permaneceram os militares vi crianças, senhoras sob a mira dos soldados que cercavam os narcotraficantes. Estamos em uma sociedade doente. Os militares das forças armadas apontando armas para a população? E depois que saímos o tráfico armado retornou”.
O nefasto Temer, a pedido do acoelhado governador Pezão do Rio decretou intervenção federal, prevista na Constituição, na segurança pública, enviando, de novo, para as favelas cariocas as forças armadas em uma esperta cambalhota política frente à iminente derrota na votação da reforma da Previdência.
As forças armadas hoje são educadas no espírito de respeito à Constituição, ao Estado nacional. Negar-se a cumprir a intervenção é sublevação ou tentativa de golpe como podem achar uns ou outros.
As pesquisas feitas nos Estados da federação atestam que para a sociedade o problema trágico é a segurança pública pelos índices de assaltos e assassinatos ao nível de guerras civis que existem em alguns países, seguido pela saúde, educação, moradia, transportes, emprego.
O Brasil encontra-se com as instituições da República esgarçadas; executivo, legislativo, judiciário numa aguda crise política que já dura 5 anos.
Assaltado pelo Mercado financeiro, privatizações de estatais, quebra dos direitos trabalhistas, dominado por uma mídia global alimentando o ódio estéril, ideológico e histérico de um contra todos, todos contra qualquer um, cevando um pântano fétido.
Vai ficando evidente que esgotou-se um ciclo político no Brasil. É fundamental um novo rumo em defesa da soberania nacional, o desenvolvimento e a democracia. Todas ameaçadas.
quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018
Incrível Huck
Meu novo artigo:
A grande mídia global continua a fazer gato e sapato do Brasil. Constrói narrativas sociais e políticas, o ponto e o contraponto sempre em prol do Mercado financeiro, de uma elite predadora contrária aos interesses do povo e do País.
A marcha batida desse sistema de alianças - grande mídia, especuladores rentistas, grupos internacionais, parcelas de uma elite colonizada - está à vista com a desconstrução da nação.
A implosão das instituições democráticas, direitos sociais, privatização das empresas estatais, o desmonte do parque industrial que já vinha aos frangalhos, ameaças à internacionalização da Amazônia com riqueza calculada em 23 trilhões de dólares.
Uma sociedade marcada pela profunda desigualdade, o crescimento brutal da criminalidade e da violência em todos os níveis e contra todos, além de uma juventude massacrada nas periferias.
Nuca se reivindicou com tanta justeza os direitos das mulheres, das minorias, contra as manifestações de racismo. E no entanto cresceram exponencialmente as manifestações de intolerância, fobias, várias delas importadas de outras formações culturais, antropológicas que, mesmo não sendo as nossas próprias heranças e mazelas já conhecidas, foram internacionalizadas a ferro e fogo pela globalização financeira.
O consumo enlouquecido virou o deus da sociedade na ausência de referências a uma nação de 210 milhões de habitantes, como um continente desgovernado. E em meio a essa tragédia encontra-se a grande mídia, a governança da Nova Ordem mundial.
Assomou uma ideologia padronizando as ideias do capital parasitário, não dos indivíduos e da sociedade. O golpe no Brasil que formalizou a cultura do ódio de um contra todos, todos contra qualquer um, é novela que segue adiante.
Eles não pretendem intermediários. É vital a destruição completa da vida política, das instituições democráticas. Daí que surge o incrível Huck ventríloquo perfeito da grande mídia, do Mercado, abonado por Fernando Henrique Cardoso.
A saída para um golpe tão monstruoso clama em outubro pela união das forças progressistas, democráticas e patrióticas através da luta política. De um novo projeto nacional que reaglutine a sociedade frente à ausência de rumos, à dispersão geral, escabrosos abismos sociais, em defesa do Brasil e do desenvolvimento. É uma corrida contra o tempo.
A grande mídia global continua a fazer gato e sapato do Brasil. Constrói narrativas sociais e políticas, o ponto e o contraponto sempre em prol do Mercado financeiro, de uma elite predadora contrária aos interesses do povo e do País.
A marcha batida desse sistema de alianças - grande mídia, especuladores rentistas, grupos internacionais, parcelas de uma elite colonizada - está à vista com a desconstrução da nação.
