quinta-feira, 17 de março de 2011

EUA tenta criar falso movimento popular e cultural para desestabilizar Cuba

Documentário parte da série “As Razões de Cuba” revela tentativa dos Estados Unidos para criar um centro cultural ao serviço de planos de desestabilização na Ilha.

Frank Carlos Vázquez, um artista plástico, relatou como foi contratado e recrutado por servidores públicos da CIA situados na Seção de Interesses dos Estados Unidos (SINA) em Havana com promessas de promover o projeto cultural de seus integrantes.

No documentário, o jornalista Jean Guy Allard explica como a CIA tem exercido seu papel de tentar criar a ilusão de um movimento popular que ganha apoio exterior e estabelecer um clima favorável a atos provocativos em respaldo a uma mudança para uma ação aberta na Ilha.

A denúncia incluída no filme ressalta que os agentes norte-americanos pretendiam comprar os favores dos artistas e intelectuais, lhes oferecendo exposições e promoções em diferentes galerias norte-americanas em troca de que estes artistas refletissem uma realidade discordante ou distorcida de Cuba.

A finalidade que tinham com este tipo de projeto era criar um estado de opinião, um fenômeno cultural fictício fabricado, no qual se pretendesse expressar ou expor ao mundo que os intelectuais cubanos estavam na contramão da Revolução e a favor das ideias do imperialismo.

Para ler mais veja em:
 http://www.prensalatina.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=271844&Itemid=1

terça-feira, 15 de março de 2011

Fao alerta para risco de nova crise alimentar mundial


O aumento nos preços globais de gêneros alimentícios básicos eleva o risco de que a crise alimentar de 2007-2008 em países em desenvolvimento se repita, afirmou nesta segunda-feira (14/03) o comandante da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Um salto nos preços do petróleo e o rápido consumo dos estoques globais de cereais poderiam ser um prenúncio da crise de abastecimento, disse o diretor-geral da FAO, Jacques Diouf, em entrevista durante uma visita aos Emirados Árabes Unidos.

Para ler mais, veja em: http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=149466&id_secao=10

No Blog do Renato: Nos 128 anos da morte de Marx ...

                                           Túmulo de Karl Marx, no cemitério de Highgate, em Londres

Em livro publicado no início deste ano pela editora Little Brown na Inglaterra, sob o título de “Como mudar o mundo” (How to Change de World) o escritor marxista Eric Hobsbawm recupera - logo em seu primeiro capítulo (Marx, Hoje) – um evento chamado Semana Judaica do Livro realizada em 2007, em Londres, duas semanas antes do dia em que se lembra a morte de Karl Marx, em 14 de março. O tal evento ficava bem perto de onde se localiza a área da capital londrina mais associada à vida do fundador do marxismo: o chamado Round Reading Room (a sala de leitura principal) do Museu Britânico, situado na Great Russell St.


Para ler na íntegra veja em: http://renatorabelobr.blogspot.com/2011/03/nos-128-anos-da-morte-de-marx.html

Dia Nacional da Poesia, homenagem à Equipe Papel no Varal e a Ricardo Cabús

Recebi de Ricardo Cabús a mensagem transcrita a seguir. Aqui vai uma homenagem a ele e à Equipe Papel no Varal por todo o trabalho que vêm desenvolvendo em Maceió pela produção e divulgação da poesia.

Hoje é o Dia Nacional da Poesia e - não por coincidência - dia do nascimento de Castro Alves (14/3/1847). Para celebrar, compartilho um trecho de seu poema "O livro e a América".

Saudações poéticas,
Ricardo Cabús e Equipe Papel no Varal.

De Castro Alves

O Livro e a América (trecho)

Ó bendito o que semeia livros,
Livros a mão cheia
E manda o povo pensar

O livro, caindo n'alma
É gérmen que faz a palma
É chuva que faz o mar

Vós, que o tempo das idéias
Largo, abris as multidões
Para o batismo luminoso das grandes revoluções

Agora que o trem de ferro
Acorda o tigre no cerro
E espanta os caboclos nus,
Fazei desse “rei dos ventos”
- Ginete dos pensamentos,
- Arauto da grande luz!...

sábado, 12 de março de 2011

Falso brilhante

Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão e no Santana Oxente:


Para nós, exige muita reflexão a singularidade da realidade brasileira em um mundo conturbado, cheio de conflitos através de agressões militares e dos interesses imperiais lançando-se sobre as nações em um cenário de descolonização inconclusa, como é o caso atual dos países árabes além de várias outras regiões mundo afora.

