Meu novo artigo semanal:
Como reflexo da crise do capitalismo financeiro que repercutiu com força no País e em decorrência da grave instabilidade dos poderes da República, especialmente após a destituição da presidente Dilma, a realidade nacional é um processo de desencontros.
Na verdade é perfeitamente constatável que a nação vive uma encruzilhada Histórica que já vinha se gestando há anos.
A geopolítica mundial vem passando, nos últimos anos, por um intenso processo de transformações. De um cenário de hegemonia unipolar norte-americana, desde o fim da guerra fria, para se transformar, com velocidade não prevista, em um outro contexto geopolítico multipolar. Daí é possível constatar que a realidade é muito mais criativa e dinâmica que os estudos e as previsões acadêmicas.
Esses dois elementos, a crise do capitalismo neoliberal somada às grandes transformações no tabuleiro de xadrez internacional, ocorrem de maneira turbulenta, não pacífica, como sempre aconteceu nos grandes movimentos da História. Não seria diferente hoje.
O Brasil, como grande nação continental, com riquezas naturais abundantes, liderança no hemisfério sul, grande população, é alvo de intensa disputa pelas grandes potências, especialmente os EUA, além da ação predadora do Mercado.
Esse Mercado financeiro rentista tem como associada a grande mídia-empresa que age no País ditando a agenda política e a interpretação dos fatos.
Age como alter ego dos interesses das grandes corporações financeiras ao tempo que busca passar a imagem de prestadora de serviços à população. Esse é um processo que vem se consolidando há décadas.
Os objetivos dessas forças têm sido quebrar a vontade nacional, a desconstrução do Estado Nação, a captura das imensas riquezas do País, sustar qualquer tentativa de protagonismo do Brasil na diplomacia internacional.
Para tanto é fundamental por em prática, como está acontecendo, a “política do choque” já aplicada, com êxitos e fracassos, em outros Países, o que significa ação fulminante, deixando a sociedade perplexa, fragmentada, para que se possam alcançar os objetivos do neoliberalismo financeiro.
O Brasil vive momentos graves. Mas aqui vem se forjando uma civilização singular nos trópicos que já passou por outros momentos dramáticos e conseguiu superá-los com muita luta. Não será diferente agora.
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