A implosão das instituições democráticas, direitos sociais, privatização das empresas estatais, o desmonte do parque industrial que já vinha aos frangalhos, ameaças à internacionalização da Amazônia com riqueza calculada em 23 trilhões de dólares.
Uma sociedade marcada pela profunda desigualdade, o crescimento brutal da criminalidade e da violência em todos os níveis e contra todos, além de uma juventude massacrada nas periferias.
Nuca se reivindicou com tanta justeza os direitos das mulheres, das minorias, contra as manifestações de racismo. E no entanto cresceram exponencialmente as manifestações de intolerância, fobias, várias delas importadas de outras formações culturais, antropológicas que, mesmo não sendo as nossas próprias heranças e mazelas já conhecidas, foram internacionalizadas a ferro e fogo pela globalização financeira.
O consumo enlouquecido virou o deus da sociedade na ausência de referências a uma nação de 210 milhões de habitantes, como um continente desgovernado. E em meio a essa tragédia encontra-se a grande mídia, a governança da Nova Ordem mundial.
Assomou uma ideologia padronizando as ideias do capital parasitário, não dos indivíduos e da sociedade. O golpe no Brasil que formalizou a cultura do ódio de um contra todos, todos contra qualquer um, é novela que segue adiante.
Eles não pretendem intermediários. É vital a destruição completa da vida política, das instituições democráticas. Daí que surge o incrível Huck ventríloquo perfeito da grande mídia, do Mercado, abonado por Fernando Henrique Cardoso.
A saída para um golpe tão monstruoso clama em outubro pela união das forças progressistas, democráticas e patrióticas através da luta política. De um novo projeto nacional que reaglutine a sociedade frente à ausência de rumos, à dispersão geral, escabrosos abismos sociais, em defesa do Brasil e do desenvolvimento. É uma corrida contra o tempo.
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018
Outros tempos
Meu novo artigo:
Em 1963 a comédia norte-americana Deu a Louca no Mundo, em inglês It’s a Mad, Mad, Mad, Mad World do diretor Stanley Kramer foi sucesso de bilheteria no Brasil e em todo o mundo, transformando-se num clássico.
Trata-se de uma história hilária sobre pessoas que ficam sabendo de uma fortuna roubada por gângsteres que sofrem um acidente automobilístico fatal em uma estrada, deixando um mapa do dinheiro enterrado.
Daí que várias pessoas, famílias, indivíduos, policiais, iniciam uma tresloucada corrida, atravessando de carro metade dos EUA para ver quem se apoderaria do butim escondido.
Comparado ao tempo atual é um filme suave, ingênuo como quase tudo da época, mesmo com as sombras da Guerra Fria ameaçando o planeta, os golpes de Estado etc.
Hoje podemos afirmar que a ofensiva insana do rentismo parasitário vem promovendo uma verdadeira epidemia global de loucuras e terror, especialmente após a crise financeira em 2008.
Alguns Países como a China, Rússia, que mantiveram ou reconquistaram a soberania sobre seus interesses nacionais, adequaram-se aos outros desenhos da Nova Ordem mundial, tornaram-se atores de 1a grandeza na emergência do novo cenário geopolítico mundial.
Esses tempos atuais são distintos da bipolarização mundial da Guerra Fria. O País que não é dono do próprio nariz vira refém é da agenda da banca financeira global.
Já nos EUA a candidata Hillary Clinton que representa os interesses dos altos executivos de Wall Street, de grande parte das celebridades do show business, foi derrotada por Donald Trump, um destemperado bilionário eleito pelo americano endividado, sem esperanças, desempregado, casa hipotecada, longe do glamour da vida milionária, dos holofotes de Hollywood. Em séria crise, os EUA fraturaram ao meio.
Porém nesse novo cenário falta um ator que é o quinto maior País do planeta, detém papel geopolítico estratégico, imensas riquezas naturais e aos trancos e barrancos é a sétima economia mundial: o Brasil.
Mas o Brasil foi imobilizado pela hegemonia do capital rentista, a desqualificação e fragmentação do Estado nacional, a ausência de um projeto de desenvolvimento ousado, competitivo, tanto interno como externo. A centralidade do protagonismo geopolítico brasileiro, o desenvolvimento econômico são os desafios incontornáveis que temos pela frente.