Um País de dimensões continentais habitado por um povo com características antropológicas excepcionais, avesso por formação endógena a manifestações sectárias, celebrante de ritos como o carnaval e amante desse balé para multidões como é o futebol, detentor de incalculáveis manifestações artísticas diversificadas e sincréticas ao mesmo tempo.

E é exatamente esse mesmo Brasil que se vê pelejando sistematicamente contra uma cultura e uma ideologia que não é a sua porque é importada e não lhe acrescenta nada de novo porque é carregada de artificialismos e terceiras intenções em sua própria origem externa.

A tudo isso sempre se justifica porque vivemos na era da globalização e que assim estamos sob o guarda-chuva de uma cultura internacional e mundializada, como se não houvesse o exercício da hegemonia imperial através da mídia oligopolizada e as ideias em trânsito não fossem impostas sem nenhuma sutileza.

É como se houvesse algum exercício de consensualidade ou pelo menos algum tipo saudável de permuta de valores, entre o império e os demais países, minimamente equilibrada. Sob essa falsa premissa ou argumento, o que se exerce mesmo em nossa terra é o pragmatismo mais vulgar.

Não é à toa, portanto, que os grandes esforços teóricos que produziram obras da envergadura de O Povo Brasileiro, de Darcy Ribeiro, e vários outros escritos fundamentais à compreensão do nosso processo civilizatório, são despachados sorrateiramente, astuciosamente, para as calendas gregas e assim não causem maiores tumultos.

O que se pretende ou pelo menos se exercita na prática é a adequação do País à semelhança da realidade apartada, fragmentada, belicista e em muitos casos patológica mesmo, da formação social do império do norte e suas variantes disseminadas pela Europa especialmente a anglófila.

Com o multiculturalismo como ideologia hegemônica da grande mídia global e nacional, por interesses de dominação, de mercado, gerando-se até determinadas políticas de Estado, tenta-se construir de maneira artificial, assim como um falso brilhante, através da promoção forçada de uma crise de identidade antropológica, um esquizóide Estados Unidos dos Trópicos.

terça-feira, 8 de março de 2011

Dia Internacional da Mulher

                                            Cartaz alemão para o 8 de Março de 1914
Em 1911 aconteceu a primeira celebração do Dia da Mulher, proposta da marxista alemã Clara Zetkin na Conferência Internacional da Mulher Socialista (Dinamarca, 1910). Calcula-se 1 milhão de participantes. Anos depois, a data se fixa: 8 de março.

Brasil, sétima maior economia do mundo

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, divulgou no último dia 03/03 que o PIB brasileiro cresceu 7,5% em 2010, levando o Brasil ao patamar de sétima maior economia mundial (ultrapassando, pelo critério do poder de compra da moeda, a França e a Inglaterra), notícia que convida à reflexão sobre seu significado.



Para ler mais, veja em:

http://www.vermelho.org.br/editorial.php?id_editorial=876&id_secao=16

sexta-feira, 4 de março de 2011

Um salto para o turbilhão

Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão e no Santana Oxente:

Uma sucessão de acontecimentos extraordinários vem se espalhando mundo afora nesses últimos meses, mas que representam simplesmente a ponta do iceberg de um conjunto de fenômenos que vem abalando o sistema capitalista em todo o planeta.

Se olharmos em retrospectiva há elemento deflagrador, como se fosse um estopim, que é a crise financeira global oriunda da orgia especulativa dos bancos de investimentos norte-americanos, culminando com a recessão não só nos EUA, na Europa, mas levando de roldão toda a economia mundial.

Ela não atingiu em cheio o Brasil e os grandes países em desenvolvimento como a China, Índia, Rússia, por razões especiais muito próprias dessas economias e em decorrência de algumas políticas eficazes na área bancária que impediu, em um primeiro momento, a contaminação generalizada por essa crise. Mas não convém, daqui para frente, dormir em cima dos louros.

