Meu novo artigo semanal:
Um dos fenômenos mais lúgubres destes tempos atuais é a onda da chamada pós-verdade cultuada como uma nova manifestação do pensamento humano.
A pós-verdade é porém a relativização da realidade objetiva em todos os sentidos, circunstâncias e em qualquer aspecto.
Mas, no entanto, trata-se de um conceito que tem origem e propósito definido, reflete uma tendência imposta através da hegemonia das ideias pela grande mídia empresa, intimamente associada ao mercado financeiro global.
Um dos maiores difusores da pós-verdade tem sido o megaespeculador do Mercado financeiro George Soros com o livro “A Era da Falibilidade” e fundações como a Open Society que agem abertamente contra a soberania dos povos via chamadas “Revoluções Coloridas”.
Para quem nada é real e tudo é permeável a qualquer “verdade” conforme o gosto e o interesse de grupos. Porém quem determina efetivamente o que deve ser e o que interessa ser relativo, posto em múltiplas dúvidas, onde jamais se chega a conclusão nenhuma, é o grande centro difusor ideológico de uma ditadura do pensamento único, ligado a uma governança mundial do capital financeiro.
De certa maneira é um desdobramento invertido do conceito de Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Hitler, que dizia: é preciso repetir uma mentira de forma tão exaustiva e intensamente que ela se transforme em realidade junto à opinião pública.
A pós-verdade é a prevalência das “tempestades de emoções turbinadas” na análise dos fenômenos sociais e políticos, em detrimento da realidade objetiva, ou seja, todos têm razão e ao mesmo tempo a verdade não se encontraria em lugar nenhum.
Assim a confusão geral semeia e permite o exercício da hegemonia do poder pelo capital financeiro, o Mercado.
Já ao Brasil atual de Temer, que se encontra à deriva, noves fora pós-verdades viralizadas diuturnamente em todas as mídias, a única alternativa à grave crise política e econômica, estrutural, é a constituição de um projeto estratégico de desenvolvimento com base democrática, no protagonismo do Estado nacional e a união das grandes maiorias sociais.
Os Países de porte continental como o nosso, riquezas materiais abundantes, vasto lastro cultural, papel geopolítico Histórico, que constroem uma política soberana, estão trilhando essa opção incontornável. Não há outro caminho.
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017
Cenário crítico
Meu novo artigo semanal:
Mergulhado em uma crise política gravíssima o País vê-se às voltas com uma estratégia econômica conscientemente recessiva cuja justificativa central, alegam, tem sido manter a inflação em baixa.
Com isso aprofunda-se a paralisia do desenvolvimento nacional, avança o desemprego e surgem os óbvios sinais de uma séria crise social que já se reflete na situação dramática da segurança pública nos Estados da federação.
Mas esse cenário deve se alastrar, infelizmente, para outros setores como saúde pública e educação, a paralisia nos investimentos em projetos de infraestrutura etc., em decorrência da aplicação pelo governo federal de uma política econômica conservadora e neoliberal cujas consequências em todo mundo mostram-se catastróficas e repudiadas por todos os lados.
Na verdade aplica-se a linha econômica dos governos Fernando Henrique Cardoso mas em um contexto histórico muito mais dramático, numa crise estrutural global e sistêmica do capitalismo iniciada em 2008 nos Estados Unidos e que depois alastrou-se pelo mundo.
Sem estratégias de qualquer espécie, o Brasil encontra-se como uma nau a vela dos tempos antigos: paralisada em meio a uma escassez de ventos que a impulsionem. A única coisa em movimento é a remuneração do capital financeiro que apresenta lucros recordes nos balanços publicados.
Sem protagonismo geopolítico regional ou global o Brasil vive um estado de torpor. Mostra-se em processo de regressão, de catatonia política.
As linhas monetaristas adotadas pelo governo Temer assemelham-se às do início do período das políticas neoliberais da década de 70 do século passado, das iniciativas neoliberais do presidente Ronald Reagan e da primeira ministra britânica Margaret Thatcher.