Em 1963 a comédia norte-americana Deu a Louca no Mundo, em inglês It’s a Mad, Mad, Mad, Mad World do diretor Stanley Kramer foi sucesso de bilheteria no Brasil e em todo o mundo, transformando-se num clássico.
Trata-se de uma história hilária sobre pessoas que ficam sabendo de uma fortuna roubada por gângsteres que sofrem um acidente automobilístico fatal em uma estrada, deixando um mapa do dinheiro enterrado.
Daí que várias pessoas, famílias, indivíduos, policiais, iniciam uma tresloucada corrida, atravessando de carro metade dos EUA para ver quem se apoderaria do butim escondido.
Comparado ao tempo atual é um filme suave, ingênuo como quase tudo da época, mesmo com as sombras da Guerra Fria ameaçando o planeta, os golpes de Estado etc.
Hoje podemos afirmar que a ofensiva insana do rentismo parasitário vem promovendo uma verdadeira epidemia global de loucuras e terror, especialmente após a crise financeira em 2008.
Alguns Países como a China, Rússia, que mantiveram ou reconquistaram a soberania sobre seus interesses nacionais, adequaram-se aos outros desenhos da Nova Ordem mundial, tornaram-se atores de 1a grandeza na emergência do novo cenário geopolítico mundial.
Esses tempos atuais são distintos da bipolarização mundial da Guerra Fria. O País que não é dono do próprio nariz vira refém é da agenda da banca financeira global.
Já nos EUA a candidata Hillary Clinton que representa os interesses dos altos executivos de Wall Street, de grande parte das celebridades do show business, foi derrotada por Donald Trump, um destemperado bilionário eleito pelo americano endividado, sem esperanças, desempregado, casa hipotecada, longe do glamour da vida milionária, dos holofotes de Hollywood. Em séria crise, os EUA fraturaram ao meio.
Porém nesse novo cenário falta um ator que é o quinto maior País do planeta, detém papel geopolítico estratégico, imensas riquezas naturais e aos trancos e barrancos é a sétima economia mundial: o Brasil.
Mas o Brasil foi imobilizado pela hegemonia do capital rentista, a desqualificação e fragmentação do Estado nacional, a ausência de um projeto de desenvolvimento ousado, competitivo, tanto interno como externo. A centralidade do protagonismo geopolítico brasileiro, o desenvolvimento econômico são os desafios incontornáveis que temos pela frente.
quarta-feira, 31 de janeiro de 2018
O Tibete é aqui
Meu novo artigo:
Segundo o escritor André Araújo, ou o Brasil recentraliza o Estado nacional em torno de um poder executivo com as suas atribuições refortalecidas ou a nação vai continuar descarrilada, sem um governo efetivo, devido ao processo contínuo do fatiamento das suas atribuições.
Esse fenômeno do enfraquecimento das prerrogativas do poder executivo central vem da estratégia do capital financeiro, seus economistas nativos, em implantar no País o Estado Mínimo.
O objetivo é a privatização dos ativos financeiros, riquezas naturais, quebra das históricas conquistas trabalhistas, apropriação das empresas estatais lucrativas. Ao Estado restariam as funções que não interessam ao rentismo global.
A fragmentação do poder executivo ao longo das últimas décadas, e que tanto atrai os adeptos do novo anarquismo do século XXI, gerou a existência de “núcleos de poder autônomos” centrais, que como todo o poder disputa, antropofagicamente, o poder entre si.
E isso não produz a democracia mas o contrário; o autoritarismo, o estado de exceção em que vivemos, além da atual flagrante ingovernabilidade. Quando todos mandam ninguém manda, afirma André Araújo invocando as lições da História mundial.
O Brasil vive uma das maiores desindustrializações da História da economia global, reduzida a menos de 12% da produção nacional. Já uma entidade internacional afirma que 1% dos brasileiros é mais rico que a metade da população.
O general de Exército Eduardo Villas Bôas falou em recente palestra sobre a necessidade de um projeto nacional multidisciplinar sob bases democráticas que retome o desenvolvimento e a identidade da nação.
Afirma que hoje a beligerância imperialista é substituída por ações sofisticadas como na Amazônia, que recebe visitas “sigilosas” como a do rei da Noruega e outras nobrezas “filantrópicas”.