No entanto os efeitos desse furacão se fazem sentir na debacle econômica das nações européias envoltas em fortes cortes de benefícios sociais e draconianos ajustes fiscais, levando a classe trabalhadora, classe média, aposentados em geral, a perderem históricos direitos trabalhistas e sociais conquistados com muita luta depois da segunda guerra mundial.

Quanto aos EUA não é preciso detalhar o tamanho do desastre porque eles são muito divulgados pela grande mídia em geral, notadamente os seus efeitos sociais como o desemprego em massa, a perda pelos cidadãos de suas casas hipotecadas em uma economia mergulhada em generalizada e profunda recessão.

Os episódios que estão sacudindo o mundo árabe e países da África não são em absoluto dissociados desse quadro de derrocada da economia internacional, mas é que por lá se reproduz de maneira correspondente com as suas realidades. Na verdade tudo faz parte de um só contexto.

Chama a atenção um estudo divulgado muito recentemente pelo Laboratório Europeu de Antecipação Política (LEAP). Nele o referido instituto alerta para os sombrios prognósticos sobre os desdobramentos dessa crise sistêmica do capital que ora vivenciamos, considerando que “desde 2008 o mundo apenas tem recuado para tomar impulso para um salto para dentro do turbilhão”.

E aponta três tendências desagregadoras em curso. A primeira é que há um sistema internacional exausto. A segunda é a impotência dos principais atores geopolíticos globais, EUA, União Européia, etc. A terceira é que muitas nações estão à beira de uma ruptura socioeconômica. E é isso mesmo.

A visão dos portugueses sobre a crise

Artigo publicado no Avante, enviado por Sérgio Barroso:


Ventos de guerra

As revoltas no mundo árabe reflectem, e por sua vez agravam, a grande crise do capitalismo global. Um dos pilares do imperialismo norte-americano – o seu controlo dos recursos energéticos do Médio Oriente – está a ser abalado em profundidade. O imperialismo investe todo o seu arsenal para travar os acontecimentos, ou canalizá-los em direcções «aceitáveis». E procura retomar a iniciativa.

É também nesta óptica que se deve analisar a acção do imperialismo relativamente à Líbia. As reacções oficiais e mediáticas são claramente diferentes das registadas nos casos da Tunísia ou Egipto. Não há análises cautelosas sobre «transições ordeiras». Não há a «ameaça do fundamentalismo islâmico». Entrou em cena a máquina de propaganda e desinformação que antecede as intervenções políticas e militares imperialistas. Numa só semana revivemos as patranhas dos «3 mil mortos em Timisoara», dos «bebés arrancados das incubadores no Kuwait pelos soldados de Saddam», do «genocídio dos albano-kosovares», das «armas de destruição em massa». O MNE inglês entrou nos anais da diplomacia (e da provocação) declarando ter informações de que Kadafi estava a caminho da Venezuela. O imperialismo, responsável por centenas de milhares de mortos só nas guerras dos últimos anos, derrama lágrimas de crocodilo pelos mortos da repressão do regime líbio, para abrir caminho a um novo crime.

Longe vai o tempo em que o regime líbio se caracterizava pelo anti-imperialismo. Há anos que predomina a colaboração económica, mas também política e entre serviços secretos, com as potências imperialistas. Hoje Kadafi colecciona inimigos entre as forças progressistas do mundo árabe e Médio Oriente. Mas a sua colaboração com o imperialismo não impede que este o sacrifique. A intervenção imperialista – já em curso – não resulta apenas dos enormes recursos energéticos da Líbia, que detém as maiores reservas petrolíferas em África. São também a tentativa do imperialismo retomar a iniciativa, instalando-se militarmente num país que faz fronteira com o Egipto e a Tunísia, lançando um aviso a outros levantamentos populares em curso no mundo árabe (do Iémene ao Bahrain, sede da V Esquadra Naval dos EUA), aliviando a pressão sobre os seus aliados em perigo (daí o entusiasmo da Al Jazeera e da Al Arabiya pela Líbia), a começar pela Arábia Saudita, uma das mais bárbaras ditaduras pró-EUA e peça central da dominação imperialista da região, centro promotor do fundamentalismo mais retrógrado e reaccionário, mas sempre poupada pelos «comentadores» de serviço. E, quem sabe, encontrar finalmente uma sede em África para o AFRICOM... A comunicação social fez grande alarido da viagem do primeiro-ministro inglês ao Cairo, «a primeira após a queda de Mubarak». Mas foi um acerto de última hora numa viagem «a estados do Golfo não democráticos, acompanhado de oito dos principais produtores de armas britânicos». Em simultâneo, «o Ministro da Defesa britânico está na maior feira de armamentos da região, no Abu Dhabi, onde 93 outras empresas britânicas promovem os seus produtos» (Guardian, 21.2.11). Os lucros de mão dada com o apoio aos seus serventuários.