Mesmo assim mostram-se farsescas, como se fossem réplicas do auge das linhas gerais do liberalismo recauchutado que pontuou o final do século XX.
Onde se proclamava, hegemonicamente, através dessa mesma grande mídia atual, que a economia resolve por si própria todas as questões. Quem atrapalha é a intervenção do Estado nas relações institucionais ou nas políticas financeiras.
Como disse André Araújo “estão praticando um economês de quitanda... vamos chegar ao pico da crise com uma inflação na meta e a nação em crise social, à beira da guerra civil. Exemplo de miséria em País rico”.
Mergulhado em uma crise política gravíssima o País vê-se às voltas com uma estratégia econômica conscientemente recessiva cuja justificativa central, alegam, tem sido manter a inflação em baixa.
Com isso aprofunda-se a paralisia do desenvolvimento nacional, avança o desemprego e surgem os óbvios sinais de uma séria crise social que já se reflete na situação dramática da segurança pública nos Estados da federação.
Mas esse cenário deve se alastrar, infelizmente, para outros setores como saúde pública e educação, a paralisia nos investimentos em projetos de infraestrutura etc., em decorrência da aplicação pelo governo federal de uma política econômica conservadora e neoliberal cujas consequências em todo mundo mostram-se catastróficas e repudiadas por todos os lados.
Na verdade aplica-se a linha econômica dos governos Fernando Henrique Cardoso mas em um contexto histórico muito mais dramático, numa crise estrutural global e sistêmica do capitalismo iniciada em 2008 nos Estados Unidos e que depois alastrou-se pelo mundo.
Sem estratégias de qualquer espécie, o Brasil encontra-se como uma nau a vela dos tempos antigos: paralisada em meio a uma escassez de ventos que a impulsionem. A única coisa em movimento é a remuneração do capital financeiro que apresenta lucros recordes nos balanços publicados.
Sem protagonismo geopolítico regional ou global o Brasil vive um estado de torpor. Mostra-se em processo de regressão, de catatonia política.
As linhas monetaristas adotadas pelo governo Temer assemelham-se às do início do período das políticas neoliberais da década de 70 do século passado, das iniciativas neoliberais do presidente Ronald Reagan e da primeira ministra britânica Margaret Thatcher.
Mesmo assim mostram-se farsescas, como se fossem réplicas do auge das linhas gerais do liberalismo recauchutado que pontuou o final do século XX.
Onde se proclamava, hegemonicamente, através dessa mesma grande mídia atual, que a economia resolve por si própria todas as questões. Quem atrapalha é a intervenção do Estado nas relações institucionais ou nas políticas financeiras.
Como disse André Araújo “estão praticando um economês de quitanda... vamos chegar ao pico da crise com uma inflação na meta e a nação em crise social, à beira da guerra civil. Exemplo de miséria em País rico”.
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017
A crise
Meu novo artigo semanal:
As informações demonstram que a economia global pode estar se aproximando de um novo e mais elevado estágio da crise financeira mundial.
Os setores dinâmicos da produção, como a indústria, continuam em forte processo de estagnação, enquanto os ativos monetários estão sendo usados para socorrer os bancos, especialmente aqueles na área de “investimentos”, o que vale dizer para aplicações financeiras de curto prazo, do capital rentista.
O Brasil, assim como a América Latina, vem sendo conduzido a um novo estágio de subalternidade em sua dinâmica econômica, a partir de uma orientação política para esse fim que é, em última instância, quem na verdade dá os rumos ao processo econômico em qualquer País do mundo.
Enquanto em meio a essa crise global assistimos, desde 2008, novos jogos de guerra com invasões armadas, especialmente pelos Estados Unidos, cujos objetivos mais evidentes são a disputa por matérias primas, destacadamente o petróleo, a ocupação de espaços geopolíticos, há uma uma nova reconfiguração internacional rumo à multipolaridade que caminha a passos mais rápidos que se imaginava há alguns anos atrás.