O cerne da questão está na ambição da internacionalização da Amazônia, cuja riqueza é calculada em 23 trilhões de dólares. Villas Bôas faz alusão à reclamada, por potências e propalada pela grande mídia, independência do Tibete pelas riquezas e interesses geoestratégicos. Diz que a Amazônia corre o risco de ser o nosso Tibete.
Assim, os problemas do Brasil são graves, cabe aos democratas e patriotas a lucidez e a união necessárias em defesa do futuro e do que nos legaram os nossos antepassados.
Segundo o escritor André Araújo, ou o Brasil recentraliza o Estado nacional em torno de um poder executivo com as suas atribuições refortalecidas ou a nação vai continuar descarrilada, sem um governo efetivo, devido ao processo contínuo do fatiamento das suas atribuições.
Esse fenômeno do enfraquecimento das prerrogativas do poder executivo central vem da estratégia do capital financeiro, seus economistas nativos, em implantar no País o Estado Mínimo.
O objetivo é a privatização dos ativos financeiros, riquezas naturais, quebra das históricas conquistas trabalhistas, apropriação das empresas estatais lucrativas. Ao Estado restariam as funções que não interessam ao rentismo global.
A fragmentação do poder executivo ao longo das últimas décadas, e que tanto atrai os adeptos do novo anarquismo do século XXI, gerou a existência de “núcleos de poder autônomos” centrais, que como todo o poder disputa, antropofagicamente, o poder entre si.
E isso não produz a democracia mas o contrário; o autoritarismo, o estado de exceção em que vivemos, além da atual flagrante ingovernabilidade. Quando todos mandam ninguém manda, afirma André Araújo invocando as lições da História mundial.
O Brasil vive uma das maiores desindustrializações da História da economia global, reduzida a menos de 12% da produção nacional. Já uma entidade internacional afirma que 1% dos brasileiros é mais rico que a metade da população.
O general de Exército Eduardo Villas Bôas falou em recente palestra sobre a necessidade de um projeto nacional multidisciplinar sob bases democráticas que retome o desenvolvimento e a identidade da nação.
Afirma que hoje a beligerância imperialista é substituída por ações sofisticadas como na Amazônia, que recebe visitas “sigilosas” como a do rei da Noruega e outras nobrezas “filantrópicas”.
O cerne da questão está na ambição da internacionalização da Amazônia, cuja riqueza é calculada em 23 trilhões de dólares. Villas Bôas faz alusão à reclamada, por potências e propalada pela grande mídia, independência do Tibete pelas riquezas e interesses geoestratégicos. Diz que a Amazônia corre o risco de ser o nosso Tibete.
Assim, os problemas do Brasil são graves, cabe aos democratas e patriotas a lucidez e a união necessárias em defesa do futuro e do que nos legaram os nossos antepassados.
quarta-feira, 24 de janeiro de 2018
Impasse agravado
Meu novo artigo:
A condenação do ex-presidente Lula mostra que o País vive um estado de exceção, mesmo com as instituições funcionando, visto que será difícil convencer os brasileiros, ou os estrangeiros, de que o seu julgamento não tenha sido fundamentalmente político, já que figuras proeminentes da República em situações idênticas em quesitos de denúncias e ou processos, Aécio Neves só para citar um exemplo, continuam incólumes, lépidos e fagueiros.
Em outras palavras, a condenação do ex-presidente vem sendo vista como primordialmente política e eleitoral, abstraindo-se as controversas nuances jurídicas, tendo em conta o enorme potencial da sua candidatura, líder em todas as pesquisas de opinião pública.
Mas os fatores da gravíssima crise brasileira são bem mais profundos que o julgamento que condenou o ex-presidente, alastram-se para o conjunto das instituições republicanas e ameaçam a própria existência do Estado nacional.
Por outro lado é fundamental sempre assinalar que nos Estados modernos civilizados, qualquer alternativa a um impasse, seja de que magnitude for, acontece através da política e pela via democrática.
Mas a política representa pactos de gerência dos assuntos e interesses institucionais entre grupos, classes sociais etc., assim como democracia é a maneira mais civilizada que a humanidade concebeu de lidar com os conflitos inevitáveis nas sociedades complexas modernas.