É sinal dos tempos que o principal comentador político do jornal conservador inglês Daily Telegraph escreva (24.2.11): «Os impérios podem colapsar no decurso duma geração […] Hoje, é razoável perguntar se os Estados Unidos, aparentemente invencíveis há uma década, não seguirão essa trajectória. A América sofreu dois golpes profundos nos últimos três anos. O primeiro foi a crise financeira de 2008, cujas consequências ainda não se fizeram realmente sentir [!]. […] agora parece que 2011 irá assinalar a queda de muitos dos regimes ao serviço da América no mundo árabe. É pouco provável que os acontecimentos venham a seguir o rumo asseado que a Casa Branca gostaria de ver. […] A grande questão está em saber se a América irá aceitar a redução do seu estatuto com graciosidade, ou se irá responder com violência, c omo os impérios em apuros têm tendência histórica a fazer». Os acontecimentos destes dias estão a dar resposta à interrogação. Cabe aos povos impedir que o imperialismo norte-americano e europeu, no seu declínio historicamente inevitável, afundem a Humanidade na catástrofe.

Edição nº 1944

http://www.avante.pt/  - Jornal «Avante!»

Agradecimento

Agradecemos aqui a gentil mensagem recebida de nosso camarada Walter Sorrentino, Secretário Nacional de Organização do PCdoB:

Transmita ao blog, publicamente, que o acompanho regularmente e constato a qualidade do pensamento político e ativismo do nosso querido Bomfim. O blog é um instrumento de luta de ideias muito útil para nós. Abração e mais êxitos.

Walter Sorrentino

quinta-feira, 3 de março de 2011

Servidores públicos estaduais percorrem ruas em protesto por reajuste salarial

Publicado na Gazetaweb:


Com faixas e cartazes, centenas de servidores públicos estaduais de diferentes categorias percorreram, na manhã desta quarta-feira (02/03), ruas do centro de Maceió, como forma de reivindicação por reajustes salariais e melhores condições de trabalho.

Os manifestantes se concentraram na Praia da Avenida, nas imediações do Clube Fênix Alagoano, e partiram em direção ao Palácio República dos Palmares, sede do governo, onde pretendiam chamar a atenção do governador Teotonio Vilela Filho.

O protesto acompanhado por representantes da Educação, Saúde e Segurança Pública, ocorre no dia do lançamento da campanha salarial dos servidores públicos, que alegam não ter reajuste salarial há quatro anos e que estudam a possibilidade de greve.

O Império e a questão da Líbia


Os povos da Tunísia e do Egito derrubaram duas cruéis ditaduras apoiadas política, econômica e militarmente pelas potências imperialistas dos EUA e da União Europeia. Fizeram-no através de movimentos insurrecionais maciços, com marcada tendência revolucionária democrática e anti-imperialista. Na Líbia, o anseio por democracia está sendo atropelado pela guerra civil e a ameaça de agressão externa.

Para ler na íntegra o artigo de José Reinaldo Carvalho publicado no Vermelho, veja em:

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=148801&id_secao=9

Dois navios anfíbios de guerra dos EUA chegaram na última quarta-feira (02/03) ao Mar Mediterrâneo, rumo ao litoral da Líbia, para uma possível intervenção no país, disse uma autoridade americana.