Mesmo com os incentivos ao complexo industrial militar durante as últimas administrações da Casa Branca, de Clinton à família Bush, passando ao governo Obama, a economia dos Estados Unidos continua em situação catastrófica apesar dos intensos esforços dos comentaristas econômicos da grande mídia associada ao capital financeiro.
Mas o fato é que torna-se óbvio o enfraquecimento da economia dos EUA na medida que seu déficit na balança comercial atinge, desde 2000, 8,6 trilhões de dólares, sendo que o total chega a 10,5 trilhões de dólares.
Não há como entender as últimas eleições presidenciais norte-americanas, abstraindo a decadência industrial, o desemprego em massa, casas hipotecadas, a desesperança do cidadão comum dos EUA.
Ao tempo em que a Europa patina num caos político imprevisível, o Brasil atravessa grave crise multilateral com a hegemonia das políticas neoliberais do Mercado no País.
É um cenário assemelhado à crise capitalista de 1929, a ascensão nazifascista, a carnificina da 2a Guerra Mundial. Assim, para nós brasileiros é fundamental a retomada da economia produtiva, a defesa intransigente da paz, das liberdades democráticas e da soberania nacional.
As informações demonstram que a economia global pode estar se aproximando de um novo e mais elevado estágio da crise financeira mundial.
Os setores dinâmicos da produção, como a indústria, continuam em forte processo de estagnação, enquanto os ativos monetários estão sendo usados para socorrer os bancos, especialmente aqueles na área de “investimentos”, o que vale dizer para aplicações financeiras de curto prazo, do capital rentista.
O Brasil, assim como a América Latina, vem sendo conduzido a um novo estágio de subalternidade em sua dinâmica econômica, a partir de uma orientação política para esse fim que é, em última instância, quem na verdade dá os rumos ao processo econômico em qualquer País do mundo.
Enquanto em meio a essa crise global assistimos, desde 2008, novos jogos de guerra com invasões armadas, especialmente pelos Estados Unidos, cujos objetivos mais evidentes são a disputa por matérias primas, destacadamente o petróleo, a ocupação de espaços geopolíticos, há uma uma nova reconfiguração internacional rumo à multipolaridade que caminha a passos mais rápidos que se imaginava há alguns anos atrás.
Mesmo com os incentivos ao complexo industrial militar durante as últimas administrações da Casa Branca, de Clinton à família Bush, passando ao governo Obama, a economia dos Estados Unidos continua em situação catastrófica apesar dos intensos esforços dos comentaristas econômicos da grande mídia associada ao capital financeiro.
Mas o fato é que torna-se óbvio o enfraquecimento da economia dos EUA na medida que seu déficit na balança comercial atinge, desde 2000, 8,6 trilhões de dólares, sendo que o total chega a 10,5 trilhões de dólares.
Não há como entender as últimas eleições presidenciais norte-americanas, abstraindo a decadência industrial, o desemprego em massa, casas hipotecadas, a desesperança do cidadão comum dos EUA.
Ao tempo em que a Europa patina num caos político imprevisível, o Brasil atravessa grave crise multilateral com a hegemonia das políticas neoliberais do Mercado no País.
É um cenário assemelhado à crise capitalista de 1929, a ascensão nazifascista, a carnificina da 2a Guerra Mundial. Assim, para nós brasileiros é fundamental a retomada da economia produtiva, a defesa intransigente da paz, das liberdades democráticas e da soberania nacional.
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017
Rumos
Meu novo artigo semanal:
O cientista político Mangabeira Unger disse, criticamente, em entrevista à BBC de Londres que o Brasil é hoje o País no mundo mais parecido com os Estados Unidos. Talvez tenha razão.
Mas essa “semelhança” não vem de algum plebiscito ou consulta aos cidadãos e cidadãs nacionais.
Pode refletir em primeiro lugar a ação avassaladora do Mercado sobre o imaginário da sociedade, principalmente através da grande mídia hegemônica nativa, associada ao capital financeiro e papel carbono do discurso ideológico que os ventos trazem da grande potência do Norte.