No entanto, nem a democracia ou a política encerram em si próprias a solução das vicissitudes de uma nação. Elas não são “a pedra filosofal” ou o caminho “místico” onde basta invocá-las que os problemas do Brasil passam, como uma solução mágica, a ser resolvidos.
Atualmente o Brasil é um país totalmente à deriva, dividido em “tribos de poder” que disputam entre si o protagonismo central e se digladiam entre elas, estimuladas por uma grande mídia que não é mídia, mas “o grande poder” que manipula as demais “tribos” a serviço do Mercado financeiro rumo a um perigosíssimo impasse.
É fundamental a vontade nacional, a união do povo brasileiro em torno de um projeto estratégico, democrático, uma liderança consciente capaz de liderar um País soberano com dimensões continentais, imensas riquezas naturais, uma população de 200 milhões de habitantes que aos trancos e barrancos ainda é a sétima economia global.
A condenação do ex-presidente Lula mostra que o País vive um estado de exceção, mesmo com as instituições funcionando, visto que será difícil convencer os brasileiros, ou os estrangeiros, de que o seu julgamento não tenha sido fundamentalmente político, já que figuras proeminentes da República em situações idênticas em quesitos de denúncias e ou processos, Aécio Neves só para citar um exemplo, continuam incólumes, lépidos e fagueiros.
Em outras palavras, a condenação do ex-presidente vem sendo vista como primordialmente política e eleitoral, abstraindo-se as controversas nuances jurídicas, tendo em conta o enorme potencial da sua candidatura, líder em todas as pesquisas de opinião pública.
Mas os fatores da gravíssima crise brasileira são bem mais profundos que o julgamento que condenou o ex-presidente, alastram-se para o conjunto das instituições republicanas e ameaçam a própria existência do Estado nacional.
Por outro lado é fundamental sempre assinalar que nos Estados modernos civilizados, qualquer alternativa a um impasse, seja de que magnitude for, acontece através da política e pela via democrática.
Mas a política representa pactos de gerência dos assuntos e interesses institucionais entre grupos, classes sociais etc., assim como democracia é a maneira mais civilizada que a humanidade concebeu de lidar com os conflitos inevitáveis nas sociedades complexas modernas.
No entanto, nem a democracia ou a política encerram em si próprias a solução das vicissitudes de uma nação. Elas não são “a pedra filosofal” ou o caminho “místico” onde basta invocá-las que os problemas do Brasil passam, como uma solução mágica, a ser resolvidos.
Atualmente o Brasil é um país totalmente à deriva, dividido em “tribos de poder” que disputam entre si o protagonismo central e se digladiam entre elas, estimuladas por uma grande mídia que não é mídia, mas “o grande poder” que manipula as demais “tribos” a serviço do Mercado financeiro rumo a um perigosíssimo impasse.
É fundamental a vontade nacional, a união do povo brasileiro em torno de um projeto estratégico, democrático, uma liderança consciente capaz de liderar um País soberano com dimensões continentais, imensas riquezas naturais, uma população de 200 milhões de habitantes que aos trancos e barrancos ainda é a sétima economia global.
quarta-feira, 17 de janeiro de 2018
O coreano e o Brasil
Meu novo artigo:
A partir do Consenso de Washington em 1980 os Países, não exclusivamente os emergentes, foram induzidos ou forçados às orientações internacionais que difundiam o livre comércio como a solução definitiva, a “Maravilha curativa” para os imbróglios financeiros de várias nações do primeiro mundo, assim como a redenção definitiva aos ditos emergentes.
Segundo o economista sul-coreano Ha-Joon Chang, hoje quando olhamos para os Países ricos, em sua maioria, eles realmente o praticam e achamos que foi com essa receita e dessa maneira que se tornaram efetivamente ricos e se desenvolveram.
Mas, olhando em retrospectiva, o que aconteceu foi exatamente o inverso, eles enriqueceram praticando o protecionismo privado e com as empresas estatais, diz Chang. E só a partir daí é que propugnaram o livre comércio, impondo-o aos demais.
Ele lembra que a Inglaterra procurou forçar os Estados Unidos e a Alemanha à fórmula do livre comércio no século XIX. E afirma que foi dessa maneira que o Reino Unido tornou-se objetivamente rico.
A Inglaterra ao dizer que os demais Países não podem usar o protecionismo é como alguém que após subir no topo da escada, chuta a escada para que os outros não possam usá-la novamente, afirma o sul-coreano.
E foi exatamente com as políticas de proteção das suas economias, estatais e privadas, que os Estados Unidos com base nas orientações de Alexander Hamilton (1789-1795), Secretário do Tesouro dos EUA, a Alemanha no século XIX, Suécia, Coréia do Sul e Taiwan no século XX conseguiram o salto ao desenvolvimento.
Chang fala que a política de austeridade, regra do capital financeiro global, vem sendo usada várias vezes no Brasil desde as décadas de 1980 e 1990 aos dias atuais. E cita Albert Einstein: a real definição de loucura é fazer a mesma coisa várias vezes e esperar resultados desejados mas quando não acontecem culpam a realidade.
A indústria de transformação já foi responsável por 35% da produção nacional, hoje é menos de 12%. O processo de desindustrialização no Brasil é o mais trágico da História entre as nações, pelas sucessivas abordagens neoliberais e da globalização financeira rentista, como agora na gestão Temer.
Por isso a desorientação generalizada. Só o desenvolvimento econômico soberano pode trazer novos ventos promissores ao povo brasileiro.
A partir do Consenso de Washington em 1980 os Países, não exclusivamente os emergentes, foram induzidos ou forçados às orientações internacionais que difundiam o livre comércio como a solução definitiva, a “Maravilha curativa” para os imbróglios financeiros de várias nações do primeiro mundo, assim como a redenção definitiva aos ditos emergentes.
Segundo o economista sul-coreano Ha-Joon Chang, hoje quando olhamos para os Países ricos, em sua maioria, eles realmente o praticam e achamos que foi com essa receita e dessa maneira que se tornaram efetivamente ricos e se desenvolveram.
Mas, olhando em retrospectiva, o que aconteceu foi exatamente o inverso, eles enriqueceram praticando o protecionismo privado e com as empresas estatais, diz Chang. E só a partir daí é que propugnaram o livre comércio, impondo-o aos demais.
Ele lembra que a Inglaterra procurou forçar os Estados Unidos e a Alemanha à fórmula do livre comércio no século XIX. E afirma que foi dessa maneira que o Reino Unido tornou-se objetivamente rico.
A Inglaterra ao dizer que os demais Países não podem usar o protecionismo é como alguém que após subir no topo da escada, chuta a escada para que os outros não possam usá-la novamente, afirma o sul-coreano.
E foi exatamente com as políticas de proteção das suas economias, estatais e privadas, que os Estados Unidos com base nas orientações de Alexander Hamilton (1789-1795), Secretário do Tesouro dos EUA, a Alemanha no século XIX, Suécia, Coréia do Sul e Taiwan no século XX conseguiram o salto ao desenvolvimento.
Chang fala que a política de austeridade, regra do capital financeiro global, vem sendo usada várias vezes no Brasil desde as décadas de 1980 e 1990 aos dias atuais. E cita Albert Einstein: a real definição de loucura é fazer a mesma coisa várias vezes e esperar resultados desejados mas quando não acontecem culpam a realidade.
A indústria de transformação já foi responsável por 35% da produção nacional, hoje é menos de 12%. O processo de desindustrialização no Brasil é o mais trágico da História entre as nações, pelas sucessivas abordagens neoliberais e da globalização financeira rentista, como agora na gestão Temer.
Por isso a desorientação generalizada. Só o desenvolvimento econômico soberano pode trazer novos ventos promissores ao povo brasileiro.
quarta-feira, 10 de janeiro de 2018
O que já está aí
Meu novo artigo:
A crônica política vai se desdobrando com certa velocidade na conjuntura brasileira, de tal forma que já é possível fazer um retrato falado e escrito do que estamos vivenciando além de algumas alternativas possíveis para o seu desfecho.
É claro que em matéria de política o imponderável sempre foi e continua sendo algo absolutamente comum, paradoxalmente rotineiro.
Daí o mistério dessa atividade que sempre cativou os seres humanos, desde a época da Grécia antiga, mesmo que de tempos em tempos se transforme na Geni dos versos de Chico Buarque de Holanda, e os males, transtornos, deformações da sociedade a ela sejam exclusivamente atribuídos.