Já não há mais os déspotas insanos na América Latina apoiados pelos EUA, que proliferaram durante décadas no século XX como o sanguinário ditador Maximiliano Hernandez Martínez de El Salvador que, segundo testemunho de Gabriel Garcia Márquez, possuía pendores teosóficos além do defeito mais notável de ser inteiramente louco. Certa vez resolveu combater uma epidemia de sarampo cobrindo as luzes dos postes com papel celofane.
Ou como o médico François Duvalier, tirano do Haiti que governou aquele País com mão de ferro e seus Tontons Macutes (bicho papão em português) terrível polícia secreta que assassinou 60 mil opositores nessa heroica ilha devastada pela exploração dos homens e a má sorte com a natureza.
Nas décadas de 60 e 70 os EUA incitaram intervenções na América Latina de consequências trágicas em nome do combate ao comunismo durante a Guerra Fria.
Hoje os Estados Unidos mudaram o foco central para a África e o Oriente Médio promovendo guerras fratricidas, acarretando milhões de refugiados rumo às praias europeias, e grupos terroristas que agem por lá.
No Brasil atual as imposições dos EUA e do Mercado financeiro são mais sutis e mais eficientes porque através da hegemonia da grande mídia propaga a ditadura do pensamento único do Mercado global.
Já se disse, o Brasil precisa definir o que quer ser, e para isso necessita de um projeto nacional que una as maiorias da sociedade, supere os surtos autoritários que vivemos, à mercê de ingerências nativas, externas, contra a democracia e os interesses do povo brasileiro.
Realidade que beira ao limite da irracionalidade, do caos profundo, e sem rumos. Só será superada com o concurso de lideranças que pensem mais no País do que em justificáveis projetos pessoais ou de grupos afins.
O cientista político Mangabeira Unger disse, criticamente, em entrevista à BBC de Londres que o Brasil é hoje o País no mundo mais parecido com os Estados Unidos. Talvez tenha razão.
Mas essa “semelhança” não vem de algum plebiscito ou consulta aos cidadãos e cidadãs nacionais.
Pode refletir em primeiro lugar a ação avassaladora do Mercado sobre o imaginário da sociedade, principalmente através da grande mídia hegemônica nativa, associada ao capital financeiro e papel carbono do discurso ideológico que os ventos trazem da grande potência do Norte.
Já não há mais os déspotas insanos na América Latina apoiados pelos EUA, que proliferaram durante décadas no século XX como o sanguinário ditador Maximiliano Hernandez Martínez de El Salvador que, segundo testemunho de Gabriel Garcia Márquez, possuía pendores teosóficos além do defeito mais notável de ser inteiramente louco. Certa vez resolveu combater uma epidemia de sarampo cobrindo as luzes dos postes com papel celofane.
Ou como o médico François Duvalier, tirano do Haiti que governou aquele País com mão de ferro e seus Tontons Macutes (bicho papão em português) terrível polícia secreta que assassinou 60 mil opositores nessa heroica ilha devastada pela exploração dos homens e a má sorte com a natureza.
Nas décadas de 60 e 70 os EUA incitaram intervenções na América Latina de consequências trágicas em nome do combate ao comunismo durante a Guerra Fria.
Hoje os Estados Unidos mudaram o foco central para a África e o Oriente Médio promovendo guerras fratricidas, acarretando milhões de refugiados rumo às praias europeias, e grupos terroristas que agem por lá.
No Brasil atual as imposições dos EUA e do Mercado financeiro são mais sutis e mais eficientes porque através da hegemonia da grande mídia propaga a ditadura do pensamento único do Mercado global.
Já se disse, o Brasil precisa definir o que quer ser, e para isso necessita de um projeto nacional que una as maiorias da sociedade, supere os surtos autoritários que vivemos, à mercê de ingerências nativas, externas, contra a democracia e os interesses do povo brasileiro.
Realidade que beira ao limite da irracionalidade, do caos profundo, e sem rumos. Só será superada com o concurso de lideranças que pensem mais no País do que em justificáveis projetos pessoais ou de grupos afins.
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