A verdade é que o cenário está sendo armado, como um palco de espetáculo na arena institucional para a coroação em outubro de um candidato sem intermediários do Mercado financeiro, marquetado pela imensa capacidade de fogo da grande mídia hegemônica, associada a esse rentismo predador.
O golpe, de aparência democrática, não é de direita, centro, muito menos de esquerda. Essas são categorias políticas que a globalização financeira, a sua governança mundial que exerce o poder global à exceção de alguns Países como a China, Rússia etc. contornou após o final da Guerra Fria.
Assim o capital financeiro já ensaia os seus candidatos como o apresentador de televisão Luciano Huck entrevistado por uma hora no Faustão domingo passado, ou mesmo Henrique Meirelles homem dos especuladores na praça.
O “mundo da política” erra pela sua antropofagia geral onde uns devoram os outros, sem rumos ou propostas à nação ou por falta de iniciativa, inapetência, ou por não entenderem os fatores da grave crise estrutural, econômica e política que vive o País.
Mas o “Mercado” vai passando a Caterpillar nas lideranças nacionais sejam o Lula, as referências do centro político, ou até o histriônico Bolsonaro, preparando a unção, pelo voto é verdade, de um fantoche dos especuladores financeiros.
Ao tempo que a grande mídia promove uma agenda social do ódio de um contra todos e todos contra qualquer um, claro diversionismo dos graves problemas nacionais e fragmentação da sociedade.
É urgente um projeto que indique rumos econômicos, sociais e políticos, reunifique as maiorias sociais, suste a tentativa de esquartejamento físico, espiritual e cultural do Brasil.
A crônica política vai se desdobrando com certa velocidade na conjuntura brasileira, de tal forma que já é possível fazer um retrato falado e escrito do que estamos vivenciando além de algumas alternativas possíveis para o seu desfecho.
É claro que em matéria de política o imponderável sempre foi e continua sendo algo absolutamente comum, paradoxalmente rotineiro.
Daí o mistério dessa atividade que sempre cativou os seres humanos, desde a época da Grécia antiga, mesmo que de tempos em tempos se transforme na Geni dos versos de Chico Buarque de Holanda, e os males, transtornos, deformações da sociedade a ela sejam exclusivamente atribuídos.
A verdade é que o cenário está sendo armado, como um palco de espetáculo na arena institucional para a coroação em outubro de um candidato sem intermediários do Mercado financeiro, marquetado pela imensa capacidade de fogo da grande mídia hegemônica, associada a esse rentismo predador.
O golpe, de aparência democrática, não é de direita, centro, muito menos de esquerda. Essas são categorias políticas que a globalização financeira, a sua governança mundial que exerce o poder global à exceção de alguns Países como a China, Rússia etc. contornou após o final da Guerra Fria.
Assim o capital financeiro já ensaia os seus candidatos como o apresentador de televisão Luciano Huck entrevistado por uma hora no Faustão domingo passado, ou mesmo Henrique Meirelles homem dos especuladores na praça.
O “mundo da política” erra pela sua antropofagia geral onde uns devoram os outros, sem rumos ou propostas à nação ou por falta de iniciativa, inapetência, ou por não entenderem os fatores da grave crise estrutural, econômica e política que vive o País.
Mas o “Mercado” vai passando a Caterpillar nas lideranças nacionais sejam o Lula, as referências do centro político, ou até o histriônico Bolsonaro, preparando a unção, pelo voto é verdade, de um fantoche dos especuladores financeiros.
Ao tempo que a grande mídia promove uma agenda social do ódio de um contra todos e todos contra qualquer um, claro diversionismo dos graves problemas nacionais e fragmentação da sociedade.
É urgente um projeto que indique rumos econômicos, sociais e políticos, reunifique as maiorias sociais, suste a tentativa de esquartejamento físico, espiritual e cultural do Brasil.
quinta-feira, 4 de janeiro de 2018
O que vem aí
Meu novo artigo:
Durante as festas de confraternização passadas vários conhecidos reunidos conversaram sobre 2017 e chegaram à conclusão que esse foi definitivamente um ano muito ruim, para ser esquecido mesmo.
Infelizmente, vamos ter pela frente uma meteorologia política, econômica desaconselhável aos de coração frágil. Há previsão de chuvas, trovoadas e turbulências inusitadas.
O período em que vivemos, na verdade iniciado com as manifestações de 2013, deve continuar com a mesma intensidade, agravada com as eleições de outubro próximo, especialmente a presidencial.
O Brasil vive um período particular, mas não incomum, em sua História, marcado por um processo de flagelação dos interesses nacionais, quebra das conquistas trabalhistas adquiridas ao longo da História.
Movido por intenso ataque do Mercado financeiro contra o seu patrimônio, além da tentativa de acoelhamento do protagonismo do País como potência industrial, econômica de porte médio a nível mundial.
Trata-se, em última instância, de verdadeira ofensiva contra a soberania em vários aspectos, cuja finalidade é desviar a trajetória de uma nação independente, incorporando-a, pela força das ações escancaradas, a um espécie de continente desgovernado rumo ao abismo, da perda de suas referências fundamentais.
Movido pela ação da grande mídia hegemônica, comete-se uma espécie de assassinato da vida política democrática, enquanto a voracidade do capital financeiro, e prepostos nativos, promove a desconstrução do País.
Conduzida por essa mídia global, a nação vê-se mergulhada em uma agenda que, se em vários aspectos são auto justificáveis, na verdade possui o óbvio propósito de desviar a atenção de segmentos sociais, inclusive pelas redes sociais, das questões fundamentais que o agridem com violência inusitada.
O Mercado rentista busca constituir grupos mergulhados em um falso cosmopolitismo sem vínculos com as vicissitudes nacionais. Nesse sentido, sob falsa aparência democrática, o País vive sob uma ditadura do pensamento único do “Mercado” global.
Não há solução de agendas, sejam elas econômicas ou até mesmo sociais, desligadas do destino nacional. Aqui e em todo o mundo não há cidadania ou democracia sem soberania. Assim as eleições em outubro vão ser estratégicas ao resgate do regime democrático e ao próprio futuro do Brasil.
Durante as festas de confraternização passadas vários conhecidos reunidos conversaram sobre 2017 e chegaram à conclusão que esse foi definitivamente um ano muito ruim, para ser esquecido mesmo.
Infelizmente, vamos ter pela frente uma meteorologia política, econômica desaconselhável aos de coração frágil. Há previsão de chuvas, trovoadas e turbulências inusitadas.
O período em que vivemos, na verdade iniciado com as manifestações de 2013, deve continuar com a mesma intensidade, agravada com as eleições de outubro próximo, especialmente a presidencial.
O Brasil vive um período particular, mas não incomum, em sua História, marcado por um processo de flagelação dos interesses nacionais, quebra das conquistas trabalhistas adquiridas ao longo da História.
Movido por intenso ataque do Mercado financeiro contra o seu patrimônio, além da tentativa de acoelhamento do protagonismo do País como potência industrial, econômica de porte médio a nível mundial.
Trata-se, em última instância, de verdadeira ofensiva contra a soberania em vários aspectos, cuja finalidade é desviar a trajetória de uma nação independente, incorporando-a, pela força das ações escancaradas, a um espécie de continente desgovernado rumo ao abismo, da perda de suas referências fundamentais.
Movido pela ação da grande mídia hegemônica, comete-se uma espécie de assassinato da vida política democrática, enquanto a voracidade do capital financeiro, e prepostos nativos, promove a desconstrução do País.
Conduzida por essa mídia global, a nação vê-se mergulhada em uma agenda que, se em vários aspectos são auto justificáveis, na verdade possui o óbvio propósito de desviar a atenção de segmentos sociais, inclusive pelas redes sociais, das questões fundamentais que o agridem com violência inusitada.
O Mercado rentista busca constituir grupos mergulhados em um falso cosmopolitismo sem vínculos com as vicissitudes nacionais. Nesse sentido, sob falsa aparência democrática, o País vive sob uma ditadura do pensamento único do “Mercado” global.
Não há solução de agendas, sejam elas econômicas ou até mesmo sociais, desligadas do destino nacional. Aqui e em todo o mundo não há cidadania ou democracia sem soberania. Assim as eleições em outubro vão ser estratégicas ao resgate do regime democrático e ao próprio futuro do Brasil.
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